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Se o destino for alcançável de moto
nós iremos lá!

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Sob o signo da paridade

O dia 24 de julho, e o Passeio de Verão, vão ficar na história do Moto Clube do Porto pois, pela primeira vez, tivemos 20% das motos participantes conduzidas por senhoras! Sim, sabemos que cada vez há mais mulheres a conduzir motos no dia a dia, mas nunca tal havia acontecido num passeio do MCP e hoje, 5 dos 25 condutores que integraram o passeio eram condutoras!

O dia amanheceu nublado, fresco e foi com um nevoeiro algo húmido que deixamos a sede do clube depois do café e do briefing, nevoeiro esse que nos acompanhou até depois de Amarante. Aí era onde começava verdadeiramente o passeio, com as primeiras curvas encadeadas até Celorico de Basto; com a entrada nas Terras de Basto além das estradas curvilíneas qb podíamos apreciar um sem número de casas senhoriais que por lá proliferam em grande número. Depois de passar ao lado de Cabeceiras de Basto, e enquanto subíamos para o Salto, as vistas passaram de boas a sublimes; foi tempo de fazer uma pequena paragem para esticar as pernas e beber alguma coisa antes de atravessar a barragem do Alto Rabagão e ver, com tristeza, a falta de água na sua albufeira. Tempo ainda para fazer uma paragem em Vilarinho de Negrões para a foto de grupo da praxe, antes de descermos a Boticas para almoçar a “obrigatória” vitela barrosã no Restaurante Caçador.

Já refeitos, arrancámos em direção a Ribeira de Pena por uma estrada municipal cujas paisagens, e curvas, os participantes não esquecerão tão cedo. Depois…, bem, depois foi regressar às estradas, que agora nos pareceram banais, até Arco de Baúlhe após o que fizemos uma última paragem para “meia de letra” e algo para refrescar, e regressarmos a Amarante onde nos dividimos em pequenos grupos para o regresso a casa.

Em agosto muitos de nós irão de férias, para mais ou menos longe, de moto, carro ou avião (será que alguém vai de bicicleta?) mas o Moto Clube do Porto não para e, no fim de semana de 13/14, haverá uma proposta de passeio com moldes fora do normal. Se vais ficar “por cá” mantém-te atento às notícias!

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Centro de sabores surpreendentes

Rota dos Sabores 2022 00Meia centena deliciou-se com Rota escaldante

Descobrir novos paladares e conhecer o património local, ver paisagens diferentes e percorrer estradas menos conhecidas foram objetivos plenamente cumpridos em mais uma Rota dos Sabores. O Moto Clube do Porto, com apoio da Henisa Cash & Carry e da MotoTrofa, juntou meia centena de participantes para uma surpreendente descoberta da região centro. Aventura de exploração que começou cedo, com o sempre desejado café acompanhado pela primeira surpresa do dia.

Bombons com recheio de manjerico, isso mesmo, manjerico!, criados pela Pedaços de Cacau – da já nossa conhecida Raquel Lima – e que serviram para assinalar o final das festas dos santos populares e o início das viagens de verão. E que início!

Tentando aproveitar as temperaturas mais amenas da manhã, o grupo saiu do Grande Porto de forma diferente, através de estradas secundárias entre árvores, beneficiando de algumas sombras e passagens por vales refrescantes. Percurso pensado para enganar a adivinhada canícula, concentrando mais quilómetros na parte inicial de uma viagem que levaria a caravana até ao belíssimo parque de merendas da pateira de Espinhel.

Pouco mais de uma centena de quilómetros, com passagens na serra do Arestal, abordando ao de leve a Serra da Freita e olhando para a Serra do Caramulo, com passagens por Macieira de Cambra, Vale de Cambra ou Sever do Vouga antes da chegada a Águeda. Ou melhor, à aguedense Freguesia de Recardães e Espinhel, onde esperava o seu presidente, Manuel Campos. Mais precisamente ainda, à pateira de Espinhel, na lagoa de Fermentelos a maior lagoa natural da Península Ibérica.

Pedaço de paraíso adoçado pelos pastéis de Águeda

Local de enorme beleza, com parque verdejante que serviu de excecional palco para a receção preparada pelo Grupo Motard de Recardães e pelo seu presidente da Assembleia-geral, Marco Almeida. Que, associando-se ao evento do MCP, brindou os participantes com os famosos pastéis de Águeda para acompanhar o café, sumos e águas. Pastéis de origem conventual, feitos com açúcar, ovos e amêndoa, de origem historicamente disputada pelo Convento de Jesus, em Aveiro, e pelo Mosteiro de Lorvão, e de que existem atualmente apenas 5 produtores acreditados pela Câmara Municipal de Águeda.

