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Se o destino for alcançável de moto
nós iremos lá!

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Rumando à Tunísia TN ...

IMG 5119O F.I.M. MOTOTOUR OF NATIONS, evento obrigatório para o TOURING WORLD CHALLENGE, levou 19 sócios do nosso Clube a atravessar um calmo Mediterrâneo até Tunis com destino a Zarzis e Djerba na Tunísia, para aí conhecer esta região do Norte de África.

Todos estávamos empolgados e entusiasmados para o início, pois o programa de 3 dias que os anfitriões da Federação Tunisina e Moto Clube de Sousse especialmente nos prepararam, seria seguramente uma aventura.

Os cheiros e as cores de África já nos invadiam e sentíamos a emoção de estar neste continente multifacetado, mas sempre emocionante.

Porque estando perto do Sahara as expectativas eram grandes, onde o exótico se mistura com o histórico, partimos animados para desfrutar do prazer de andar de moto por estas bandas.

Ksar El Ferech antiga vila Berebere agora recuperada, foi ponto de visita para tomar o tradicional chá de menta e provar a deliciosa iguaria, os cornos de gazela…

Esta tradicional doçaria confeccionada com amêndoa e mel, é realmente excepcional, a que se juntou o também fantástico pão da região, que molhado em mel com azeite locais… é simplesmente uma delícia… que pudemos saborear no interior de uma das casas onde se podia escapar de uns escaldantes 35º exteriores, foram momentos de grande convívio.

Rumando a sul, roçando a Líbia, ultrapassamos a monotonia das estradas de longas retas e subimos pelos contrafortes do maciço do Dahar, por uma fantástica estrada de curvas e vistas deslumbrantes sobre as vasta planície de Djeffara.

A paragem obrigatória era em Matmata, famosa aldeia Berbere fundado pela tribo do mesmo nome, onde um tal de nome Lucas rodou uma das sagas mais conhecidas duma suposta Guerra das Estrelas…

E com os vestígios deixados por lá, até diria que estaríamos perdidos algures em algum lugar de outro planeta…  sentindo a “Força” desse enredo, como que figurantes dum filme de ficção…

Em cada recanto algo inesperado nos espera… e o reencontro com memórias cinematográficas de um passado já longínquo, de soldados Imperiais e de heróis Jedais… inesquecível.

De volta visitamos ainda o museu militar que recorda batalhas aqui travadas no século passado, onde nestas areias do deserto o famoso África Corps perdeu a sua última batalha. O destaque vai para o carro do seu comandante mor, e uma muito simbólica Triumph que foi crucial para os vencedores.

O terminar foi aterrando numa praia paradisíaca para um banho de águas quentes, recuperando do calor do dia.

O programa final tinha a visita de um jardim de répteis, especialmente de crocodilos e suas variantes. Num espaço bem arranjado mais de 400 destes majestosos animais estavam em exposição, e foram a atração das nossas câmaras.

O fim já se avizinhava com a tradicional Parada das Nações, que com as 16 países presentes encheram de colorido as ruas de Djerba numa manifestação de união que os motociclistas sempre transmitem e que deveriam ser um exemplo para o termino das quezílias da atualidade.

O jantar de encerramento e entrega de prémios fecharam o evento, tendo a nossa participação arrecadado os prémios do condutor mais jovem, a condutora que veio de mais longe, assim como o 2º classificado como clube.

A tudo isto temos de juntar um resultado imprescindível para a conquista do tetra F.I.M. TOURING WORLD CHALLENGE.

Foi portanto um excelente resultado que não só dignificou o nosso clube e o país, assim como transmitiu uma imagem extremamente positiva dos motociclistas em geral.

Para o próximo ano o FIM MOTOTOUR OF NATIONS será mais perto, em Granada, Espanha, pelo que atendendo à qualidade deste evento e o seu excelente preço, deverá ser a oportunidade para muitos sócios poderem desfrutar deste evento que para nós é sempre uma festa garantida…

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Passeio de Outono seco

Afinal não choveu!!! Para terminar os Passeios das Estações do Ano tivemos no passado domingo, 22 de outubro, o Passeio de Outono.

Depois de um verão que se esticou até meados de outubro, a semana que antecedeu o Passeio de Outono apareceu chuvosa e bem mais fresca, o que fez com que alguns dos nossos sócios resolvessem não arriscar um passeio molhado e na sede só apareceram 9 sócios com vontade de ir passear. Erro tremendo! Embora às 9h da manhã, quando a mini caravana se fez à estrada, ainda fosse caindo “uma pinga aqui e outra acolá” os blusões de quem arriscou não vestir o fato de chuva chegaram secos a Amarante. Aí, e após largar a A4 e entrar na N15 começou verdadeiramente o passeio, estrada praticamente seca, curvas para todos os gostos e paisagens esplendidas foram o menu quase até ao Alto de Espinho, onde a nuvem “pousada” nos cumes do Marão nos envolveu durante cerca de 1Km.

Após a descida à Campeã foi altura de uma pequena paragem para tomar um café e esticar as pernas, seguindo depois pela encosta norte do Marão (atravessando a Vila de Fontes célebre pelas suas corridas de Xassos) até Santa Marta de Penaguião, apreciando as vistas deslumbrantes sobre as vinhas que envolvem a N2 contrastando com as fragas que sustentam a Srª da Serra. A partir daí, foi seguir a estrada mais badalada de Portugal, atravessando Vila Real para parar em Vilarinho da Samardã, no Restaurante Passos Perdidos, onde nos deliciamos com um ótimo almoço.

Após o repasto, e com o sol a começar a espreitar veladamente por entre as nuvens, começamos a subir o Alvão para depois o “bordejarmos” a meia encosta até à Campeã, mais uma vez a paisagem sobre Vila Real e as vinhas durienses foram soberbas. Chegados à Campeã entramos na N304, segundo a Ford uma das estradas mais espetaculares para se conduzir, seguindo em direção a Mondim de Basto; o sol cada vez mais presente, das curvas é melhor nem falar e as paisagens cada vez melhores, foram a sobremesa antes duma última paragem em Mondim de Basto para um derradeiro café e as despedidas, antes de rumarmos pelo caminho mais curto/rápido até casa.

Mantenham-se atentos ao programa do MCP pois até ao fim do ano ainda haverá mais alguns passeios. Não os percas!

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Na rota entre o gourmet e os mais genuínos paladares

Rota dos Sabores 2023Um marco de sabores

Um almoço do mais tradicional que se possa imaginar servido bem no meio de uma quinta que produz produtos hortofrutícolas do mais gourmet que existe ou acompanhar umas tradicionais cavacas com o vinho verde da região em plena vindima ao som de um rancho folclórico foram apenas algumas das surpresas da Rota dos Sabores Moto Clube do Porto/Mototrofa.

