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Rusga de sucesso

E se dúvidas existiam quanto ao respeito a ter ao Moto Clube do Porto, ficaram desfeitas no passado dia 28 de janeiro quando até os deuses, em pleno inverno, nos brindaram com um dia perfeito para a prática de mototurismo. De forma a aproveitar esta dádiva, foi pelas 9 horas em ponto que os merendeiros do MCP arrancaram da sede para a primeira rusga do ano após um café matinal e o briefing onde foi revelado o trajeto de um dia onde não houve pneu que ficasse quadrado.

Com uma caravana bem composta, foi pela A3 que se fez uma curta ligação a Braga, onde demos entrada na N103 que seria a montanha-russa onde passaríamos o resto da manhã. Trajeto simples, mas nem por isso menos entusiasmante ou exigente. Que o digam os 27 merendeiros montados em 23 motas que se mantiveram sempre juntos até à primeira paragem em Salamonde, local escolhido para esticar as pernas, tomar qualquer coisa e conhecer as caras novas.

Com o descanso feito e a estrada mais desimpedida continuamos a infindável sequência de curva e contracurva sempre ladeados por paisagens de cortar a respiração. Por volta das 12h, o ronco da caravana desassossegou a aldeia de Sapiãos, cujo parque de merendas viria a abrigar o almoço do grupo. E que almoço… Os participantes aderiram em massa ao convite feito pela organização enchendo as mesas dos mais variados petiscos. Até o sol espreitou nesta hora de degustação depois de ter andado mais escondido durante a manhã.

Depois da habitual fotografia, era tempo para o prometido sorteio que garantiu prémios para todos os participantes, desde t-shirts que são autênticas peças de museu ao mais atual merchandising do clube. Foram bons momentos de convívio e diversão.

Ponto final oficial na primeira Rusga dos Merendeiros que na verdade não queria terminar, já que a caravana aderiu praticamente na totalidade ao convite da organização para fazer o regresso através da estrada que liga Boticas a Cabeceiras de Basto, a R311. E se a manhã já tinha sido animada a tarde excedeu qualquer expectativa: estrada praticamente desimpedida por mais de 50km, com um piso digno de um circuito e um traçado de fazer inveja às melhores estradas alpinas. Um misto de sensações entre a adrenalina transmitida pelo ritmo mais exigente e a paz de uma paisagem arrebatadora. Difícil arranjar melhor final para um passeio que se queria para andar de mota e assim foi! Fica, desde já, o convite para a próxima Rusga dos Merendeiros marcada para 26 de maio.

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Passeio de Reis abençoado pela chuva

Moto Clube do Porto e Mototrofa juntos na aventura da descoberta das tradições e da História

Sendo verdade que nem a chuva pode travar um motociclista, não menos verdade é que nem a água vinda do céu conseguiu desmotivar os sócios do Moto Clube do Porto e os amigos da Mototrofa para o Passeio de Reis. E o dia até começou bonito…

As previsões eram excelentes. Não as climatéricas, que essas já antevíamos acinzentadas. Mas sim aquelas que rodeavam o Passeio de Reis Moto Clube do Porto/Mototrofa. E essas foram integralmente cumpridas! O tempo esteve invernoso, piorando ao longo do dia, mas sem nunca desmotivar as dezenas de participantes que bem cedo saíram da Trofa, ainda sem chuva e com uma temperatura agradável. Para uma horinha com bastantes curvas passando pelo Aeródromo da Maia e pela Agrela, até Lordelo e à primeira descoberta do dia.

Início com curvas e uma caixa de aventuras

Inaugurado em final de novembro, The Adventure Box é um espaço ímpar no panorama motociclístico no Norte de Portugal, fruto da parceria entre a Longitude 009, representante da Touratech em Portugal e a empresa Here We Go, de Nuno Almeida, especializada no transporte nacional e internacional de motos. Um espaço onde, além dos equipamentos e acessórios de marcas conceituadas como a Touratech, NEXX, Sidi, Garmin, Scott, Sena, Ram-Out ou Oakley, a caravana foi recebida pela simpática Sónia Almeida com café e cuscus, o doce tradicional de Lordelo criado e produzido pela pastelaria Lordoce.

Duas novidades num momento de agradável conversa e onde não faltaram opiniões e palpites sobre os muitos acessórios para todas as motos, antes de voltar à estrada rumo a Valongo. Perceber a importância da indústria da panificação na história valonguense era a meta e, para começar, nada como descobrir um ponto marcante nessa história. A ponte do Rio Ferreira, construída no século XIV foi ligação vital entre o Porto e Amarante desde a Idade Média, tendo uma casa de portagem onde eram cobrados os impostos sobre vinho, azeite e carne vendidos na freguesia. Mais tarde, no final do Séc. XVIII, passariam a ser cobradas as taxas pela passagem do pão e trigo, impostos destinados às obras da Igreja Matriz de Valongo e à construção da estrada até ao Porto.

Mas a importância da Ponte de Ferreira, estrutura em granito, formada por três arcos separados por dois quebra-mares e com tabuleiro plano, estende-se a um momento marcante da História de Portugal, sendo palco do confronto entre Miguelistas e Liberais, em 1832. Momento importante no cerco do Porto, a Batalha da Ponte de Ferreira impediu o exército Liberal de atravessar o rio, com triunfo das forças Miguelistas.

Biscoitos de importância sócio económica

Aula de história que abriu o apetite para as doçarias da tradicional fábrica de biscoitos Paupério & Companhia, casa criada em 1874 por António de Sousa Malta Paupério e Joaquim Carlos Figueira. Tempo para provar vários biscoitos tradicionais que utilizam as mesmas receitas desde a sua criação, e produzidos de forma bastante artesanal. Tendo mesmo alguns equipamentos que são autênticas peças de museu, mas que nunca foram obstáculo para produtos de elevada qualidade.

Em ano de comemoração do 150.º aniversário, a visita à Paupério ajudou a perceber melhor a importância fulcral da indústria da panificação no tecido sócio económico do concelho de Valongo.

Matéria aprofundada na Oficina da Regueifa e do Biscoito, espaço dedicado à preservação e promoção do importante património cultural que representa esta atividade secular. E que muito surpreendeu os motociclistas num edifício cuja função vai muito além de ‘simples’ espaço museológico e onde não faltam filmes em 3 dimensões e projeções holográficas.

Almoço na aldeia com sabores tradicionais

Agradável surpresa que fez aumentar as expetativas para o almoço marcado na bucólica aldeia preservada de Quintandona. Lugar na freguesia de Lagares, Penafiel, a menos de 30 minutos do Porto, que se destaca belíssimas casas de xisto, lousa e granito ao longo das estreitas ruas, e que foram devidamente recuperadas graças à tenacidade de alguns habitantes e da CasaXiné. Associação que preparou um repasto tão tradicional como a arquitetura cuidadosamente preservada, começando por uma caseira broa de milho e umas deliciosas pataniscas de bacalhau, acabadinhas de fazer, preparação para o poderoso caldo de Quintandona que deixou todos extremamente satisfeitos e com o estômago e alma bem aquecidos.