Um momento para apreciar a beleza natural de um verdadeiro pedaço de paraíso e descansar um pouco, minimizando os efeitos da temperatura já então bem elevada, antes da curta tirada até à Curia. Viagem pelo meio de alguns dos vinhedos de onde saem os cada vez mais apreciados vinhos bairradinos e que acompanhariam um dos momentos altos da Rota dos Sabores 2022 Moto Clube do Porto/Henisa.

O almoço, servido no Curia Palace Hotel, foi marcado por uma imagem de grande elegância, em local de enorme carga histórica. Inaugurado em 1926 e alvo de cuidada remodelação integral, preservando todo o misticismo dos “loucos anos ‘20”, o Palace impressiona sempre pela grandiosidade e o classicismo de um ambiente ímpar, sendo elemento incontornável no panorama hoteleiro nacional.

Dos “loucos anos ‘20” à surpreendente vila Ançã

Com um serviço excelente a exaltar as características de um local inesquecível, custou aos participantes arrancar para a última etapa, curta, até Ançã. Uma vila de grande peso histórico cuja fundação remonta, pelo menos, à ocupação romana, ainda no primeiro século da era cristã, factos atestados por vários vestígios arqueológicos. Importância de longa data sublinhada pela doação de uma propriedade no ano 937 D.C e que representa o primeiro documento escrito com referência ao lugar de Ançã. Que ganharia estatuto de vila e sede de Concelho em 1371, com foral concedido por D. Fernando, e uma relevância crescente até às reformas liberais de 1853, altura em que passou a integrar o concelho de Cantanhede.

Recebidos pelo presidente da Junta de Freguesia de Ançã, Cláudio Cardoso, perceberiam os participantes a importância histórica, que valeu recuperação do estatuto de vila em 2001 e que está bem patente no legado patrimonial, maioritariamente edificado na característica pedra de ançã. Pedra calcária, de cor clara e muito macia, facilitando os trabalhos de escultura e ornamentação arquitetónica tendo como exemplos mais famosos os túmulos de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I ou a Porta Especiosa, da Sé Velha de Coimbra.

Mas também de monumentos ançanenses, muito bem-apresentados pela simpática e conhecedora técnica do Posto de Turismo Liliana Malva, do Paço do Marquês de Cascais à Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora do Ó (ou a Expectação). Verdadeira gramática de estilos arquitetónicos, construída nos séculos XVIII e XIX e declarada como Património de Interesse Público em 1983. Particularmente interessante foi também a apaixonante história da fonte dos Castros ou da casa onde nasceu o médico, poeta, escritor, professor e intelectual Jaime Cortesão. História de Ançã que não ficaria completa sem a visita ao Museu Etnográfico Típico de Ançã ou descoberta do Moinho da Fonte, representando os muitos moinhos de água existentes nas margens da Ribeira de Ançã e aproveitando um caudal de água superior aos 20 mil litros por minuto! E para os melómanos, oportunidade ímpar de assistir, no Terreiro do Paço, ao ensaio geral da Phylarmonica Ançanense, com o espetáculo Plano V, integrante do programa da Semana Cultural de Ançã. Enfim, mais surpresas!

A fonte dos amores e um doce de piscina

Visitas que abriram o apetite para mais descobertas surpreendentes. Por um lado, a piscina natural, alimentada por água proveniente diretamente da nascente da Fonte dos Castros, e, por outro lado, a doçaria local. A começar pelo tradicional Bolo de Ançã, com origens se perdem no tempo e cuja simplicidade de ingredientes (farinha, açúcar, ovos, manteiga, fermento e raspas de limão) remete o segredo da qualidade para o saber ancestral das boleiras que fazem perdurar o processo de fabrico artesanal. Cozido em forno de lenha, tem a particularidade de uma feitura a 2 tempos, saindo do forno para ser feito um corte na parte superior em forma de coroa e pincelado com ovo para reforçar o tom dourado. E há também uma variante mais recente, feito sem ovos e com um toque a canela, cuja forma em S valeu designação de Bolo de Cornos.

Doçaria acompanhada por sumos, café de cafeteira tradicional e até uma jeropiga antes da possibilidade de desfrutar da piscina natural e do bar Quintal da Fonte, onde foi possível aproveitar um ameno sunset com direito a música ao vivo. Forma muito apreciada de terminar a Rota dos Sabores, antes de um regresso a casa feito à vontade de cada participante, com várias estradas nacionais à mão de semear e o acesso à autoestrada a escassos dois minutos de distância. E dispensando o eficiente trabalho dos “condutores de caravana” Rui Carvalho e Castro, Sérgio Correia, Nuno Trêpa Leite e Armando Moutinho, fundamentais na boa disposição e segurança ao longo de toda a viagem.

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Sócios "à prova de fogo"

24.º Portugal de Lés a Lés Dia 2Moto Clube do Porto em grande no mais exigente Lés-a-Lés de sempre

O Moto Clube do Porto voltou a ser o mais representado coletivamente no Portugal de Lés-a-Lés que, na 24.ª edição reuniu mais de 2400 participantes em 2200 motos. Várias dezenas de motociclistas ‘defenderam’ as cores do MCP, divertindo-se de Faro a Bragança, ao longo de 1256 quilómetros com passagem por Castelo de Vide e Covilhã.