Um evento destinado a descobrir as menos conhecidas das relíquias gastronómicas que juntou meia centena de motociclistas num dia soalheiro, excelente para a prática da modalidade, numa viagem curta mas deveras intensa. Tanto do ponto de vista turístico como gastronómico.

Para começar, nada como um bom reforço do pequeno-almoço na Mototrofa, onde o café ou sumo podia ser acompanhado pela mais diversa pastelaria, incluindo, claro está, doçaria regional. Prelúdio para uma passeata rumo à freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, a mais setentrional do concelho marcoense, através das estradas menos concorridas, num belíssimo primeiro dia de outono.

Quilómetros através de paisagens durienses rumo à Quinta do Calvário onde a vindima ganhou uma coreografia especial para a chegada da heterogénea caravana com uma atuação única do Rancho Folclórico de Santo André, numa recriação etográfica de uma vindima tradicional. Trajes de outros tempos, enquadrando cantares cuja origem se perde no tempo mas que, mau grado o passar do tempo, nunca estão fora de tempo. Momentos culturais, explicados pelo presidente da Junta de Freguesia, Fernando Monteiro, geradores de diversão realmente ímpar, que colocaram os surpreendidos visitantes a trautear as melodias enquanto descobriam a forma como eram feitos os tradicionais chapéus de palha vilabonenses.

Aprender a vindimar foi a aposta de muitos enquanto outros optaram pela prova do produto final, sob a forma das várias opções de vinho verde Adolfo, branco, tinto ou rosé, fazendo uso de castas como Arinto, Azal, Avesso, Espadeiro, Trajadura ou Vinhão. Vinhos criados por Adolfo Campos, de enorme frescura, bem acompanhados pelas tradicionais cavacas do Marco, que mantendo a base da receita semelhante à de muitos outros locais do País, juntando ovos, farinha, bicarbonato e fermento, tem uma variação de sabor e textura que tornam únicos estes doces nascidos em Vila Boa de Quires.

Galinha preta de boa sorte

Momentos de prova, de descontração e de descoberta que abriram o apetite para o opíparo almoço, de cardápio que honrava as mais arreigadas tradições culinárias, servido num cenário bem condizente. Trocando as mesas e cadeiras por fardos de palha, criando um ambiente superdescontraído onde foi possível apreciar a excelência dos vinhos da região lado a lado com sumos naturais de sabugueiro (um sucesso absoluto!), framboesa e mirtilo. No muito aprazível espaço da Quinta do Fojo, as entradas a gosto de todos variaram entre a alheira de carnes de galinha, enchidos, pataniscas de bacalhau, bola de carne, azeitonas locais e pão caseiro.

Preparação para o excelso arroz de cabidela com galos da raça Preta Lusitânica que deliciou uma cada vez mais surpreendida caravana, incansável nos elogios a tão delicioso quanto farto repasto. Que haveria de ser encerrado com pudim de especiais ovos caseiros, e com as fatias do Freixo, variante local do pão de ló cuja história remonta ao século XVII e que tem nas gemas de ovo o principal ingrediente. E para rematar, nada como as primeiras castanhas assadas do ano, no preciso dia em que o outono chegava.

Com a barriguinha cheia nada como uma passeata para ajudar à digestão, com visita guiada à quinta onde José Carlos Mendes produz os mais exóticos mini legumes, pequenos frutos, aromáticas, micro verduras e flores comestíveis. Que têm como destino primordial as cozinhas dos mais requintados restaurantes nacionais, onde fazem as delícias dos grandes ‘chef’s’ como dos mais requintados palatos. Mas que podem brilhar na casa de qualquer cidadão capaz de aventurar-se na ‘haute cuisine’. Visita guiada repleta de surpresas e novos conhecimentos, onde não podia faltar a explicação sobre a aposta na criação da raça autóctone de galinhas preta Lusitânica. Que muitos ligam ao universo do sobrenatural, mas que, na verdade, servem essencialmente para uma boa cabidela e também não ficam nada mal quando assadas no forno.

Em tempo de despedida da H2Douro, momento ainda para o sorteio de inúmeros brindes oferecidos pela Mototrofa que reforçou – e de que maneira! – a boa disposição na grande maioria das equipas inscritas. Que lá tiveram de arranjar espaço adicional para levar os capacetes, blusões, luvas e outros brindes oferecidos pelo concessionário Honda na Trofa, antes do regresso a casa. E, num final de tarde espetacular, nada como aproveitar as curvas da N108, desfrutando da companhia do rio Tâmega e do Douro em direção ao Porto.

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Passeio de Verão....

...com tempo de primavera

O domingo 16 de julho amanheceu solarengo, embora fresco, prenunciando um ótimo dia para passear de moto.

A clarividência do Moto Clube do Porto já o tinha previsto, pelo que tinha escolhido esta data para o seu Passeio de Verão. Mais uma vez com “lotação esgotada”, e após o café oferecido na sede, a caravana partiu em direção a Braga, pela A3 para mais depressa chegarmos às “boas estradas”.

Real e a inconfundível Ponte de Prado (com os seus semáforos) foram os aperitivos para a N201, recheada de casas senhoriais até Ponte de Lima, onde fizemos uma pequena paragem técnica para esticar as pernas e reconfortar os estômagos. Continuamos pela N201 até Agualonga com as magníficas paisagens minhotas, estradas (quase) sem trânsito e curvas para arredondar pneu 😊. Aí virámos em direção a Covas, acompanhando o Rio Coura, antes de subir a Serra d’Arga até ao Mosteiro de S. João d’Arga, já conhecido de alguns (de anteriores passeios do MCP) e local ideal para a fotografia de grupo. Estávamos lá muito bem mas era tempo de voltar às motos e voltar às cumeadas de onde pudemos apreciar o Rio Minho, o Monte de Santa Tecla, La Guardia e Caminha, antes de descermos a Dem e a S. Lourenço da Montaria. A partir daí foi subir dos cerca de 350m de altitude até aos mais de 750m da Sra do Minho, local onde voltámos a parar para apreciar as vistas sobre o vale do Rio Lima e a sua foz, em Viana do Castelo.