Mas não foi só! Seguiu-se um misto de carnes assadas em forno a lenha acompanhado por batatas e arroz que a todos deliciou e que foi rematado com umas rabanadas de comer e chorar por mais. Um café da pura, feito num tradicional pote de barro preto, rematou uma refeição que reforçou os sorrisos e permitiu aguentar a chuva, cada vez mais forte, que haveria de acompanhar a caravana por algumas das mais belas estradinhas da Rota do Românico.

Final de passeio bordado a ouro

Mas, num evento que se quer de descoberta, não poderiam faltar os encontros com a História e, depois da Ponte de Ferreira, o Passeio de Reis MCP/Mototrofa visitou ainda a Casa Branca de Gramido. Local onde, em 29 de junho de 1847, foi assinado o tratado que pôs fim à guerra civil entre cartistas e setembristas que durava desde 1846, e atualmente transformado em versátil espaço cultural multifacetado. Onde, além de exposições temporárias e outras atividades sazonais, está instalado o Museu Municipal da Filigrana de Gondomar.

Local de eleição para descobrir a história da indústria aurífera, desenvolvida no Concelho desde o tempo dos Romanos, e apreciar um vasto espólio de peças de ouro e prata, mas também materiais diversos que mostram a evolução técnica da ourivesaria ao longo dos anos. Descobrir como são feitos famosos corações em filigrana, popularizados em todo o Mundo graças à ação de Sharon Stone, ver as réplicas do Santuário de Fátima ou o vestido em Filigrana foram apenas alguns dos motivos de interesse descobertos neste bem localizado solar do Séc. XVIII. Muito perto do Porto e excelente ponto final para um passeio a que nem a chuva retirou o brilho, permitindo uma rápida viagem de regresso a casa.

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MCP pelo Planalto Mirandês

Decorreu neste fim de semana de 18 e 19 de novembro o passeio designado pelo Passeio ao Parque de Montesinho e pelo Planalto Mirandês.

Com a maioria dos participantes a chegar na sexta feira, rapidamente o grupo se auto organizou, com o nosso sócio Artur Silva a marcar um simpático restaurante para o jantar.

Convívio e companheirismo pautaram a noite. Foi um serão muito agradável.

Já no sábado, e após uma semana de chuva intensa, fomos premiados com um dia excepcional.

Reunião dos participantes no miradouro de São Bartolomeu. Pelas 10 horas saímos para o percurso. A Cidade de Bragança envolta em nevoeiro, com o seu castelo a sobressair, deu o mote para as deslumbrantes paisagens que iríamos contemplar.

Saída de Bragança pela bela estrada N103-7, em direcção à Portelo. Fábulosa subida para a aldeia que dá o nome ao Parque Natural Montesinho. Estrada pitoresca, sinuosa entre castanheiros, no topo com uma vista deslumbrante sobre o território.

"Entre Montesinho e Rio de Onor.... Terrivelmente lindo." ou "As corres das paisagem são tão fortes e deslumbrantes", foram desabafos de alguns dos participantes deste evento.

Todos desfrutaram da aldeia de Montesinho, e da forma hospitaleira como fomos recebidos pela população local.

Seguido o programa estabelecido, partimos em direção a aldeia de França, onde abandonamos a EN103-7, para uma pitoresca estrada municipal M501, junto ao rio Sabor. Passagem por Aveleda e Varge até Rio de Onor.

A aldeia, inserida no Parque Natural de Montesinho, é atravessada pela fronteira com Espanha.

De um lado, Rio de Onor, do outro, Rihonor de Castilla. Casas típicas serranas em xisto com varandas alpendradas, enquadram a paisagem, atravessada pelo Rio.

De coração comunitário, tem nos seus habitantes o maior património. Um lição de vida, memória comum, lição de empatia.

Saída em direção ao almoço, para a aldeia de Babe. No restaurante Lombadas, foi servida a tradicional POSTA, para deleite dos 21 presentes.

Após o repasto, novamente à estrada. Para a fronteira primitiva de Quintanilha, local onde recebemos o João Pedro Pereira e o Tito Baião, vindos de Macau, em 1999.

Dois motociclistas portuenses efectuaram, entre Agosto e Outubro desse ano uma ligação terrestre inédita de Macau ao Porto, percorrendo, sempre em duas rodas, um total de 28.500 quilómetros, em 75 dias e através de 15 países.

Este local avivou memórias de outros tempos, sobre esta fronteira, partilhada com os participantes mais novos, que ouviram incrédulos, como era atravessar a fronteira para Espanha. A burocracia, as revistas ás malas das motas, entre outras coisas.

Depois dessas estórias, fomos "arredondar os pneus", na N218 em direção a Bragança, para delícia dos mais novos que sentiram a adrenalina de encadear curvas, com subidas e descidas, envolvidos entre paisagens deslumbrantes.

Fim do dia de sabado, pelas 17 horas, na cidadedela de Bragança, com uma subida ao castelo sem complicações de condução. Percurso escolhido para ser acessível a todos os participantes.

Alguns participantes ainda tiveram o privilégio de seres servidos pelo Chef Luis Portugal (vencedor de uma das edições do programa de TV Master Chef ) e com recomendações Michelin à 5 anos consecutivos. Muito simpático por sinal. O seu establecimento (Tasca do Zé Tuga) fica mesmo em frente à porta do Castelo, e apesar de fechado serviu umas bebidas à malta.

Já o jantar de sábado impressionou os 18 participantes, pela sua localização muito perto do hotel, quantidade e qualidade excepcional da refeição. O Restaurante Emiclau ficou marcado como uma referência para novas visitas à cidade de Bragança.

No Domingo, a cidade de Bragança estava dentro de uma gigantesca nuvem. Rodamos com calma até ao centro interpretativo das minas de Argozelo.

Com as explicações do Sr. Pedro, cicerone do edifício, percebemos melhor as vivências das populações e a importância estratégica das minas no contexto mundial do século passado.

Novamente na estrada, em direcção da Ermida de Nossa Senhora da Luz, local emblemático onde se realiza uma festa conjunta entre portugueses e espanhóis, com umas vistas magníficas. Mas infelizmente a gigantesca nuvem que cobria o Planalto Mirandês teimava em não dissipar.

Curiosamente, o terreiro exterior da ermida estava cheio de cogumelos enormes, motivo de interesse e proporcionando fotografias espetaculares.

Dadas as condições meteorológicas, não fizemos as visitas a todos os miradouros previstos e seguimos em direção à barragem de Miranda, precedida por uma pausa para café e visita à rua das lojas em Miranda do Douro, onde são vendidos atoalhados a espanhóis, e que levantou o interesse a alguns participantes.

Na barragem de Miranda do Douro, observamos o Rio Douro na sua cor natural. Após as fotos da praxe, seguimos em direção a Mogadouro, passando no centro da Vila de Sendim, onde podemos contemplar a lgreja Matriz de Sendim, lgreja de Santa Barbara e a Capela da Boa Morte.