Numa das mais bonitas e exigentes edições dos últimos anos, com temperaturas muito elevadas ao longo dos quatro dias, foram dezenas de sócios a passear através da zona raiana, fazendo diversas incursões a território espanhol. Ainda assim, foram apenas 10 os inscritos para pontuar naquela que foi a 3.ª prova do FIM Touring World Challenge, ‘competição’ que o MCP lidera de forma bem destacada, rumo ao terceiro título mundial consecutivo.

Mas a presença do MCP no evento da Federação de Motociclismo de Portugal foi bem visível noutros capítulos, com muitos sócios integrados na grande equipa organizativa. Desde as verificações técnicas à gestão e apoio aos participantes, dos vários guias à equipa das ‘motos-vassoura’, da fotografia à logística das partidas e chegadas, do gabinete de Imprensa ao speaker, muitas foram as t-shirts do MCP em ação. Presença visível também em vários controlos de passagem, desde as algarvias ruínas romanas em Milreu até Castelo Mendo, logo no arranque da 3.ª etapa. Isto depois de, na véspera, terem protagonizado D. Dinis e a Rainha D.ª Isabel, no castelo do Sabugal, local onde a lenda diz poder ter acontecido o famoso milagre das rosas.

Numa caravana que contou com motociclistas de mais de uma dezena de nacionalidades, destaque ainda para o sócio Paulo Mendes que é um dos quatro participantes totalista de presenças no Lés-a-Lés. E que, juntamente com Luís Silva, Ângelo Moura e Luís Simão, vai cumprir as bodas de prata no evento de 2023.

24.º Portugal de Lés a Lés Dia 1

Passeio de Primavera

Dia 15 de maio estava marcado na agenda – PASSEIO MCP DE PRIMAVERA! Toda a semana a ver a previsão meteorológica: de início dava muito sol, a meio da semana céu parcialmente nublado e para o final previa chuva ☹. Mas como a esperança é a última a morrer, e os sócios do Moto Clube do Porto não têm medo de “encolher” com a água, à hora marcada a caravana estava pronta para enfrentar a chuva que tinha começado a cair. E ainda bem que o fizeram pois ainda não rolavam há 10 minutos e a chuva parou.

Com o céu a clarear e a estrada a secar foi tempo de apreciar as curvas junto ao Douro, e depois a caminho de Arouca, onde se fez uma “paragem técnica”. Depois do café, o grupo voltou à estrada para subir às alturas da Serra da Freita, onde o sol já ia aparecendo, possibilitando aos participantes apreciarem as gargantas e vales profundos, bem como a paleta de cores das suas encostas cobertas de maias, tojo e urze.  

A caravana rolava a bom ritmo e a chegada ao restaurante Montanha foi à hora prevista; as entradas estavam ótimas, tendo-nos aberto o apetite para o arroz de pato que se seguiu e para as sobremesas. Depois do café, dirigimo-nos para o Museu do Caramulo onde começamos por apreciar o espólio deixado por João Lacerda, antes de ver as exposições temporárias (uma de motos e outra de arte gráfica dedicada ao desporto automóvel) e a dos brinquedos. Atravessámos a rua para ir ver o edifício dedicado aos automóveis, onde continuamos a apreciar algumas obras de arte sobre rodas; para finalizar a visita, tivemos de recorrer às nossas motos que nos levaram ao novíssimo espaço do Caramulo Experience Center; aí pudemos apreciar as oficinas de restauro automóvel, em atividade durante a semana, e o espólio de “reserva”, capaz de fazer inveja a qualquer mortal. O nosso muito obrigado ao Tiago Patrício Gouveia pela oferta da visita guiada ao Caramulo Experience Center.

E como tudo o que é bom acaba depressa, lá tivemos de nos despedir de tão aprazível espaço para regressar a casa. Rumámos a Águeda, aproveitando a N234 para acabar de arredondar os pneus, antes de entrar na A25 e A1 e voltar a casa.

Gostaram do passeio? Para o próximo mês há mais, marquem na agenda 4 de junho - Rota dos Sabores – e de 24 a 26 de junho – Nacional 2.

Ficamos à vossa espera!