Embora a descida tenha de ser feita pela mesma estrada as vistas são completamente diferentes; Vila Praia d’Âncora, Caminha, novamente o Rio Minho…. Chegados ao vale fomos até Vila Praia d’Âncora para nos dirigirmos a Carreço e ao Restaurante do Sérgio, onde tivemos a companhia de mais um sócio (acompanhado de familiares), o Vasco Rodrigues, “culpado” pela escolha deste restaurante. A mesa estava posta e o pessoal cheio de vontade de “atacar” as entradas - mexilhões, camarão, rissóis, bolinhos de bacalhau, pizza, pão recheado, enchidos…, parecia que já não precisávamos de mais nada mas haviam de ver o que aconteceu à feijoada, robalos, costelas e leitão que se seguiram… para terminar, uns crepes de gelado com chocolate quente e café.

Ninguém queria arredar pé mas era preciso continuar o passeio. Como diz o ditado - “barriga cheia, companhia desfeita”- e, mais uma vez, assim foi… devido ao adiantado da hora alguns dos participantes despediram-se e regressaram a casa. O resto do grupo voltou a embrenhar-se pelas estradinhas minhotas, outra vez com muito pouco trânsito, voltando à zona de Montaria, passando depois por Lanheses, Barroselas, Palme e Vila Chã, para chegarmos a Esposende onde estacionámos no Pé no Rio; aí ficámos a dar duas de letra até decidirmos regressar a casa em pequenos grupos. Agora é aproveitar o resto do Verão para passear de moto, em viagens maiores ou mais pequenas, e lá para setembro podermos contar todas essas aventuras.

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MotoTrofa e Moto Clube, do Porto até Setúbal

Alguns preferiram começar na quinta-feira. Outros na própria sexta, dia do encontro no Moto Clube de Setúbal, numa viagem livre de compromissos, quer de dia quer de horas. E, como era de prever, cada um chegou na sua hora, de modo atempado, sem pressas. Assim, enquanto se aguardava a chegada de todos, os que já estavam iam recolocando os líquidos perdido na viagem, com imperiais geladinhas, para fazer ao tempo estava quente na esplanada da sede do Moto Clube de Setúbal (MCS), bem representado pelo seu presidente Paulo Mascarenhas e o seu vice, Paulo Duarte.

Reunido o grupo, 11 pessoas em 7 motos, passámos no hotel para limpeza geral, mudança de roupa e rumámos ao Mercado da Conceição. Chegados ao Mercado, na companhia dos nossos cicerones, a expectativa era alguma pois nada se via que antevisse o que íamos encontrar.

Basta dizer que é uma espécie do portuense Mercado do Bom Sucesso em ponto pequeno, com uma parte periférica preenchida pelas barracas que vendiam as comidas e uma parte central, de esplanadas, com mesas corridas, onde a azáfama do levanta e senta era um bom sinal para quem ainda tinha alguma dúvida sobre o local escolhido.

Um espaço não muito grande, mas com muita gente, música ambiente, onde o propósito de jantar, com qualidade e em agradável confraternização era bem visível.

Embora cada um tivesse escolhido o que quis comer, a impressão final foi a mesma, tanto do ponto de vista gastronómico como de convívio. Umas horas bem passadas à volta da mesa.

O dia fechou com o regresso ao hotel situado num dos pontos mais altos da cidade, proporcionando uma vista soberba sobre a cidade e sobre o estuário do sado.

Do estuário do Sado ao Atlântico

As atividades de sábado começaram na sede do MCS, tendo como guia o seu presidente, Paulo Mascarenhas, levando um grupo de 10 motas e 15 pessoas pela serra da Arrábida. A passagem por algumas das pequenas e magnificas praias da zona não foi possível pelos cortes de estradas que existiam, nomeadamente pela praia da Figueirinha, que obrigavam a longos desvios.

Com uma paisagem magnifica sobre a entrada do estuário do Sado e sobre o Atlântico, rumámos ao cabo Espichel, com paragem no forte de Santa Maria do Outão onde se situa a velha 7ª bateria de costa. O estado de abandono em que se encontra, surpreendeu-nos!

Depois de alguns quilómetros nas antigas e típicas estradas chegámos ao cabo Espichel onde o mar atrai todos os visitantes. A vista a norte é magnifica com a costa da Caparica e mesmo Lisboa/Cascais visíveis a olho nu.

De admiração são as integrantes construções aí existentes pela sua grandeza, plantadas no fim do mundo!  A igreja de Nossa Senhora do Cabo, do séc. XIV, e monumento de interesse público em 1950, foi noutros tempos espaço de oração de reis e de muitos peregrinos, como se pode observar pelas enormes alas laterais, do séc. XVII/ XVIII, onde estes poderiam pernoitar.

Fora do espaço propriamente dito do Santuário de Nossa Senhora do Cabo, mas ainda dentro do conjunto, encontram-se a Casa da Água e o Aqueduto do Cabo Espichel, edificações muito importantes para o Santuário, pois levavam água potável até ele.

Um espaço que se visita sem que se veja qualquer apoio de informação sobre o mesmo!

Retomado o trajeto deste local inóspito, e sempre com uma paisagem deslumbrante, a sempre simpática Sesimbra acolheu-nos para um retemperador almoço, numa agradável esplanada junto à praia.

Na mira, estava agora o Portinho da Arrábida, com a visita ao Forte de Santa Maria da Arrábida e ao seu Museu Marítimo, onde tivemos a oportunidade de observar vários espécimes e saber os estudos que se desenvolvem na zona sobre a fauna marítima local, desde o tempo do rei D.Carlos.

Igualmente chamou a atenção a alguns participantes deste passeio do Moto Clube do Porto em conjunto com a MotoTrofa a fauna existente na areia da Praia do Portinho que estava ao alcance dos olhos, através dos binóculos de longo alcance existente no Forte.

Os golfinhos e o cofre do vinho

O dia de viagem acabou com uma interessante visita ao Museu da Baía, em Setúbal, onde fomos esclarecidos sobre golfinhos, orcas e baleias, em genérico, e em particular sobre a família de golfinhos Roaz corvineiro que habita o Parque da Reserva Natural do Estuário, onde foi bem visível a preocupação em perpetuar a vida destes animais por estas paragens.

Regressado a Setúbal, o jantar foi apreciado com todos os sentidos, mesmo se o olhar ia sendo requisitado pelo jogo da Seleção Nacional.

No final, o recolhimento ao hotel era a opção mais natural para alguns, embora outros ainda fossem espreitar o desfile das marchas que decorria na cidade, e tivessem dado um fantástico passeio a pé, por entre a população e animação própria das festividades de um “S. João” local bem animado.

Já no domingo, sempre com a liderança do Paulo Mascarenhas, partimos do MCS para Azeitão, para ver, não os budas do Berardo (agora pintados de azul!), mas as caves de José Maria da Fonseca. Mais uma visita interessante, onde conhecemos alguns pormenores familiares da empresa e alguns dados sobre o envelhecimento do vinho quando em viagens por mar. Igualmente nos foi mostrado o “cofre” dos vinhos José Maria da Fonseca (JMF) protegidos por uma porta que só se abre para alguns.