Fim do evento em Mogadouro, às 13 horas em ponto, no restaurante a Lareira para saborear mais uma iguaria transmontana.

Algumas fotos da Organização e muitas partilhadas pelos participantes no grupo do evento.

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Rumando à Tunísia TN ...

IMG 5119O F.I.M. MOTOTOUR OF NATIONS, evento obrigatório para o TOURING WORLD CHALLENGE, levou 19 sócios do nosso Clube a atravessar um calmo Mediterrâneo até Tunis com destino a Zarzis e Djerba na Tunísia, para aí conhecer esta região do Norte de África.

Todos estávamos empolgados e entusiasmados para o início, pois o programa de 3 dias que os anfitriões da Federação Tunisina e Moto Clube de Sousse especialmente nos prepararam, seria seguramente uma aventura.

Os cheiros e as cores de África já nos invadiam e sentíamos a emoção de estar neste continente multifacetado, mas sempre emocionante.

Porque estando perto do Sahara as expectativas eram grandes, onde o exótico se mistura com o histórico, partimos animados para desfrutar do prazer de andar de moto por estas bandas.

Ksar El Ferech antiga vila Berebere agora recuperada, foi ponto de visita para tomar o tradicional chá de menta e provar a deliciosa iguaria, os cornos de gazela…

Esta tradicional doçaria confeccionada com amêndoa e mel, é realmente excepcional, a que se juntou o também fantástico pão da região, que molhado em mel com azeite locais… é simplesmente uma delícia… que pudemos saborear no interior de uma das casas onde se podia escapar de uns escaldantes 35º exteriores, foram momentos de grande convívio.

Rumando a sul, roçando a Líbia, ultrapassamos a monotonia das estradas de longas retas e subimos pelos contrafortes do maciço do Dahar, por uma fantástica estrada de curvas e vistas deslumbrantes sobre as vasta planície de Djeffara.

A paragem obrigatória era em Matmata, famosa aldeia Berbere fundado pela tribo do mesmo nome, onde um tal de nome Lucas rodou uma das sagas mais conhecidas duma suposta Guerra das Estrelas…

E com os vestígios deixados por lá, até diria que estaríamos perdidos algures em algum lugar de outro planeta…  sentindo a “Força” desse enredo, como que figurantes dum filme de ficção…

Em cada recanto algo inesperado nos espera… e o reencontro com memórias cinematográficas de um passado já longínquo, de soldados Imperiais e de heróis Jedais… inesquecível.

De volta visitamos ainda o museu militar que recorda batalhas aqui travadas no século passado, onde nestas areias do deserto o famoso África Corps perdeu a sua última batalha. O destaque vai para o carro do seu comandante mor, e uma muito simbólica Triumph que foi crucial para os vencedores.

O terminar foi aterrando numa praia paradisíaca para um banho de águas quentes, recuperando do calor do dia.

O programa final tinha a visita de um jardim de répteis, especialmente de crocodilos e suas variantes. Num espaço bem arranjado mais de 400 destes majestosos animais estavam em exposição, e foram a atração das nossas câmaras.

O fim já se avizinhava com a tradicional Parada das Nações, que com as 16 países presentes encheram de colorido as ruas de Djerba numa manifestação de união que os motociclistas sempre transmitem e que deveriam ser um exemplo para o termino das quezílias da atualidade.

O jantar de encerramento e entrega de prémios fecharam o evento, tendo a nossa participação arrecadado os prémios do condutor mais jovem, a condutora que veio de mais longe, assim como o 2º classificado como clube.

A tudo isto temos de juntar um resultado imprescindível para a conquista do tetra F.I.M. TOURING WORLD CHALLENGE.

Foi portanto um excelente resultado que não só dignificou o nosso clube e o país, assim como transmitiu uma imagem extremamente positiva dos motociclistas em geral.

Para o próximo ano o FIM MOTOTOUR OF NATIONS será mais perto, em Granada, Espanha, pelo que atendendo à qualidade deste evento e o seu excelente preço, deverá ser a oportunidade para muitos sócios poderem desfrutar deste evento que para nós é sempre uma festa garantida…

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Passeio de Outono seco

Afinal não choveu!!! Para terminar os Passeios das Estações do Ano tivemos no passado domingo, 22 de outubro, o Passeio de Outono.

Depois de um verão que se esticou até meados de outubro, a semana que antecedeu o Passeio de Outono apareceu chuvosa e bem mais fresca, o que fez com que alguns dos nossos sócios resolvessem não arriscar um passeio molhado e na sede só apareceram 9 sócios com vontade de ir passear. Erro tremendo! Embora às 9h da manhã, quando a mini caravana se fez à estrada, ainda fosse caindo “uma pinga aqui e outra acolá” os blusões de quem arriscou não vestir o fato de chuva chegaram secos a Amarante. Aí, e após largar a A4 e entrar na N15 começou verdadeiramente o passeio, estrada praticamente seca, curvas para todos os gostos e paisagens esplendidas foram o menu quase até ao Alto de Espinho, onde a nuvem “pousada” nos cumes do Marão nos envolveu durante cerca de 1Km.

Após a descida à Campeã foi altura de uma pequena paragem para tomar um café e esticar as pernas, seguindo depois pela encosta norte do Marão (atravessando a Vila de Fontes célebre pelas suas corridas de Xassos) até Santa Marta de Penaguião, apreciando as vistas deslumbrantes sobre as vinhas que envolvem a N2 contrastando com as fragas que sustentam a Srª da Serra. A partir daí, foi seguir a estrada mais badalada de Portugal, atravessando Vila Real para parar em Vilarinho da Samardã, no Restaurante Passos Perdidos, onde nos deliciamos com um ótimo almoço.

Após o repasto, e com o sol a começar a espreitar veladamente por entre as nuvens, começamos a subir o Alvão para depois o “bordejarmos” a meia encosta até à Campeã, mais uma vez a paisagem sobre Vila Real e as vinhas durienses foram soberbas. Chegados à Campeã entramos na N304, segundo a Ford uma das estradas mais espetaculares para se conduzir, seguindo em direção a Mondim de Basto; o sol cada vez mais presente, das curvas é melhor nem falar e as paisagens cada vez melhores, foram a sobremesa antes duma última paragem em Mondim de Basto para um derradeiro café e as despedidas, antes de rumarmos pelo caminho mais curto/rápido até casa.

Mantenham-se atentos ao programa do MCP pois até ao fim do ano ainda haverá mais alguns passeios. Não os percas!

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Na rota entre o gourmet e os mais genuínos paladares

Rota dos Sabores 2023Um marco de sabores

Um almoço do mais tradicional que se possa imaginar servido bem no meio de uma quinta que produz produtos hortofrutícolas do mais gourmet que existe ou acompanhar umas tradicionais cavacas com o vinho verde da região em plena vindima ao som de um rancho folclórico foram apenas algumas das surpresas da Rota dos Sabores Moto Clube do Porto/Mototrofa.