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Subindo e Descendo pelos Quintais Vizinhos

No passado fim-de-semana de 23 e 24 de Abril, teve início o 25º Troféu Nacional de Moto-Ralis Turísticos BMW/Dunlop da FMP 2022, que pela mão do muito experiente Moto Clube do Porto levou cerca de 90 participantes em 63 motos a passear pelos concelhos de Castanheira de Pera, Pedrogão Grande e Figueiró dos Vinhos

Com epicentro no Concelho de Castanheira de Pera, começaram estes passeios fortemente culturais do Trofeu Nacional de Moto-Ralis BMW/Dunlop da FMP em 2022. Sendo Castanheira de Pera uma conhecida pérola do nosso património cultural e paisagístico, tem muito para oferecer, no que diz respeito ao lazer e ao eco turismo. Assim, os mototuristas iniciaram o sábado com um périplo por alguns pontos de interesse, nomeadamente por algumas das suas aldeias pitorescas como Pera, Pisão do Baeta e Coentral Grande, onde no início de século XX, um grupo de Coentralenses decidiu fundar um centro escolar com o objectivo de criar uma escola de ensino primário feminino, proporcionando assim o acesso à instrução e à cultura por parte das mulheres. Sem dúvida uma visão revolucionária para a época. Para além disso, foi mostrado aos mototuristas a bela Praia Fluvial do Poço Corga com o seu esplêndido carvalhal centenário ou o Museu do Lagar. E também se desceu aos Passadiços da Ribeira das Quelhas que dão acesso a um dos locais mais belos e selvagens da Serra da Lousã.

Durante esta manhã de sábado, houve ainda tempo para uma visita ao Planalto do Santo António da Neve e à Capela de Santo António e os três exemplares de Poços Neveiros, classificados como imóveis de interesse público em 1986. De seguida, tempo para uma breve contemplação no Baloiço do Trevim, já fora do concelho de Castanheira de Pera e almoço no Lugar da Picha.

Após o revigorante almoço, foi tempo de passear pelo Concelho de Pedrogão Grande, continuando a visitar aldeias, como Escalos do Meio, Escalos Fundeiros, Mosteiros e a sua esplêndida Praia Fluvial, ou ainda Vila Facaia e respectivo Museu do Acordeão e da Concertina. Um dia em cheio com tempo para conhecer também o Parque Verde e Núcleo Museológico da Graça. Por fim a chegada a Pedrogão Grande e ao seu magnífico Jardim da Devesa para o merecido jantar e descanso no Hotel da Montanha.

No domingo, após o merecido sono retemperador, o passeio iniciou-se junto ao edifício da Camara Municipal de Pedrogão Grande, rumo a Figueiró dos Vinhos onde os mototuristas tiveram oportunidade de visitar a Torre da Cadeia Comarcã, Casa-Museu José Malhoa ou a Igreja Matriz de S. João Batista. Após uma breve passagem por Campelo, com visita ao viveiro de trutas, foi tempo de chegar de volta a Castanheira de Pera para visita à Casa do Tempo e finalmente, o almoço na Feira da Gastronomia em Movimento.

Após o almoço foram premiados os participantes mais atentos do passeio, tendo Nuno Cunha, dos Conquistadores de Guimarães, subido ao pódio, secundado pelo Vítor Olivença do Moto Clube de Albufeira e no derradeiro lugar do pódio a ir para a Capital do Móvel pela mão do José Augusto Santos. Estes primeiros classificados levaram para casa prendas de cutelaria oferecidos pela ICEL e lembranças oferecidas pela TRY.

A equipa da organização do Moto Clube do Porto encabeçada pelo Germano Mateus está de parabéns pelo excelente passeio e simpático acolhimento que proporcionou a todos os participantes.

A próxima jornada do troféu terá lugar na zona da Chamusca pela mão dos também veteranos Motards do Ocidente, nos próximos dias 21 e 22 de Maio. A não perder!

José Garcia

Comissão de Mototurismo da FMP

Fotos Sérgio Correia (as poucas disponíveis)

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Fotos da Prazilândia (Castanheira de Pera) - https://l26mw4.s.cld.pt

Se tiverem fotos que queiram partilhar conosco, agradecemos.

La ReVuelta 2022

O tema do 26º moto rali do Moto Clube do Porto, encaixou perfeitamente no passeio turístico que é conhecido como a ReVolta motorraliana.

Aos onze que saíram de Castanheira de Pêra, juntaram-se mais alguns participantes em Castelo de Vide para a 3ª ReVolta. Realizado o Chekin no hotel, o grupo dirigiu-se para a Confraria, restaurante muito agradável escolhido para o jantar de boas vindas e também para o sorteio de alguns brindes e vouchers oferecidos pela TRY/Casa das Peles. O digestivo para a sossega teve lugar na já habitual visita ao bar JM do João Maroco, seguido de merecido descanso, que a ReVolta é exigente.

Nascia o dia da famosa revolução dos cravos e também do arranque para a ReVolta do Moto Clube do Porto. Seguindo entre árvores com fraldas, pela Portagem e parque natural de São Mamede, fizemos a nossa entrada em território de nuestros hermanos por Valencia de Alcântara, e as T-shirts personalizadas La ReVuelta, indicavam o que por lá andava a fazer um grupo de 14 ReVuelta(dos) em atividade moto turística.