Regressados a Setúbal e depois de mais um agradável almoço, regressámos ao Porto, não sem antes prestarmos o nosso agradecimento ao MCS, pelo trabalho que tiveram em receber o MCP e e MotoTrofa, e pela franca convivência sentida.

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Vagueando pelo rio Ave

Este podia ter sido o nome do passeio que, no passado domingo 7 de maio, levou um grupo de sócios e amigos até à Cabreira e Serras de Fafe.

Mais uma vez a meteorologia esteve do nosso lado e foi com o sol a aparecer por entre as nuvens que, após o café oferecido na sede, nos fizemos à estrada. O aquecimento dos pneus começou com as curvas do Monte de S. Miguel o Anjo, antes de atravessarmos o que já foi uma enorme zona industrial virada para os têxteis, e de iniciarmos as muitas travessias do rio Ave. Santo Tirso, Delães, Vila das Aves, Ronfe, ……, foram ficando para trás e, quando finalmente chegamos às Caldas das Taipas, o trânsito foi diminuindo na razão inversa do prazer de condução. Póvoa do Lanhoso foi o local escolhido para uma pausa na condução, proporcionando um segundo momento de convívio entre os participantes. A caravana retomou caminho para percorrer uma das mais belas estradas do norte do país, a N205; as suas curvas encadeadas e a quase inexistência de retas são um verdadeiro deleite para um motociclista. Em Guilhofrei virámos para Vieira do Minho, contornando a Barragem do Ermal, antes de atravessar Cortegaça, passar nos Moinhos do Ave, cruzar Agra e voltarmos à N205, mas agora dando as costas a Cabeceiras de Basto. Como o apetite já se fazia sentir, apontámos a Várzea Cova e à Adega Monte Belo. Foi tempo de “provar” os rojões e, sobretudo, as costelinhas de javali (que boas estavam), antes de atacar a vitela assada à moda de Fafe (em forno de lenha) que estava simplesmente divinal! Ao contrário do que diz o ditado, “barriga cheia, companhia desfeita”, o grupo manteve-se unido e depois de passarmos no Confurco (já pintado de fresco para o Rali de Portugal na próxima semana) dirigimo-nos a Fafe para visitar o Museu do Rali; embora pequeno, tem uma boa coleção de máquinas que marcaram o mundial de ralis e o rali de Portugal e a visita guiada que nos foi oferecida foi muito interessante (sobretudo para quem não trata os ralis por tu).

Foi então tempo de despedidas, tendo parte do grupo regressado diretamente ao Porto pela auto estrada, enquanto outra parte continuou pelas nacionais até casa.

Estejam atentos ao site e às futuras passeatas que aí vêm! Contamos convosco!

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ReVoltados por terras Andaluzas

A ReVolta, para todos os 31 participantes mais dois desorganizadores iniciou-se com chuva impiedosa desde Barcelos, Porto, Guimarães, Paços de Ferreira, Chaves, Coimbra, Arouca, Lisboa e Alcobaça até Elvas.

Cidade fronteiriça na qual foram recebidos todos os participantes que puderam usufruir de um belíssimo hotel e de um jantar de boas vindas ao grupo, servido na Adega regional onde muito bem se jantou. Graças ao apoio dos amigos Hugo Macedo e Ana Martins de Barcelos, os participantes receberam uns belíssimos polos alusivas ao evento e alguns mais sortudos ganharam umas garrafitas de vinho.

Após uma noite bem dormida e um pequeno-almoço soberbo, surgiu para alguns a tarefa de tirarem o excesso de água das malas da moto, para logo de seguida a caravana rumar a Córdoba.

Para este 1º dia de ReVolta escolheu-se um trajeto mais rolante via Olivença, Zafra e Llerena. Entramos em belíssimas estradas municipais de muito bom asfalto na vila de Fuente Obejuna para uma paragem em Vilaviciosa de Córdoba, local pensado para um almoço mais rápido e no qual a caravana de 19 motos se deparou com uma vila a abarrotar de visitantes de um evento automobilístico tipo “rampa do Luso” ou algo parecido.

Mas, lá conseguimos petiscar mais ou menos rápido para fazer de seguida uma carretera com paisagens serranas e repleta de curvas e curvinhas, uma delícia de asfalto que nos levou por los Arenales até Córdoba.

No hotel Los Omeyas, bem no centro do casco histórico e de frente para a famosa Mesquita/Catedral, esperava-nos “Áfrika”.

Sim, esse o nome da simpática guia que nos mostrou em duas horas e meia a encantadora e histórica cidade de Córdoba, desde a Mesquita à Sinagoga, dos belíssimos pátios e ruas de vasos à famosa ponte romana com a sua Torre de Calahorra, a incansável Áfrika lá nos ia ensinando a história de muçulmanos, judeus e cristãos e até de Mohamed Ibn Aslam Al-Gafeki que por volta de 1150 foi um dos primeiros senão o primeiro a realizar uma cirurgia ocular para extrair uma catarata. Curiosidade esse Al-Gafeki tem uma estátua em sua honra em plena Judiaria de Córdoba.

Após se ter descoberto a cultura e história era hora de procurar algo reconfortante e os participantes mais ou menos juntos dispersaram pelas ruelas, procurando o merecido jantar, o que não faltava eram restaurantes e bares em uma noite amena em típica cidade Andaluz.

Para o segundo dia da ReVolta o roteiro dizia que o destino era Setenil de las Bodegas, mas antes de lá chegarmos haviam surpresas pelo caminho. Uma delas foi a imensidão dos olivais, acompanhando sempre até ao cumo das colinas. Por estradas secundárias e de bom piso, rumo a Zuheros, uma pequena vila cujo castelo se situa bem lá no alto. Vila muito bonita com paisagens lindíssimas a partir do seu largo principal e onde normalmente o acesso a veículos está interdito, mas a amabilidade do Señor Guardia Civil “Javier”, também ele motociclista, possibilitou não só a subida ao recinto como ainda a possibilidade de todas as 19 motas alinharem ali mesmo para uma fantástica foto de grupo.

Seguia-se mais uma vila pacata, Rute de seu nome, conhecida vila museu no meio do parque natural de Las Sierras Subbéticas, com o museu de Aniz, museu de chocolate, museu de Açúcar, museu do presunto, entre outros, mas nós queríamos mesmo era almoçar e seguir viagem até á próxima vila. Essa seria Iznájar com seu castelo bem no topo e rodeada de uma barragem imensa.