Um evento destinado a descobrir as menos conhecidas das relíquias gastronómicas que juntou meia centena de motociclistas num dia soalheiro, excelente para a prática da modalidade, numa viagem curta mas deveras intensa. Tanto do ponto de vista turístico como gastronómico.

Para começar, nada como um bom reforço do pequeno-almoço na Mototrofa, onde o café ou sumo podia ser acompanhado pela mais diversa pastelaria, incluindo, claro está, doçaria regional. Prelúdio para uma passeata rumo à freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, a mais setentrional do concelho marcoense, através das estradas menos concorridas, num belíssimo primeiro dia de outono.

Quilómetros através de paisagens durienses rumo à Quinta do Calvário onde a vindima ganhou uma coreografia especial para a chegada da heterogénea caravana com uma atuação única do Rancho Folclórico de Santo André, numa recriação etográfica de uma vindima tradicional. Trajes de outros tempos, enquadrando cantares cuja origem se perde no tempo mas que, mau grado o passar do tempo, nunca estão fora de tempo. Momentos culturais, explicados pelo presidente da Junta de Freguesia, Fernando Monteiro, geradores de diversão realmente ímpar, que colocaram os surpreendidos visitantes a trautear as melodias enquanto descobriam a forma como eram feitos os tradicionais chapéus de palha vilabonenses.

Aprender a vindimar foi a aposta de muitos enquanto outros optaram pela prova do produto final, sob a forma das várias opções de vinho verde Adolfo, branco, tinto ou rosé, fazendo uso de castas como Arinto, Azal, Avesso, Espadeiro, Trajadura ou Vinhão. Vinhos criados por Adolfo Campos, de enorme frescura, bem acompanhados pelas tradicionais cavacas do Marco, que mantendo a base da receita semelhante à de muitos outros locais do País, juntando ovos, farinha, bicarbonato e fermento, tem uma variação de sabor e textura que tornam únicos estes doces nascidos em Vila Boa de Quires.

Galinha preta de boa sorte

Momentos de prova, de descontração e de descoberta que abriram o apetite para o opíparo almoço, de cardápio que honrava as mais arreigadas tradições culinárias, servido num cenário bem condizente. Trocando as mesas e cadeiras por fardos de palha, criando um ambiente superdescontraído onde foi possível apreciar a excelência dos vinhos da região lado a lado com sumos naturais de sabugueiro (um sucesso absoluto!), framboesa e mirtilo. No muito aprazível espaço da Quinta do Fojo, as entradas a gosto de todos variaram entre a alheira de carnes de galinha, enchidos, pataniscas de bacalhau, bola de carne, azeitonas locais e pão caseiro.

Preparação para o excelso arroz de cabidela com galos da raça Preta Lusitânica que deliciou uma cada vez mais surpreendida caravana, incansável nos elogios a tão delicioso quanto farto repasto. Que haveria de ser encerrado com pudim de especiais ovos caseiros, e com as fatias do Freixo, variante local do pão de ló cuja história remonta ao século XVII e que tem nas gemas de ovo o principal ingrediente. E para rematar, nada como as primeiras castanhas assadas do ano, no preciso dia em que o outono chegava.

Com a barriguinha cheia nada como uma passeata para ajudar à digestão, com visita guiada à quinta onde José Carlos Mendes produz os mais exóticos mini legumes, pequenos frutos, aromáticas, micro verduras e flores comestíveis. Que têm como destino primordial as cozinhas dos mais requintados restaurantes nacionais, onde fazem as delícias dos grandes ‘chef’s’ como dos mais requintados palatos. Mas que podem brilhar na casa de qualquer cidadão capaz de aventurar-se na ‘haute cuisine’. Visita guiada repleta de surpresas e novos conhecimentos, onde não podia faltar a explicação sobre a aposta na criação da raça autóctone de galinhas preta Lusitânica. Que muitos ligam ao universo do sobrenatural, mas que, na verdade, servem essencialmente para uma boa cabidela e também não ficam nada mal quando assadas no forno.

Em tempo de despedida da H2Douro, momento ainda para o sorteio de inúmeros brindes oferecidos pela Mototrofa que reforçou – e de que maneira! – a boa disposição na grande maioria das equipas inscritas. Que lá tiveram de arranjar espaço adicional para levar os capacetes, blusões, luvas e outros brindes oferecidos pelo concessionário Honda na Trofa, antes do regresso a casa. E, num final de tarde espetacular, nada como aproveitar as curvas da N108, desfrutando da companhia do rio Tâmega e do Douro em direção ao Porto.

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Passeio de Verão....

...com tempo de primavera

O domingo 16 de julho amanheceu solarengo, embora fresco, prenunciando um ótimo dia para passear de moto.

A clarividência do Moto Clube do Porto já o tinha previsto, pelo que tinha escolhido esta data para o seu Passeio de Verão. Mais uma vez com “lotação esgotada”, e após o café oferecido na sede, a caravana partiu em direção a Braga, pela A3 para mais depressa chegarmos às “boas estradas”.

Real e a inconfundível Ponte de Prado (com os seus semáforos) foram os aperitivos para a N201, recheada de casas senhoriais até Ponte de Lima, onde fizemos uma pequena paragem técnica para esticar as pernas e reconfortar os estômagos. Continuamos pela N201 até Agualonga com as magníficas paisagens minhotas, estradas (quase) sem trânsito e curvas para arredondar pneu 😊. Aí virámos em direção a Covas, acompanhando o Rio Coura, antes de subir a Serra d’Arga até ao Mosteiro de S. João d’Arga, já conhecido de alguns (de anteriores passeios do MCP) e local ideal para a fotografia de grupo. Estávamos lá muito bem mas era tempo de voltar às motos e voltar às cumeadas de onde pudemos apreciar o Rio Minho, o Monte de Santa Tecla, La Guardia e Caminha, antes de descermos a Dem e a S. Lourenço da Montaria. A partir daí foi subir dos cerca de 350m de altitude até aos mais de 750m da Sra do Minho, local onde voltámos a parar para apreciar as vistas sobre o vale do Rio Lima e a sua foz, em Viana do Castelo.

Embora a descida tenha de ser feita pela mesma estrada as vistas são completamente diferentes; Vila Praia d’Âncora, Caminha, novamente o Rio Minho…. Chegados ao vale fomos até Vila Praia d’Âncora para nos dirigirmos a Carreço e ao Restaurante do Sérgio, onde tivemos a companhia de mais um sócio (acompanhado de familiares), o Vasco Rodrigues, “culpado” pela escolha deste restaurante. A mesa estava posta e o pessoal cheio de vontade de “atacar” as entradas - mexilhões, camarão, rissóis, bolinhos de bacalhau, pizza, pão recheado, enchidos…, parecia que já não precisávamos de mais nada mas haviam de ver o que aconteceu à feijoada, robalos, costelas e leitão que se seguiram… para terminar, uns crepes de gelado com chocolate quente e café.