O destino, esse era Toledo, mas antes de lá chegarem, os Revoltados tinham uns bons quilómetros de excelentes estradas para percorrer, paisagens generosas para apreciar, e belíssimas cidades e vilas para conhecer. Uma dessas cidades foi a de Trujilo.

Já lá haviam passado os Visigodos, Romanos, Árabes e Cristianos, não podia faltar a passagem dos ReVueltados, com a devida e merecida sorte passamos pelo centro e casco histórico desta relíquia histórica, sem nunca perder o rumo ao destino final. Subindo pelo parque nacional de Monfragüe, e descendo a Almaraz zona onde encontramos o TAJO, ou para nós o Tejo.

Gostamos tanto de o encontrar que nunca mais o perdemos de vista até Toledo. Perdemos sim, a conta a quantidade de vezes que fizemos a sua travessia, ora de norte para sul, ora de sul para norte.

Após um retemperador almuerzo seguiu-se El Puente de Arzobispo, uma vila pitoresca cuja ponte romana dá acesso á vila e serviu de panorama para a primeira foto de Grupo.

Las Barrancas de Burujón é uma paisagem espetacular de barrancos avermelhados, formados por barrancos e gargantas que as águas do rio Tejo e a erosão eólica formaram ao longo dos séculos. Um tesouro para os olhos, com uns quilómetros de comprimento, faz-nos pensar que estamos no Canyon do Colorado. Mas a tarefa mostrou-se difícil. Não que não soubéssemos que era ali, mas a pé eram cerca de 2 a 3 quilómetros e como é nosso lema, se o destino for alcançável de mota, nós vamos lá, mas o destino não foi alcançável de mota e a incursão por estrada de terra batida e alguma areia, mostrou-se impossível de fazer, ora havia um riacho, ora havia uma cancela, para ir pelos caminhos pedestres faltava-nos o tempo. Fica para uma próxima.

Finalmente, conhecida como “A cidade das três culturas”, á nossa frente em todo seu esplendor, Toledo. A visita a Toledo é de fato uma aula de história sobre a Espanha, um dia nunca vai chegar para conhecer esta maravilhosa cidade. Foi fundada em 192 a.c. pelos romanos, foi capital do Reino Visigótico e do Reino de Castella, e durante séculos era povoada pacificamente por cristãos, judeus e muçulmanos. Fato que a fez ficar conhecida como “A cidade das três culturas”.

A herança cultural daquele tempo permanece até hoje, sobretudo em sua arquitetura, que mescla influências góticas, árabes e judaicas, sendo seu principal atrativo. Foi eleita Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

O Hotel no centro do casco antigo proporcionava uma vista soberba sobre os telhados da cidade. Tal a Beleza que o grupo decidiu em unanimidade boicotar a saída programada do dia seguinte pela manhã, impondo conhecer um pouco melhor esta maravilha de Espanha. Atitude de ReVoltados na sua ReVuelta. Em uníssono soava “queremos Toledo”. Assim foi, pois, o povo é soberano.

Saímos de Toledo com o percurso totalmente de pernas para o ar em termos de horários e trajeto, mas revolta que é revolta vai até ao fim. Já que não íamos ter moinhos nem Cervantes fomos visitar a uns escassos 60 quilómetros de Toledo mais uma beleza real. Aranjuez, Cidade com um belíssimo desenho arquitetónico na totalidade do conjunto da vila, com jardins fantásticos e um palácio real lindíssimo.

O almoço acabou por ser ali mesmo pois este grupo queria era conhecer e revoltou-se contra as horas, mas sempre em unanimidade. Que seja, os revoltosos mandam e aciona-se o plano B, que no fundo era a tarde do plano A, e rumo a curvas, lagos e serras pelas paisagens do parque natural do Valle de Iruellas. Com as serras de Gredos no horizonte cobertas de neve.

A planeada primeira subida a 1760m teve que ficar para uma outra Revolta em que talvez consigamos cumprir horários, ou não! Mas subimos a 1575 metros de altitude, concretamente a Serranilhos, aldeia serrana onde nos esperava um simpático hotel e um excelente jantar, do qual temos a certeza ficará bem presente na memória dos revoltados.

Mas porquê tão cedo?

Era a pergunta que o grupo e também os funcionários do hotel colocavam, estes segundos habituados a servir o pequeno almoço das 9:30 hr. em diante, mas que com muita boa vontade e simpatia lá o estavam a preparar pelas 7:30. A previsão meteorológica dizia 60% de chuva prevista, mas, São Pedro é que manda, e foi um dia de sol magnifico que nos acompanhou. Fresquinho, pois a saída para a ultima etapa foi feita com 6ºc, mas a cada quilometro a alma ia aquecendo, com estradas fantásticas e paisagens deslumbrantes. A subida a Puerto Penha Negra, também conhecido pelas etapas da volta á Espanha em bicicleta, levou-nos a 1909 metros de altitude para colocarmos as montadas e os pés na neve. Lá do cimo esperava-nos além da neve uma vista sobre uma paisagem arrebatadora. A descida, essa foi em forma do famoso Stelvio, mas sem o movimento desse.