Após pequeno troço de autopista dissemos Hola a Antequera ao pararmos em um dos miradouros mais bonitos sobre a cidade, para seguirmos até ao parque natura “Torcal de Antequera” por estradas deliciosas com paisagens arrebatadoras e diferentes.

Histórias de pedras e mais pedrinhas, mas com muita beleza natural.

A organização sabia que o troço que seguia era o de condução mais exigente e mesmo em asfalto com meia dúzia de metros de terra batida pelo meio houve quem não resistisse e ficasse sem ar. Ora pois claro um furo, em 19 motos não é invulgar, mas insistir em despejar de meia em meia hora, bem isso já estava a deixar os mecânicos de serviço nervosos. Mas mesmo com as tripinhas ao léu chegou a bom porto. Subindo a Abdalajis e descendo pelo belíssimo passe de El Chorro, avistava-se fabulosa paisagem para o Caminhito del Rey. Rumando daí a Setenil de Las Bodegas, onde nos esperava o merecido jantar e descanso.

A incursão pela Calle del Sol, logo pela manhã, em Setenil de las Bodegas até que é proibida, mas o Alcaide foi simpático e lá tivemos mais um bónus nesta Revolta. Após respetivas fotos para memória futura fomos procurar Olvera, uma majestosa Vila com imponente castelo e catedral que visto de longe muito impressiona.

Queríamos mais, melhor e mais bonito por isso rumamos a Zahara de la Sierra para contemplar a sua espetacular localização.

Faltava qualquer coisa, a cereja no topo do bolo, sim temos a certeza que todos vibraram com a subida ao Puerto de las Palomas a 1357m de altitude na Sierra de Grazalema. Quem muito sobe, muito tem que descer, mais um passe e mais uma vila e uma paragem para refrescar pois até ao almoço já bem perto de Sevilha ainda faltavam uns quilómetros.

O destino era Fregenal de La Sierra, mas antes uma passagem pelas minas de Rio Tinto, não o do norte do nosso país mas sim o das minas da serra de Aracena, os participantes da Revolta ficaram a perceber a origem do nome do Rio Tinto.

Em Fregenal de La Sierra, um excelente hotel esperava pelos guerreiros desta ReVolta, mas não menos espetacular foi o jantar no restaurante do Señor Eduardo, que até estava “Cerrado” mas abriu de propósito para os ReVoltados. Com a ajuda de um garçon contratado na hora fez-nos sentir bem-vindos e sair encantados.  

Adivinhava-se e sentia-se a tristeza no ar de que o que é bom acaba depressa, 300 Km separavam-nos do almoço de despedida no Suimo / Tomar. Mas ainda havia algumas surpresas já bem perto de Portugal. Jerez de los Caballeros, Alconchel e Olivença eram os últimos locais por terras de nuestros Hermanos, nesta 4ª ReVolta.

Seguiu-se Elvas, Monforte e Alter do Chão, por Ponte de sor e Abrantes á Barragem de Castelo de Bode e Tomar chegávamos ao Café central do Suimo, onde temos a certeza que todos se questionaram se era mesmo ali que se almoçava.

Fechou-se ali mesmo esta ReVolta, com um excelente bacalhau bem regado, elaborado pela simpática dona Cristina.

Despedidas feitas e tendo conhecimento que todos chegaram bem ao destino final, restanos agradecer a todos a confiança que depositaram uma vez mais no MC Porto para esta edição da ReVolta.

Para o ano há mais uma ReVolta com certeza.

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Conhecer Ourém pegada a pegada

MC Porto foi anfitrião do Troféu de moto-ralis turísticos em Terras Oureanas

Moto Rali MC Porto 2023 Foto de Grupo InstitucionalPassando à porta de tudo o que é capelinha e freguesia do enorme concelho de Ourém, os 114 participantes – em 76 motos e representando 12 motoclubes de norte a sul – do já 27º Moto-rali Turístico do nosso Moto Clube do Porto, ficaram a conhecer bem este território do centro de Portugal continental no último fim de semana de abril de 2023 , no decorrer da 2ª jornada do 26º Troféu BMW/Dunlop desta modalidade tão turística da FMP.

E até nem fomos muito para longe desta vez. De 1992 até aos dias de hoje já organizamos moto-ralis turísticos de Melgaço ao Pulo do Lobo, no concelho de Mértola.

E porquê Ourém desta vez? É que para além de ser uma terra interessante, o nosso actual organizador deste tão trabalhosos mas gratificantes eventos é de Alcobaça. E, a acompanhar o rijo Germano Mateus, os seus mais directos colaboradores nesta organização são de Coimbra, Fátima e Ourém. E ainda da Galiza! Só mesmo o portuense Sérgio Correia é que destoava nesta autêntica selecção nacional, que até contava com estrangeiros “naturalizados”.

E Ourém é um concelho com várias particularidades. Por exemplo, tem duas cidades. Uma é a sede de concelho e a outra é a “Cidade da Paz”, Fátima! Abrange um Parque Natural, o da Serra de Aires e Candeeiros, e entre muitas outros motivos de interesse, expõe dos mais longos trilhos de pegadas de dinossauro do mundo, com 168 milhões de anos.

Este ambiente jurássico serviu de tema ao evento, em simultâneo muito modernizado por vários recordes: 14 senhoras a conduzir moto – espectáculo! – uma delas, que se saiba, a mais jovem de sempre a conduzir, e também o mais jovem de espírito a participar. Referimo-nos à sorridente Joana Anjos, de 16 anos e ao indestrutível Mário Silva, de 82 gloriosas primaveras!

Confessamos não ter arquivos que comprovem estes recordes, mas não há dúvidas de que foi com este ambiente excelente, heterogéneo e de muitas caras novas, que o evento começou na cidade que recebe milhões de peregrinos anualmente. Com uma hotelaria moderna mas de hábitos conventuais e clientela de muitas nacionalidades e portadora de expectativas completamente diferentes de um destino turístico, Fátima merece uma observação atenta. Há uma energia muito especial no ar, principalmente a dois passos de onde os motociclistas ficaram alojados, no Santuário da Cova da Iria.

E lá foi a comitiva, partindo de minuto a minuto no sábado, para logo se começarem a formar os grupetos espontâneos, varrendo todas as freguesias deste concelho de mais de 45.000 habitantes que, fora os citadinos, estão muito dispersos por lugares rurais.

E isso marcou este moto-rali turístico, desenhado pelo Germano, num labiríntico percurso que tentou mostrar tudo o que há para ver nestas terras Oureanas.