Ninguém queria arredar pé mas era preciso continuar o passeio. Como diz o ditado - “barriga cheia, companhia desfeita”- e, mais uma vez, assim foi… devido ao adiantado da hora alguns dos participantes despediram-se e regressaram a casa. O resto do grupo voltou a embrenhar-se pelas estradinhas minhotas, outra vez com muito pouco trânsito, voltando à zona de Montaria, passando depois por Lanheses, Barroselas, Palme e Vila Chã, para chegarmos a Esposende onde estacionámos no Pé no Rio; aí ficámos a dar duas de letra até decidirmos regressar a casa em pequenos grupos. Agora é aproveitar o resto do Verão para passear de moto, em viagens maiores ou mais pequenas, e lá para setembro podermos contar todas essas aventuras.

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MotoTrofa e Moto Clube, do Porto até Setúbal

Alguns preferiram começar na quinta-feira. Outros na própria sexta, dia do encontro no Moto Clube de Setúbal, numa viagem livre de compromissos, quer de dia quer de horas. E, como era de prever, cada um chegou na sua hora, de modo atempado, sem pressas. Assim, enquanto se aguardava a chegada de todos, os que já estavam iam recolocando os líquidos perdido na viagem, com imperiais geladinhas, para fazer ao tempo estava quente na esplanada da sede do Moto Clube de Setúbal (MCS), bem representado pelo seu presidente Paulo Mascarenhas e o seu vice, Paulo Duarte.

Reunido o grupo, 11 pessoas em 7 motos, passámos no hotel para limpeza geral, mudança de roupa e rumámos ao Mercado da Conceição. Chegados ao Mercado, na companhia dos nossos cicerones, a expectativa era alguma pois nada se via que antevisse o que íamos encontrar.

Basta dizer que é uma espécie do portuense Mercado do Bom Sucesso em ponto pequeno, com uma parte periférica preenchida pelas barracas que vendiam as comidas e uma parte central, de esplanadas, com mesas corridas, onde a azáfama do levanta e senta era um bom sinal para quem ainda tinha alguma dúvida sobre o local escolhido.

Um espaço não muito grande, mas com muita gente, música ambiente, onde o propósito de jantar, com qualidade e em agradável confraternização era bem visível.

Embora cada um tivesse escolhido o que quis comer, a impressão final foi a mesma, tanto do ponto de vista gastronómico como de convívio. Umas horas bem passadas à volta da mesa.

O dia fechou com o regresso ao hotel situado num dos pontos mais altos da cidade, proporcionando uma vista soberba sobre a cidade e sobre o estuário do sado.

Do estuário do Sado ao Atlântico

As atividades de sábado começaram na sede do MCS, tendo como guia o seu presidente, Paulo Mascarenhas, levando um grupo de 10 motas e 15 pessoas pela serra da Arrábida. A passagem por algumas das pequenas e magnificas praias da zona não foi possível pelos cortes de estradas que existiam, nomeadamente pela praia da Figueirinha, que obrigavam a longos desvios.

Com uma paisagem magnifica sobre a entrada do estuário do Sado e sobre o Atlântico, rumámos ao cabo Espichel, com paragem no forte de Santa Maria do Outão onde se situa a velha 7ª bateria de costa. O estado de abandono em que se encontra, surpreendeu-nos!

Depois de alguns quilómetros nas antigas e típicas estradas chegámos ao cabo Espichel onde o mar atrai todos os visitantes. A vista a norte é magnifica com a costa da Caparica e mesmo Lisboa/Cascais visíveis a olho nu.

De admiração são as integrantes construções aí existentes pela sua grandeza, plantadas no fim do mundo!  A igreja de Nossa Senhora do Cabo, do séc. XIV, e monumento de interesse público em 1950, foi noutros tempos espaço de oração de reis e de muitos peregrinos, como se pode observar pelas enormes alas laterais, do séc. XVII/ XVIII, onde estes poderiam pernoitar.

Fora do espaço propriamente dito do Santuário de Nossa Senhora do Cabo, mas ainda dentro do conjunto, encontram-se a Casa da Água e o Aqueduto do Cabo Espichel, edificações muito importantes para o Santuário, pois levavam água potável até ele.

Um espaço que se visita sem que se veja qualquer apoio de informação sobre o mesmo!

Retomado o trajeto deste local inóspito, e sempre com uma paisagem deslumbrante, a sempre simpática Sesimbra acolheu-nos para um retemperador almoço, numa agradável esplanada junto à praia.

Na mira, estava agora o Portinho da Arrábida, com a visita ao Forte de Santa Maria da Arrábida e ao seu Museu Marítimo, onde tivemos a oportunidade de observar vários espécimes e saber os estudos que se desenvolvem na zona sobre a fauna marítima local, desde o tempo do rei D.Carlos.

Igualmente chamou a atenção a alguns participantes deste passeio do Moto Clube do Porto em conjunto com a MotoTrofa a fauna existente na areia da Praia do Portinho que estava ao alcance dos olhos, através dos binóculos de longo alcance existente no Forte.

Os golfinhos e o cofre do vinho

O dia de viagem acabou com uma interessante visita ao Museu da Baía, em Setúbal, onde fomos esclarecidos sobre golfinhos, orcas e baleias, em genérico, e em particular sobre a família de golfinhos Roaz corvineiro que habita o Parque da Reserva Natural do Estuário, onde foi bem visível a preocupação em perpetuar a vida destes animais por estas paragens.

Regressado a Setúbal, o jantar foi apreciado com todos os sentidos, mesmo se o olhar ia sendo requisitado pelo jogo da Seleção Nacional.

No final, o recolhimento ao hotel era a opção mais natural para alguns, embora outros ainda fossem espreitar o desfile das marchas que decorria na cidade, e tivessem dado um fantástico passeio a pé, por entre a população e animação própria das festividades de um “S. João” local bem animado.

Já no domingo, sempre com a liderança do Paulo Mascarenhas, partimos do MCS para Azeitão, para ver, não os budas do Berardo (agora pintados de azul!), mas as caves de José Maria da Fonseca. Mais uma visita interessante, onde conhecemos alguns pormenores familiares da empresa e alguns dados sobre o envelhecimento do vinho quando em viagens por mar. Igualmente nos foi mostrado o “cofre” dos vinhos José Maria da Fonseca (JMF) protegidos por uma porta que só se abre para alguns.

Regressados a Setúbal e depois de mais um agradável almoço, regressámos ao Porto, não sem antes prestarmos o nosso agradecimento ao MCS, pelo trabalho que tiveram em receber o MCP e e MotoTrofa, e pela franca convivência sentida.

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Vagueando pelo rio Ave

Este podia ter sido o nome do passeio que, no passado domingo 7 de maio, levou um grupo de sócios e amigos até à Cabreira e Serras de Fafe.