Quem sobe uma vez sobe duas ou três, mais umas aldeias serranas e mais uns lugares fantásticos na nossa passagem, como o Pueblo de Puente de Congosto com a sua ponte romana sobre o o rio Tormes. Fomos de seguida ao pequeno Puerto Tremedal, que para apreciar os seus cavalos selvagens e beleza natural foi feito a subir em curva contracurva até aos 1637 metros de altitude.

Adivinhava-se que por detrás das viseiras dos capacetes o semblante era de tristeza, ao descer o Vale de Jerte, com os seus campos de cerejeiras a perder de vista, rumo a Plasencia e Zarza La Mayor. Sim a direção fazia adivinhar que também os ReVueltados, não vivem só de férias e lazer. A entrada no nosso cantinho á beira mar plantado, foi desta vez por Monfortinho e com destino ao Javali em Penha Garcia, onde nos esperava um delicioso bacalhau e uns bifinhos de Javali. Feitas as despedidas, uns para norte outros para sul e ainda outros para oeste, seguiram todos para o seu destino e segundo as informações chegaram todos bem. A pergunta colocada pela organização aos participantes sobre o que mais e menos gostaram, recebemos estas respostas. Grupo 5 estrelas, trajeto fantástico, acabou muito rápido e para quando a próxima ReVuelta.

Para a 4ª ReVolta fica a promessa de mais dias, os Revoltosos são soberanos.

Um Bem-haja a todos os participantes

PS. Quem tiver fotos que nos queira facultar agradecemos

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Fotos seguintes by Jorge Andrade (Xuxulyne aka PanXuxa)

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Pelo Minho profundo

IMG 431520 de março, começo da Primavera, mas foi ainda no Inverno (a Primavera ainda não tinha chegado) que o Moto Clube do Porto levou a cabo o seu passeio invernal. O dia amanheceu encoberto embora com uma temperatura amena; os participantes foram-se juntando na sede do clube para “aquele” café. Ficámos a saber da brilhante vitória do Miguel Oliveira #88 na “piscina” de Mandalika.

À hora marcada a caravana fez-se à estrada deambulando pelas estradas rurais que se estendem ao longo (e entre) os rios Ave e Cávado, para terminar junto ao Lima em Ponte de Lima. Depois de cerca de 90 kms entre campos, mosteiros e casas senhoriais, os participantes tiveram tempo para passear e apreciar esta vila minhota, infelizmente a abarrotar de turistas.

Quando voltámos às motos foi tempo de percorrer a margem direita do rio Lima até Viana do Castelo onde, após atravessar a ponte partilhada com os comboios, nos dirigimos ao restaurante Tiro no Prato; tínhamos javali e rojões à nossa espera. A comida estava boa, a conversa ainda melhor e foi com alguma “dificuldade” que abandonámos a mesa para continuar o passeio. Esposende e Fão foram dois dos locais atravessados antes de subirmos ao Monte de S. Félix, onde fomos brindados com o aparecimento do sol que realçou toda a beleza das vistas daquele local. Com alguma “falta de vontade” retomámos a estrada, agora para regressarmos a casa. Sempre com a companhia do sol, agora já primaveril, e uma temperatura muito agradável, tivemos ainda tempo de passar pelos Mosteiros de Rates e de Stª Maria de Avioso antes da derradeira paragem, no Castêlo da Maia, para as últimas despedidas.

O próximo evento do Moto Clube do Porto, já em abril, será o Moto Rali, seguido da “Revolta”; em Maio teremos as Trails de Primavera e o Passeio de Primavera.

Contamos convosco!

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Em busca do Tri

Após as estrondosas vitórias de 2020 e 2021 no FIM Touring World Challenge, o Moto Clube do Porto deu início à luta pelo “Tri” com a participação na X Convención BMW Club Guatemala, tendo a representação do MCP estado a cargo dos sócios André “Ride_that_Monkey” Sousa (a meio da sua viagem de volta ao mundo), Tiago Mendes e Rui Castro, muito bem acompanhados pelo Diretor da FIM-CTL, Nuno Trêpa Leite.

Após uma viagem algo cansativa de 20 horas, com passagem em Madrid e San José da Costa Rica e, quando finalmente estávamos a retemperar forças na cama do hotel, recebemos as boas vindas da Guatemala na forma de um tremor de terra de grau 6,2 na escala de Richter; posso dizer-vos que no 11º andar a sensação é de estar no cimo de uma árvore em dia de vento!