E começou da melhor forma, após o primeiro petisco em Fontaínhas da Serra, entre oliveiras de porte e idade impressionante: o clube levou-nos a conhecer a Gruta da Lomba Gorda, uma enorme fenda calcária, escondida entre uma das melhores vegetações que já apreciamos em Portugal. Por uma floresta densa de zambujeiros, azinheiras, carvalhos-cerquinhos, aroeiras, medronheiros, gilbardeiras, cistos, troviscos, folhados e muitas mais espécies que não sabemos identificar, os participantes subiram e desceram agarrados a cordas para atingir a frescura do canhão natural. Ora transpirando mais ou menos, ora praguejando menos ou mais. Mas valeu o esforço. Nem faltou um homem de Neandertal e um dinossauro a pregar partidas. Nem sabíamos que eram contemporâneos…

O Moto-rali começava bem e, deliciados, continuamos a seguir o road-book de 30 páginas para pouco mais de 140 km, quase todos no sábado, demasiado cinzento, por sinal.

Pouco depois, nova incursão em terra batida. Já agora, este passeio puxou pela preparação física. Tanto para motos como participantes. Muita estrada não pavimentada e muita caminhada. Mas compensou. Há coisas e locais que só assim podem ser contempladas. Como as vistas do Baloiço do Talegre, sobre a floresta riquíssima e cheia de endemismos destes maciços calcários.

De Alburitel fomos a Suimo petiscar umas tripinhas, aperitivo para o almoço na Praia Fluvial do Agroal, reconfortante espaço nas margens do Rio Nabão.

Felizmente o sol abriu mas não tivemos tempo para um mergulho neste local de preservação da Natureza. As perguntas, jogos e surpresas iam-se sucedendo a bom ritmo e a tarde deste sábado começou até de pés na água, num dos vários afluentes do rio que se desloca para Tomar.

Também os motociclistas se deslocaram entre papoilas para nova petisquice, a dos bons queijos artesanais Flor do Campo, no parque de merendas de Casal Bernardos.

Com mais umas brincadeiras, cafezadas oferecidas e visita aos aventureiros de Espite, chegamos a um momento que surpreendeu: um campo de FootGolf. Sim, para se jogar golfe ao pontapé na bola! E os relvados eram bonitos e pouco ou nada deviam aos demais, de bola mais pequena. As motos ficaram bem no meio dos green mas os motociclistas ficaram mal com a pouca aptidão para o chuto.

Outra curiosidade que ficou na retina foi o facto de Caxarias já ter tido “carreiras expresso” há 130 anos. Que na altura eram à base de diligências que conseguiam dar tanto gás que em apenas sete horas e meia se punham em Castanheira de Pera. Fantástico.

Hoje em dia, são menos de 50 minutinhos de moto para outros tantos quilómetros. Mas é bom termos consciência destas memórias.

E de memórias estava cheio o vinho que serviu de ponto final à etapa, servido na Adega de Ourém. Um espaço de entusiastas que estão a conseguir produzir vinho como se crê que seria feito há 800 anos (!) pelos monges. Nada fácil, e apenas possível após aturados estudos e investigações. Uma boa experiência. Obrigado.

E quando demos fé, estávamos em Fátima outra vez.

Com novo jantar e dormida na Cidade da Paz, a noite não primou pela algazarra.

Mas ao jantar ainda houve tempo para uma acção solidária com a pequenita Maria Camila na esperança de dar mais qualidade de vida a esta menina de 4 anos. Muitas felicidades, é o que todos desejam! Mais informações sobrer este tema aqui

E também para homenagear Paulo Mendes pela FMP, mototurista da nossa casa e que é totalista das 25 edições do Lés-a-Lés e que não pode estar presente no dia seguinte já que, com a sua esposa Neusa, arrancaram de madrugada – cada um na sua moto – para a Noruega, a caminho do Biker’s Night 2023, evento pontuável para o Campeonato do Mundo de Mototurismo da FIM que decorrerá na Lituânia. E como queremos ser tetra-campeões mundiais alguém tem de trabalhar…

Bem retemperados pela falta de animação noturna – Fátima é uma terra de introspecção - os mototuristas acordaram arrebitados para os 31 quilómetros de domingo, começados entre bermas de estradas refletidas de peregrinos e os moinhos da Fazarga onde até D. Quixote e sua Dulcineia vieram em meditação de Castilha La Mancha. Armamo-nos em Sancho Pança e mostramos os nossos dotes de usar uma lança entre as pernas. Já no dia anterior tínhamos molhado o pincel num jogo. Já não há respeito pelos lugares santos…

Chegamos finalmente à Pedreira do Galinha, a tal onde pararam os trabalhos em 1994 quando três arqueólogos repararam que uns saurópodes de 70 toneladas tinham andado por ali a rabiar. Bom, não foi bem na Pedreira do Galinha onde eles passaram à cata de uma verduras para dar ao dente. Foi em lamaçais de um continente diferente do que é hoje a Europa, bem mais a sul no planeta Terra. É que em 168 milhões de anos, a deriva dos continentes modifica bastante a fisionomia do nosso mundo. E lá caminharam de novo os motociclistas a apreciar e a aprender, a tentar imaginar estas bizarmas à nossa beira.

Como a cultura dá fome e sede, pouco adiante estávamos debaixo da terra, numa fresca adega escavada no solo, a dar ao dente.

Já poucas igrejas e capelas restavam na rota. Por isso finalmente subiu-se ao castelo de Ourém, bastante requalificado e sempre impressionante pela sua singularidade. A luz do sol ajudou à fotogenia e, de motos definitivamente estacionadas, a comitiva beijou os pés e mãos ao casal real, bebeu umas ginjas, tirou a foto de grupo e desceu para forte almoçarada. Nestes eventos enriquecemos a mente e a barriga. Saímos mais gordos e felizes!

E neste caso honrados com a presença de Luís Albuquerque, Presidente da Câmara de Ourém, que encarnou a hospitalidade de um concelho para com as duas rodas. Após o Moto-Rali Turístico do MP Porto, Ourém receberá o 25º Portugal de Lés-a-Lés a 9 de junho e a Volta a Portugal em Bicicleta em Agosto! Muito Bem! Um muito obrigado, não só à entidade máxima do município como a todos os Presidentes das Juntas de Freguesia do concelho, pelo excelente apoio, quer a abrir portas, quer a oferecer uns petiscos, quer pela simples ajuda de sugerir e enriquecer o percurso.

Após as simpáticas palavras de Luís Albuquerque ditaram-se as classificações que premiaram os independentes e divertidos Luís e Valentina Ferreira. Paula e Paulo Moita, do Góis MC, asseguraram a liderança do Troféu ao ficarem em segundo lugar. E a Anabela Pimentel, do MC Porto, surpreendeu ao completar o “pódio”.