Mais uma vez a meteorologia esteve do nosso lado e foi com o sol a aparecer por entre as nuvens que, após o café oferecido na sede, nos fizemos à estrada. O aquecimento dos pneus começou com as curvas do Monte de S. Miguel o Anjo, antes de atravessarmos o que já foi uma enorme zona industrial virada para os têxteis, e de iniciarmos as muitas travessias do rio Ave. Santo Tirso, Delães, Vila das Aves, Ronfe, ……, foram ficando para trás e, quando finalmente chegamos às Caldas das Taipas, o trânsito foi diminuindo na razão inversa do prazer de condução. Póvoa do Lanhoso foi o local escolhido para uma pausa na condução, proporcionando um segundo momento de convívio entre os participantes. A caravana retomou caminho para percorrer uma das mais belas estradas do norte do país, a N205; as suas curvas encadeadas e a quase inexistência de retas são um verdadeiro deleite para um motociclista. Em Guilhofrei virámos para Vieira do Minho, contornando a Barragem do Ermal, antes de atravessar Cortegaça, passar nos Moinhos do Ave, cruzar Agra e voltarmos à N205, mas agora dando as costas a Cabeceiras de Basto. Como o apetite já se fazia sentir, apontámos a Várzea Cova e à Adega Monte Belo. Foi tempo de “provar” os rojões e, sobretudo, as costelinhas de javali (que boas estavam), antes de atacar a vitela assada à moda de Fafe (em forno de lenha) que estava simplesmente divinal! Ao contrário do que diz o ditado, “barriga cheia, companhia desfeita”, o grupo manteve-se unido e depois de passarmos no Confurco (já pintado de fresco para o Rali de Portugal na próxima semana) dirigimo-nos a Fafe para visitar o Museu do Rali; embora pequeno, tem uma boa coleção de máquinas que marcaram o mundial de ralis e o rali de Portugal e a visita guiada que nos foi oferecida foi muito interessante (sobretudo para quem não trata os ralis por tu).

Foi então tempo de despedidas, tendo parte do grupo regressado diretamente ao Porto pela auto estrada, enquanto outra parte continuou pelas nacionais até casa.

Estejam atentos ao site e às futuras passeatas que aí vêm! Contamos convosco!

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ReVoltados por terras Andaluzas

A ReVolta, para todos os 31 participantes mais dois desorganizadores iniciou-se com chuva impiedosa desde Barcelos, Porto, Guimarães, Paços de Ferreira, Chaves, Coimbra, Arouca, Lisboa e Alcobaça até Elvas.

Cidade fronteiriça na qual foram recebidos todos os participantes que puderam usufruir de um belíssimo hotel e de um jantar de boas vindas ao grupo, servido na Adega regional onde muito bem se jantou. Graças ao apoio dos amigos Hugo Macedo e Ana Martins de Barcelos, os participantes receberam uns belíssimos polos alusivas ao evento e alguns mais sortudos ganharam umas garrafitas de vinho.

Após uma noite bem dormida e um pequeno-almoço soberbo, surgiu para alguns a tarefa de tirarem o excesso de água das malas da moto, para logo de seguida a caravana rumar a Córdoba.

Para este 1º dia de ReVolta escolheu-se um trajeto mais rolante via Olivença, Zafra e Llerena. Entramos em belíssimas estradas municipais de muito bom asfalto na vila de Fuente Obejuna para uma paragem em Vilaviciosa de Córdoba, local pensado para um almoço mais rápido e no qual a caravana de 19 motos se deparou com uma vila a abarrotar de visitantes de um evento automobilístico tipo “rampa do Luso” ou algo parecido.

Mas, lá conseguimos petiscar mais ou menos rápido para fazer de seguida uma carretera com paisagens serranas e repleta de curvas e curvinhas, uma delícia de asfalto que nos levou por los Arenales até Córdoba.

No hotel Los Omeyas, bem no centro do casco histórico e de frente para a famosa Mesquita/Catedral, esperava-nos “Áfrika”.

Sim, esse o nome da simpática guia que nos mostrou em duas horas e meia a encantadora e histórica cidade de Córdoba, desde a Mesquita à Sinagoga, dos belíssimos pátios e ruas de vasos à famosa ponte romana com a sua Torre de Calahorra, a incansável Áfrika lá nos ia ensinando a história de muçulmanos, judeus e cristãos e até de Mohamed Ibn Aslam Al-Gafeki que por volta de 1150 foi um dos primeiros senão o primeiro a realizar uma cirurgia ocular para extrair uma catarata. Curiosidade esse Al-Gafeki tem uma estátua em sua honra em plena Judiaria de Córdoba.

Após se ter descoberto a cultura e história era hora de procurar algo reconfortante e os participantes mais ou menos juntos dispersaram pelas ruelas, procurando o merecido jantar, o que não faltava eram restaurantes e bares em uma noite amena em típica cidade Andaluz.

Para o segundo dia da ReVolta o roteiro dizia que o destino era Setenil de las Bodegas, mas antes de lá chegarmos haviam surpresas pelo caminho. Uma delas foi a imensidão dos olivais, acompanhando sempre até ao cumo das colinas. Por estradas secundárias e de bom piso, rumo a Zuheros, uma pequena vila cujo castelo se situa bem lá no alto. Vila muito bonita com paisagens lindíssimas a partir do seu largo principal e onde normalmente o acesso a veículos está interdito, mas a amabilidade do Señor Guardia Civil “Javier”, também ele motociclista, possibilitou não só a subida ao recinto como ainda a possibilidade de todas as 19 motas alinharem ali mesmo para uma fantástica foto de grupo.

Seguia-se mais uma vila pacata, Rute de seu nome, conhecida vila museu no meio do parque natural de Las Sierras Subbéticas, com o museu de Aniz, museu de chocolate, museu de Açúcar, museu do presunto, entre outros, mas nós queríamos mesmo era almoçar e seguir viagem até á próxima vila. Essa seria Iznájar com seu castelo bem no topo e rodeada de uma barragem imensa.

Após pequeno troço de autopista dissemos Hola a Antequera ao pararmos em um dos miradouros mais bonitos sobre a cidade, para seguirmos até ao parque natura “Torcal de Antequera” por estradas deliciosas com paisagens arrebatadoras e diferentes.

Histórias de pedras e mais pedrinhas, mas com muita beleza natural.

A organização sabia que o troço que seguia era o de condução mais exigente e mesmo em asfalto com meia dúzia de metros de terra batida pelo meio houve quem não resistisse e ficasse sem ar. Ora pois claro um furo, em 19 motos não é invulgar, mas insistir em despejar de meia em meia hora, bem isso já estava a deixar os mecânicos de serviço nervosos. Mas mesmo com as tripinhas ao léu chegou a bom porto. Subindo a Abdalajis e descendo pelo belíssimo passe de El Chorro, avistava-se fabulosa paisagem para o Caminhito del Rey. Rumando daí a Setenil de Las Bodegas, onde nos esperava o merecido jantar e descanso.

A incursão pela Calle del Sol, logo pela manhã, em Setenil de las Bodegas até que é proibida, mas o Alcaide foi simpático e lá tivemos mais um bónus nesta Revolta. Após respetivas fotos para memória futura fomos procurar Olvera, uma majestosa Vila com imponente castelo e catedral que visto de longe muito impressiona.