Na manhã seguinte foi tempo de entregar as malas na Bavaria (que as transportaria para o hotel do evento) seguindo depois para a Honda onde fomos hiper bem recebidos pelo Xavier Beltranena que nos entregou uma Africa Twin DCT, uma X ADV e uma CB500X e ainda nos serviu de guia ao longo dos 200 km que nos separavam do IRTRA; e que 200 km 😊, se acham que o transito em Portugal é problemático e as estradas são más estão redondamente enganados! Deste lado do Atlântico tudo é para meninos (os 12 pontos de uma carta de condução durariam menos de 2 horas a um guatemalteco a conduzir em Portugal!); o traço contínuo na estrada serve meramente para indicar o meio da via, curvas com ou sem visibilidade são ótimos locais de ultrapassagem (bem como ambas as bermas da estrada, sim, AMBAS), piscas são enfeites (excepto os dos leds estilo discoteca e das mais variadas cores que povoam todos os espaços livres das viaturas – motos incluídas -), abundam os buracos (autênticas crateras) e os “túmulos” (nome dado às lombas existentes nas travessias das localidades) que, tendo em conta o seu mais que generoso tamanho, servirão mesmo de túmulo às suspensões e transmissões dos veículos dos condutores menos cuidadosos; para finalizar esta descrição não posso deixar de referir a velocidade dos veículos pesados (que varia entre o quase parado e os mais de 120 km/h), e a utilização da faixa da esquerda (nas estradas de 2 vias) como faixa “normal”, ficando a da direita para as ultrapassagens!

Após estes 200 km de curso acelerado de condução (que nos preparou para os dias que por lá iríamos estar), chegamos ao IRTRA, complexo de hotéis e parques temáticos que serviriam de sede do evento. Encontro com o André que nos esperava com a sua Monkey, check-in, descarregar as coisas nos quartos e toca a ir relaxar para uma das piscinas, antes da abertura do evento. A cerimónia de abertura teve lugar num relvado do complexo IRTRA, com desfile das bandeiras dos países participantes e, como não podia deixar de ser, discursos 😊

No primeiro dia a “sério”, o grupo do MCP escolheu o passeio de mais de 350 km, intitulado “Rota dos Vulcões”, que nos acompanharam ao longo do passeio (o que também não é difícil dado o enorme número de vulcões existentes na Guatemala); teve como ponto forte o almoço na Finca San Cayetano, boa comida e vistas soberbas! Nessa noite houve um “apagão” de mais de 3 horas, que condicionou o programa do evento.

No segundo dia o passeio foi de apenas 100 Km para irmos almoçar a uma cidade próxima, local muito agradável, boa comida, convívio muito agradável e, para variar, emoções fortes ao longo do trajeto. Para terminar o dia teve lugar o Jantar de Gala, muito agradável e bem servido onde, depois dos indispensáveis discursos, um representante de todos os países participantes recebeu um diploma de participação, tendo a noite terminado com fogo de artifício e música ao vivo.

O último dia do evento era livre, com a organização a oferecer entradas nos diversos parques temáticos que rodeiam o IRTRA, embora alguns de nós tivéssemos aproveitado para fazer um pouco mais de turismo em 2 rodas com uma visita ao lago Atitlan; valeu a pena, as paisagens eram magníficas, as estradas espetaculares e o lago muito bonito.

Finalmente chegamos ao dia da despedida, regresso à cidade da Guatemala, entregar motos e…., aeroporto para voltar para casa.

Como pontos altos temos de realçar;

- a  simpatia e amabilidade do Xavier que, além de nos ter arranjado as Honda que nos transportaram por terras guatemaltecas, nos serviu de guia até ao IRTRA e no último dia nos conduziu ao aeroporto;

- a parte social do evento;

- as paisagens;

- a conquista de 4 pontos para o MCP liderar o FIM Touring Challenge 2022.

O único ponto fraco a realçar foi…. termos de regressar a casa ☹.

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Pelo prazer de um sorriso genuíno

Solidariedade do Passeio de Natal no Carnaval já chegou ao Martin

Os sócios e amigos do Moto Clube do Porto e da Mototrofa estão de parabéns graças ao apoio que ajudaram a amealhar durante o Passeio de Natal no Carnaval, contributo para a recuperação do Martin, O Guerreiro. O menino que, aos 11 anos, se viu privado de uma vida normal, de ir à escola, de jogar futebol como tanto adorava, de andar de bicicleta ou de brincar com os amigos, luta agora por voltar a ter, simplesmente, a capacidade de ser autónomo no seu dia a dia. As gravíssimas limitações causadas por um acidente numa linha de caminho de ferro estão a ser combatidas, desde há mais de um ano, por uma família abnegada, que não desiste do seu caçula.
Um combate que, além do desgaste emocional e físico, entre múltiplas sessões de fisioterapia diárias e incontáveis tratamentos, em Portugal como no estrangeiro, é gerador de avultadas despesas. E já que não podemos ajudar no muito complexo dia a dia desta resiliente família, transmitimos todo o nosso apoio sob forma de contributo financeiro.
Assim, durante o Passeio de Natal juntamos 1384 euros, entre leilão de equipamentos oferecidos pela Mototrofa, pelo Moto Clube do Porto e pela NEXX bem como alguns importantes contributos individuais, valor que o MCP decidiu arredondar para os 1500 euros que foram depositados na conta do Martin Guterres Fonseca, O Guerreiro. E para onde todos podem contribuir diretamente através do IBAN PT50 0045 1422 4034 5658 433 41.
Um cheque entregue ao pai do petiz que, mais do que os agradecimentos, nos alegrou sobremaneira pela notícia de que o Martin já começa a reagir a estímulos externos, com sinais de reconhecimento e sorrisos. Sim, o Martin já sorri! Sinal que reforça a esperança de todos os que acreditam na recuperação d’O Guerreiro.