O nosso destaque para os alegres participantes do MC Albufeira. 17 elementos em 11 motos, e tão certinhos que o “pior” de todos ficou em 24º lugar desta classificação que apenas serve para incentivar ao conhecimento de cada região. E ficamos a conhecer bastante bem Ourém. Melhor que muitos habitantes locais.

Muito obrigado a todos os voluntários do Moto Clube do Porto que deitaram a mão ao incansável Germano: à Xana e ao Xuxu (que andou de saias à noite!), ao Afonso e Sónia, ao Hélder e Iliana, à Cláudia, ao Sérgio e muchas gracias aos galegos Miriam e Carlos Solla!

E como anteriormente divulgado aos sócios do MC Porto, o sócio que melhor classificado ficasse neste nosso Moto Rali, teria a inscrição oferecida num outro Moto Rali à sua escolha. Assim sendo, o Moto Clube do Porto já terá pelo menos uma representante no próximo Moto-Rali, pois a Anabela Pimentel vai usufruir desta oferta, já no Moto rali dos Motards do Ocidente.

O 26º Troféu Nacional de Moto-Ralis Turísticos BMW/Dunlop da FMP-2023 desce de seguida ao Alto Alentejo, a Mora, sob a organização do MC Motards do Ocidente que, a 13 e 14 de maio, receberão esta festiva forma de valorizar Portugal. Informações em Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou 912325859.

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Depois desta seleção de imagens, apresentamos os elementos mais técnicos do Moto Rali, para quem tenha interesse em tal...

Road-Book - 1ª Etapa - 1º Setor

Road-Book - 1ª Etapa - 2º Setor

Road-Book - 2ª Etapa - 1º Setor

Livro de Apoio sobre Ourém

Perguntas Surpresa

Questionário 1ª Etapa

Questionário 2ª Etapa

Classificação Geral 27º Moto Rali MC Porto 2023 (xls)

E por fim um agradecimento ao Ernesto Brochado, pela reportagem e centenas de fotos.

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Novo Ano, Novas Viagens…!

MCP defende o titulo no TWC, e lança candidato na categoria Individual!

Começam as actividades de moto turismo, e os calendários começam a ser ajustados.

O Moto Clube do Porto, actual campeão do “Touring World Challenge” vai á luta defender o titulo.

Nesta semana começam os eventos Internacionais, com presença no México, mas neste caso o MCP será representado a nível individual e não como clube! Como clube tinha de ter 3 participantes para pontuar…

Temos portanto uma novidade: vamos ter um candidato a campeão individual, do MCP.

Em breve o teu clube vai convocar a habitual reunião de sócios interessados nas andanças internacionais, por forma a formar as equipas que se irão apresentar e representar o clube nos eventos necessários.

Temos de nos apresentar em 8 eventos do calendário internacional da FIM Touring, com um mínimo de 3 motos em cada um desses eventos, para tentar pontuar o necessário para sermos classificados. Para ganhar é outra coisa… Precisamos de mais gente a participar!

Para isso contamos contigo. Envia email para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. e diz-nos quais são os teus interesses e disponibilidades!

Juntos somos mais e melhores!

Vamos rolar!

Passeio de Inverno 2023

Domingo 26 de fevereiro, 07:00h, toca o despertador! É hoje, Passeio de Inverno, primeiro passeio da época 2023 do Moto Clube do Porto (sim, o passeio de Natal depois dos Reis ainda era da época passada, não conta 😊). Salto da cama, vou à janela e suspiro de alívio, ESTÁ CÉU AZUL E SOL!

Ainda não eram 8:30h e já estavam alguns sócios à espera na sede do MCP; café, dois dedos de conversa, briefing e às 9:00h em ponto a caravana estava a arrancar rumo às amendoeiras em flor. 60 kms de A4, algum nevoeiro, e um calorzinho nórdico, junto ao Tâmega, mas que maravilha a paisagem das serranias com sol quando passamos o Alto do Carneiro, e começamos a descer para Mesão Frio; seguiu-se a Régua e as margens do Douro antes de chegarmos ao Pinhão onde aproveitamos para fazer uma pausa retemperadora (café, vistas, …). Subimos em direção a S. João da Pesqueira, começando também a paisagem a mudar dos vinhedos durienses para as encostas repletas de amendoeiras em flor; Vila Nova de Foz Côa (em dia de TV) ficou para trás, descemos ao Pocinho onde tivemos direito “à cereja no topo do bolo”, a estrada que começa por acompanhar as margens do Douro em direção a leste e depois sobe para Perêdo dos Castelhanos, Urros e Maçores – onde pudemos apreciar o Trás-os-Montes de antigamente (desde a agricultura às aldeias – antes de chegarmos a Torre de Moncorvo para um merecido almoço. As entradas, seguidas de vitela grelhada com migas de tomate e batata a murro, sem esquecer as sobremesas, foram motivo para 2 horas de convívio à mesa (sobretudo quando a boca não estava cheia 😊), sendo a custo que saímos do Restaurante O Lagar para continuar o passeio. Fomos, então, até ao Miradouro da Póvoa, sobre os Lagos do Sabor, seguindo depois para outro Miradouro, o de S. Gregório – este sobre o Vale da Vilariça – que se estende desde o meandro do Rio Douro (que dá lugar ao vinho do mesmo nome e onde também se colhem as uvas que dão origem ao Barca Velha) até à Serra de Bornes; são mais de 20km de terras férteis com um microclima tipicamente mediterrânico. A tarde já ía adiantada e o sol já começava a baixar no horizonte, pelo que aproveitamos esta paragem para as despedidas, fazendo o regresso pelo IC5 e A4 em pequenos grupos de acordo com os andamentos das nossas montadas.

Não se esqueçam que em Março além das Trails de Inverno teremos também o Passeio Surpresa e outras atividades na sede!

Contamos convosco!

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Uma festa na terra do Galo

Passeio de Natal MCP/Mototrofa: um belíssimo presente depois dos Reis

O prometido é devido e no Moto Clube do Porto as promessas são para cumprir. Por isso o Passeio de Natal MCP/Mototrofa concretizou o sucesso anunciado, oferecendo um dia ímpar de mototurismo a uma centena de participantes. Um dia que começou bem fresquinho, com o mercúrio dos termómetros a subir pouco acima da temperatura de congelamento da água aquando da ligação até ao stand da Honda na Trofa, ponto de partida da jornada. Alguns, vindos de mais longe, fosse de Viseu ou da Galiza, viram mesmo os computadores das motos avisar de valores negativos durante o final da noite.