Queríamos mais, melhor e mais bonito por isso rumamos a Zahara de la Sierra para contemplar a sua espetacular localização.

Faltava qualquer coisa, a cereja no topo do bolo, sim temos a certeza que todos vibraram com a subida ao Puerto de las Palomas a 1357m de altitude na Sierra de Grazalema. Quem muito sobe, muito tem que descer, mais um passe e mais uma vila e uma paragem para refrescar pois até ao almoço já bem perto de Sevilha ainda faltavam uns quilómetros.

O destino era Fregenal de La Sierra, mas antes uma passagem pelas minas de Rio Tinto, não o do norte do nosso país mas sim o das minas da serra de Aracena, os participantes da Revolta ficaram a perceber a origem do nome do Rio Tinto.

Em Fregenal de La Sierra, um excelente hotel esperava pelos guerreiros desta ReVolta, mas não menos espetacular foi o jantar no restaurante do Señor Eduardo, que até estava “Cerrado” mas abriu de propósito para os ReVoltados. Com a ajuda de um garçon contratado na hora fez-nos sentir bem-vindos e sair encantados.  

Adivinhava-se e sentia-se a tristeza no ar de que o que é bom acaba depressa, 300 Km separavam-nos do almoço de despedida no Suimo / Tomar. Mas ainda havia algumas surpresas já bem perto de Portugal. Jerez de los Caballeros, Alconchel e Olivença eram os últimos locais por terras de nuestros Hermanos, nesta 4ª ReVolta.

Seguiu-se Elvas, Monforte e Alter do Chão, por Ponte de sor e Abrantes á Barragem de Castelo de Bode e Tomar chegávamos ao Café central do Suimo, onde temos a certeza que todos se questionaram se era mesmo ali que se almoçava.

Fechou-se ali mesmo esta ReVolta, com um excelente bacalhau bem regado, elaborado pela simpática dona Cristina.

Despedidas feitas e tendo conhecimento que todos chegaram bem ao destino final, restanos agradecer a todos a confiança que depositaram uma vez mais no MC Porto para esta edição da ReVolta.

Para o ano há mais uma ReVolta com certeza.

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Conhecer Ourém pegada a pegada

MC Porto foi anfitrião do Troféu de moto-ralis turísticos em Terras Oureanas

Moto Rali MC Porto 2023 Foto de Grupo InstitucionalPassando à porta de tudo o que é capelinha e freguesia do enorme concelho de Ourém, os 114 participantes – em 76 motos e representando 12 motoclubes de norte a sul – do já 27º Moto-rali Turístico do nosso Moto Clube do Porto, ficaram a conhecer bem este território do centro de Portugal continental no último fim de semana de abril de 2023 , no decorrer da 2ª jornada do 26º Troféu BMW/Dunlop desta modalidade tão turística da FMP.

E até nem fomos muito para longe desta vez. De 1992 até aos dias de hoje já organizamos moto-ralis turísticos de Melgaço ao Pulo do Lobo, no concelho de Mértola.

E porquê Ourém desta vez? É que para além de ser uma terra interessante, o nosso actual organizador deste tão trabalhosos mas gratificantes eventos é de Alcobaça. E, a acompanhar o rijo Germano Mateus, os seus mais directos colaboradores nesta organização são de Coimbra, Fátima e Ourém. E ainda da Galiza! Só mesmo o portuense Sérgio Correia é que destoava nesta autêntica selecção nacional, que até contava com estrangeiros “naturalizados”.

E Ourém é um concelho com várias particularidades. Por exemplo, tem duas cidades. Uma é a sede de concelho e a outra é a “Cidade da Paz”, Fátima! Abrange um Parque Natural, o da Serra de Aires e Candeeiros, e entre muitas outros motivos de interesse, expõe dos mais longos trilhos de pegadas de dinossauro do mundo, com 168 milhões de anos.

Este ambiente jurássico serviu de tema ao evento, em simultâneo muito modernizado por vários recordes: 14 senhoras a conduzir moto – espectáculo! – uma delas, que se saiba, a mais jovem de sempre a conduzir, e também o mais jovem de espírito a participar. Referimo-nos à sorridente Joana Anjos, de 16 anos e ao indestrutível Mário Silva, de 82 gloriosas primaveras!

Confessamos não ter arquivos que comprovem estes recordes, mas não há dúvidas de que foi com este ambiente excelente, heterogéneo e de muitas caras novas, que o evento começou na cidade que recebe milhões de peregrinos anualmente. Com uma hotelaria moderna mas de hábitos conventuais e clientela de muitas nacionalidades e portadora de expectativas completamente diferentes de um destino turístico, Fátima merece uma observação atenta. Há uma energia muito especial no ar, principalmente a dois passos de onde os motociclistas ficaram alojados, no Santuário da Cova da Iria.

E lá foi a comitiva, partindo de minuto a minuto no sábado, para logo se começarem a formar os grupetos espontâneos, varrendo todas as freguesias deste concelho de mais de 45.000 habitantes que, fora os citadinos, estão muito dispersos por lugares rurais.

E isso marcou este moto-rali turístico, desenhado pelo Germano, num labiríntico percurso que tentou mostrar tudo o que há para ver nestas terras Oureanas.

E começou da melhor forma, após o primeiro petisco em Fontaínhas da Serra, entre oliveiras de porte e idade impressionante: o clube levou-nos a conhecer a Gruta da Lomba Gorda, uma enorme fenda calcária, escondida entre uma das melhores vegetações que já apreciamos em Portugal. Por uma floresta densa de zambujeiros, azinheiras, carvalhos-cerquinhos, aroeiras, medronheiros, gilbardeiras, cistos, troviscos, folhados e muitas mais espécies que não sabemos identificar, os participantes subiram e desceram agarrados a cordas para atingir a frescura do canhão natural. Ora transpirando mais ou menos, ora praguejando menos ou mais. Mas valeu o esforço. Nem faltou um homem de Neandertal e um dinossauro a pregar partidas. Nem sabíamos que eram contemporâneos…

O Moto-rali começava bem e, deliciados, continuamos a seguir o road-book de 30 páginas para pouco mais de 140 km, quase todos no sábado, demasiado cinzento, por sinal.

Pouco depois, nova incursão em terra batida. Já agora, este passeio puxou pela preparação física. Tanto para motos como participantes. Muita estrada não pavimentada e muita caminhada. Mas compensou. Há coisas e locais que só assim podem ser contempladas. Como as vistas do Baloiço do Talegre, sobre a floresta riquíssima e cheia de endemismos destes maciços calcários.

De Alburitel fomos a Suimo petiscar umas tripinhas, aperitivo para o almoço na Praia Fluvial do Agroal, reconfortante espaço nas margens do Rio Nabão.

Felizmente o sol abriu mas não tivemos tempo para um mergulho neste local de preservação da Natureza. As perguntas, jogos e surpresas iam-se sucedendo a bom ritmo e a tarde deste sábado começou até de pés na água, num dos vários afluentes do rio que se desloca para Tomar.