Sucesso absoluto no regresso à estrada

Solidariedade, surpresas e até algum sol no Passeio de Natal… no Carnaval

Foi de festa o dia do regresso aos eventos de estrada do Moto Clube do Porto, depois de dois anos de cancelamentos e adiamentos. E logo numa mescla perfeita entre solidário espírito natalício e a folia própria da quadra carnavalesca. O Passeio de Natal… no Carnaval saldou-se por um sucesso a todos os níveis e nem o S. Pedro faltou com a tradição, garantindo bom tempo durante toda a manhã, em muito contribuindo para o melhor aproveitamento dos 150 quilómetros entre a Mototrofa e a Branda da Aveleira.
Uma centena de motociclistas, indiferentes às ameaças de chuva, zarpou, mesmo à horinha marcada, das instalações do concessionário Honda e BMW na Trofa, rumando ao Gerês. Uns quilómetros por autoestrada, até Braga, ajudaram a acordar e a ganhar tempo para melhor desfrutar, tranquilamente, das paisagens que o Parque Nacional Peneda-Gerês oferece. Uma paleta única de cores, do verde mais escuro ao verde água passando pelos tons entre o castanho e o dourado oferecido pela folhagem das árvores, os cinzentos-claros dos líquenes ou os cinza-escuros do granito lavado pelas muitas cascatas que por ali escorrem. Uma paisagem única cuja riqueza e variedade contribuíram para a classificação pelo Conselho da Europa, como uma das Reservas Biogenéticas do Continente Europeu, e pela UNESCO como Reserva da Biosfera. Através da Mata da Albergaria foi possível desfrutar de uma calma única enquadrada pelo carvalhal secular, que inclui espécies características da flora geresiana como os Quercus robur e Quercus pyrenaica.
Um ecossistema de frágil equilíbrio que encheu os olhos e a alma, preparando para o aconchegar do estomago que estava preparado para a Portela do Homem. Ali mesmo, na fronteira com Espanha, onde o Gerês passa a designar-se de Xuréz. Momento de descontração aproveitado para trocar as primeiras impressões deste inovador Passeio de Natal, acompanhado de um café e de roscas de Melgaço junto a alguns dos marcos miliários que assinalam a passagem dos romanos por terras do Alto Minho.

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O MCP (novamente) na Guatemala

Primeiro objetivo alcançado para a reconquista do TWC… o Tricampeonato é possível…

Com a participação dos sócios Tiago Mendes, André “mini Monkey” Sousa e o nosso presidente Rui Castro no primeiro evento do ano pontuável e obrigatório para o FIM TOURING WORLD CHALLENGE, a Convention BMW Motorrad na Guatemala, o Moto Clube do Porto volta a se afirmar como um sério candidato à Vitória pela 3ª vez consecutiva, neste campeonato de Mototurismo para clubes da FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE MOTOCICLISMO.
 
Este foi um objetivo assumido em assembleia geral pelo MCP para 2022, e pelo qual neste momento os nossos sócios estão a lutar para o conseguirem para todos nós.
 
Esta participação não está isenta de curiosas peripécias e dificuldades, pois para além dos custos, de toda a complicada logística da participação noutro Continente, o evento em si oferece um leque alargado de dificuldades e riscos acrescidos.
Umas das curiosidades, é a participação do nosso sócio André Sousa que se junta a nós para dar o seu contributo, mesmo quando está a meio da sua volta ao mundo com uma Honda mini Monkey. 
Este verdadeiro aventureiro dos tempos modernos vem de percorrer até agora 30 países, quase 50.000kms em 2 anos e um montão de dificuldades ultrapassadas nesta pequena Honda de motor a 4T 125cc… verdadeiramente impressionante!…
 
Este evento sendo dos mais difíceis, por decorrer em estradas de montanha abertas ao público, onde o piso varia entre mau piso, tráfico intenso e condutores completamente loucos a conduzir… compensa o esforço pela oportunidade de conhecerem uma realidade muito diferente da nossa, e de passear de moto por paisagens de cortar a respiração.
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