Desafios habituais para quem adora andar de moto independentemente do clima e que logo foram esquecidos, com o sol acolhedor que esperava os corajosos madrugadores na chegada à Mototrofa. Tempo para dois dedos de conversa e para um retemperador café acompanhado de muita doçaria e não só, enquanto se procedia ao check-in. E como uma caravana desta dimensão exige alguns cuidados, espaço a um rápido briefing para levantar um pouco o véu do que aí vinha.

Viagem ao ‘ninho’ do galo mais famoso

Programa que começava com uma tirada até Galegos (Santa Maria), uma das 61 freguesias do concelho de Barcelos, berço do mais famoso galo de Portugal e que era, afinal, o principal motivo da escolha do destino. Primeira paragem no local que haveria de ser verdadeiro quartel-general do evento, a sede do Grupo Folclórico Juvenil de Galegos Santa Maria, para divisão em grupos mais pequenos para duas visitas verdadeiramente únicas.

Por um lado, a oportunidade de conhecer o local onde nasceu o Galo de Barcelos visitando a oficina onde os irmãos Baraça, Moisés e Vítor, mantêm bem viva a tradição familiar do figurado, iniciada pela avó, Ana Baraça, a quem a História reconhece como ‘mãe’ da popular figura cerâmica. Oportunidade para descobrir como são criadas belíssimas e coloridas peças de artesanato a partir de pedaços de incaracterístico barro cinzento através da magia de mãos experientes. Além de uma breve, mas esclarecedora introdução de enquadramento histórico, houve a possibilidade de, literalmente, ‘meter a mão na massa’. Trabalhos manuais em jeito de ‘workshop’ que ajudaram a perceber a dificuldade técnica para criar um simples galinho de Barcelos. Ainda que, graças a uma boa dose de paciência e insistência, tenham surgido alguns resultados apreciáveis. Pelo menos na categoria das peças inovadoras, num registo futurista ou mesmo surrealista.

Enquanto isso, outro grupo descobria a arte da madeira com Fernando Soares, artesão que ao longo de cinco décadas encantou gerações com os seus brinquedos, singelos mas realmente inesquecíveis. Com uma vitalidade e entusiasmo que fazem esquecer as oito décadas de vida, explicou como nascem piões e galos peregrinos, carrinhos, aviões ou galos acrobatas. E confirmou excelentes reflexos ao mostrar como funcionam alguns dos jogos/desafios que ele próprio cria desde há muitos anos.

O melhor da gastronomia minhota recheada com folclore

Momentos únicos de descoberta que fizerem ‘voar’ a manhã, entremeada com um chá ou café e uma prova da melhor doçaria caseira das ‘chefs’ minhotas. As mesmas mãos, delicadas mas vigorosas, que trataram dos saborosos rojões à minhota, pois claro, ‘anunciados’ por umas papas de sarabulho de comer e ‘chorar por mais’. Claro que quem ‘chorou’ teve direito a repetir a iguaria, conseguindo, ainda assim, guardar estômago para as sobremesas… natalícias.

Isto porque mesmo sendo realizado depois dos Reis este foi o Passeio de Natal e, por isso, não poderiam faltar as rabanadas, aletria e o bolo-rei. Acompanhados musicalmente pela alegre atuação da ala veterana do Grupo Folclórico Juvenil de Galegos Santa Maria e pelo sorteio dos brindes oferecidos pela Mototrofa, atribuindo a alguns sortudos blusões, mochilas ou práticos cantis para bebidas.

Diz o ditado popular que ‘merenda comida, companhia desfeita’ mas a verdade é que o Passeio de Natal que anualmente junta sócios do Moto Clube do Porto e clientes da Motrofa estava longe de terminado. Ainda antes do regresso à estrada, a ‘obrigatória’ foto de grupo junto ao galo que marca o centro da freguesia, incitando a uma pequena caminhada para ajudar na digestão.

Ver o mar do alto do monte

Tal como a subida ao Monte do Facho, através de estradas bem recurvas e que ofereceram belas imagens de todos os participantes que podem ser vistas aqui. Ali, bem no alto, tempo para apreciar o memorial a D. Nuno Álvares Pereira e a capela da Senhora do Facho, além de aproveitar um dos mais privilegiados miradouros do Minho para poder avistar o mar. Sentados num grande banco construído pelos amigos barcelenses do Moto Galos, num monte entre os vales do Cávado e do Neiva, todos tiveram a possibilidade de mirar, sem obstáculos, o Atlântico ao largo de Esposende, em local de encantos únicos. Que pede novo regresso, com mais tempo, para explorar, a pé ou de bicicleta, os vários trilhos incluindo o PR3 BCL. Pequena Rota, com cerca de 11 quilómetros entre vegetação autóctone e com vários motivos de interesse, desde o início na capela de S. Lourenço, em Alheira, até ao balneário castrejo da Pena Grande, erigido na Idade do Ferro e Monumento Nacional desde 1986.

Vinhas de inovação e espumante no fim da festa

Mas o tempo era de seguir até à Quinta de Agrelo para descobrir uma aposta vitivinícola que se destaca… pela diferença. Na região dos vinhos verdes, o Vinha dos 9 junta as tradicionais uvas Alvarinho a castas inusitadas como Chardonnay ou Gewurztraminer, para criar um branco diferente, de paladar ousado. E que reparte atenções e o espaço no escaparate com os espumantes Branco Bruto (Chardonnay e Alvarinho), Rosé Meio-seco e Rosé Bruto (Shyrah, Pinot Noir e Touriga Nacional).

Tirando máximo partido de uma conjugação de condições únicas, quer da proximidade do mar quer da orografia local, a vinha de 4 hectares na Quinta de Agrelo, na posse da família Rosas há mais de 300 anos, beneficia ainda do facto de estar situada no vale do rio Neiva, sub-região Cávado.

Explicações dadas pelo enólogo António Rosas perante os curiosos participantes que, depois de perceberem a aposta nas excelentes uvas e todo o cuidado do momento da vindima ao processo de vinificação, puderam mesmo experimentar as diversas propostas da Vinha dos 9, sejam os espumantes com Indicação Geográfica Minho seja o branco com classificação Regional Minho. Cujo nome encerra uma explicação curiosa, tendo surgido em 2009 e que resulta dos 9 primos (Gustavo, Catarina, Laura, Manuel, Francisca, Elói, Ana, António e Constança), netos dos proprietários Paula e Elói da Silva Rosas, que, por ordem decrescente de idades, dão nome à colheita de cada ano.

Final em grande estilo de um Passeio de Natal… depois dos Reis, que, aproveitando um dia mais longo e soalheiro, foi palco do primeiro evento estradista do Moto Clube do Porto, em 2023. Um arranque com ‘casa cheia’ antecipando grandes momentos de convívio e diversão ao longo de todo o ano.

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