Também os motociclistas se deslocaram entre papoilas para nova petisquice, a dos bons queijos artesanais Flor do Campo, no parque de merendas de Casal Bernardos.

Com mais umas brincadeiras, cafezadas oferecidas e visita aos aventureiros de Espite, chegamos a um momento que surpreendeu: um campo de FootGolf. Sim, para se jogar golfe ao pontapé na bola! E os relvados eram bonitos e pouco ou nada deviam aos demais, de bola mais pequena. As motos ficaram bem no meio dos green mas os motociclistas ficaram mal com a pouca aptidão para o chuto.

Outra curiosidade que ficou na retina foi o facto de Caxarias já ter tido “carreiras expresso” há 130 anos. Que na altura eram à base de diligências que conseguiam dar tanto gás que em apenas sete horas e meia se punham em Castanheira de Pera. Fantástico.

Hoje em dia, são menos de 50 minutinhos de moto para outros tantos quilómetros. Mas é bom termos consciência destas memórias.

E de memórias estava cheio o vinho que serviu de ponto final à etapa, servido na Adega de Ourém. Um espaço de entusiastas que estão a conseguir produzir vinho como se crê que seria feito há 800 anos (!) pelos monges. Nada fácil, e apenas possível após aturados estudos e investigações. Uma boa experiência. Obrigado.

E quando demos fé, estávamos em Fátima outra vez.

Com novo jantar e dormida na Cidade da Paz, a noite não primou pela algazarra.

Mas ao jantar ainda houve tempo para uma acção solidária com a pequenita Maria Camila na esperança de dar mais qualidade de vida a esta menina de 4 anos. Muitas felicidades, é o que todos desejam! Mais informações sobrer este tema aqui

E também para homenagear Paulo Mendes pela FMP, mototurista da nossa casa e que é totalista das 25 edições do Lés-a-Lés e que não pode estar presente no dia seguinte já que, com a sua esposa Neusa, arrancaram de madrugada – cada um na sua moto – para a Noruega, a caminho do Biker’s Night 2023, evento pontuável para o Campeonato do Mundo de Mototurismo da FIM que decorrerá na Lituânia. E como queremos ser tetra-campeões mundiais alguém tem de trabalhar…

Bem retemperados pela falta de animação noturna – Fátima é uma terra de introspecção - os mototuristas acordaram arrebitados para os 31 quilómetros de domingo, começados entre bermas de estradas refletidas de peregrinos e os moinhos da Fazarga onde até D. Quixote e sua Dulcineia vieram em meditação de Castilha La Mancha. Armamo-nos em Sancho Pança e mostramos os nossos dotes de usar uma lança entre as pernas. Já no dia anterior tínhamos molhado o pincel num jogo. Já não há respeito pelos lugares santos…

Chegamos finalmente à Pedreira do Galinha, a tal onde pararam os trabalhos em 1994 quando três arqueólogos repararam que uns saurópodes de 70 toneladas tinham andado por ali a rabiar. Bom, não foi bem na Pedreira do Galinha onde eles passaram à cata de uma verduras para dar ao dente. Foi em lamaçais de um continente diferente do que é hoje a Europa, bem mais a sul no planeta Terra. É que em 168 milhões de anos, a deriva dos continentes modifica bastante a fisionomia do nosso mundo. E lá caminharam de novo os motociclistas a apreciar e a aprender, a tentar imaginar estas bizarmas à nossa beira.

Como a cultura dá fome e sede, pouco adiante estávamos debaixo da terra, numa fresca adega escavada no solo, a dar ao dente.

Já poucas igrejas e capelas restavam na rota. Por isso finalmente subiu-se ao castelo de Ourém, bastante requalificado e sempre impressionante pela sua singularidade. A luz do sol ajudou à fotogenia e, de motos definitivamente estacionadas, a comitiva beijou os pés e mãos ao casal real, bebeu umas ginjas, tirou a foto de grupo e desceu para forte almoçarada. Nestes eventos enriquecemos a mente e a barriga. Saímos mais gordos e felizes!

E neste caso honrados com a presença de Luís Albuquerque, Presidente da Câmara de Ourém, que encarnou a hospitalidade de um concelho para com as duas rodas. Após o Moto-Rali Turístico do MP Porto, Ourém receberá o 25º Portugal de Lés-a-Lés a 9 de junho e a Volta a Portugal em Bicicleta em Agosto! Muito Bem! Um muito obrigado, não só à entidade máxima do município como a todos os Presidentes das Juntas de Freguesia do concelho, pelo excelente apoio, quer a abrir portas, quer a oferecer uns petiscos, quer pela simples ajuda de sugerir e enriquecer o percurso.

Após as simpáticas palavras de Luís Albuquerque ditaram-se as classificações que premiaram os independentes e divertidos Luís e Valentina Ferreira. Paula e Paulo Moita, do Góis MC, asseguraram a liderança do Troféu ao ficarem em segundo lugar. E a Anabela Pimentel, do MC Porto, surpreendeu ao completar o “pódio”.

O nosso destaque para os alegres participantes do MC Albufeira. 17 elementos em 11 motos, e tão certinhos que o “pior” de todos ficou em 24º lugar desta classificação que apenas serve para incentivar ao conhecimento de cada região. E ficamos a conhecer bastante bem Ourém. Melhor que muitos habitantes locais.

Muito obrigado a todos os voluntários do Moto Clube do Porto que deitaram a mão ao incansável Germano: à Xana e ao Xuxu (que andou de saias à noite!), ao Afonso e Sónia, ao Hélder e Iliana, à Cláudia, ao Sérgio e muchas gracias aos galegos Miriam e Carlos Solla!

E como anteriormente divulgado aos sócios do MC Porto, o sócio que melhor classificado ficasse neste nosso Moto Rali, teria a inscrição oferecida num outro Moto Rali à sua escolha. Assim sendo, o Moto Clube do Porto já terá pelo menos uma representante no próximo Moto-Rali, pois a Anabela Pimentel vai usufruir desta oferta, já no Moto rali dos Motards do Ocidente.

O 26º Troféu Nacional de Moto-Ralis Turísticos BMW/Dunlop da FMP-2023 desce de seguida ao Alto Alentejo, a Mora, sob a organização do MC Motards do Ocidente que, a 13 e 14 de maio, receberão esta festiva forma de valorizar Portugal. Informações em Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou 912325859.

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Depois desta seleção de imagens, apresentamos os elementos mais técnicos do Moto Rali, para quem tenha interesse em tal...

Road-Book - 1ª Etapa - 1º Setor

Road-Book - 1ª Etapa - 2º Setor

Road-Book - 2ª Etapa - 1º Setor

Livro de Apoio sobre Ourém

Perguntas Surpresa

Questionário 1ª Etapa

Questionário 2ª Etapa

Classificação Geral 27º Moto Rali MC Porto 2023 (xls)

E por fim um agradecimento ao Ernesto Brochado, pela reportagem e centenas de fotos.

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