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Rusga de sucesso

E se dúvidas existiam quanto ao respeito a ter ao Moto Clube do Porto, ficaram desfeitas no passado dia 28 de janeiro quando até os deuses, em pleno inverno, nos brindaram com um dia perfeito para a prática de mototurismo. De forma a aproveitar esta dádiva, foi pelas 9 horas em ponto que os merendeiros do MCP arrancaram da sede para a primeira rusga do ano após um café matinal e o briefing onde foi revelado o trajeto de um dia onde não houve pneu que ficasse quadrado.

Com uma caravana bem composta, foi pela A3 que se fez uma curta ligação a Braga, onde demos entrada na N103 que seria a montanha-russa onde passaríamos o resto da manhã. Trajeto simples, mas nem por isso menos entusiasmante ou exigente. Que o digam os 27 merendeiros montados em 23 motas que se mantiveram sempre juntos até à primeira paragem em Salamonde, local escolhido para esticar as pernas, tomar qualquer coisa e conhecer as caras novas.

Com o descanso feito e a estrada mais desimpedida continuamos a infindável sequência de curva e contracurva sempre ladeados por paisagens de cortar a respiração. Por volta das 12h, o ronco da caravana desassossegou a aldeia de Sapiãos, cujo parque de merendas viria a abrigar o almoço do grupo. E que almoço… Os participantes aderiram em massa ao convite feito pela organização enchendo as mesas dos mais variados petiscos. Até o sol espreitou nesta hora de degustação depois de ter andado mais escondido durante a manhã.

Depois da habitual fotografia, era tempo para o prometido sorteio que garantiu prémios para todos os participantes, desde t-shirts que são autênticas peças de museu ao mais atual merchandising do clube. Foram bons momentos de convívio e diversão.

Ponto final oficial na primeira Rusga dos Merendeiros que na verdade não queria terminar, já que a caravana aderiu praticamente na totalidade ao convite da organização para fazer o regresso através da estrada que liga Boticas a Cabeceiras de Basto, a R311. E se a manhã já tinha sido animada a tarde excedeu qualquer expectativa: estrada praticamente desimpedida por mais de 50km, com um piso digno de um circuito e um traçado de fazer inveja às melhores estradas alpinas. Um misto de sensações entre a adrenalina transmitida pelo ritmo mais exigente e a paz de uma paisagem arrebatadora. Difícil arranjar melhor final para um passeio que se queria para andar de mota e assim foi! Fica, desde já, o convite para a próxima Rusga dos Merendeiros marcada para 26 de maio.

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Passeio de Reis abençoado pela chuva

Moto Clube do Porto e Mototrofa juntos na aventura da descoberta das tradições e da História

Sendo verdade que nem a chuva pode travar um motociclista, não menos verdade é que nem a água vinda do céu conseguiu desmotivar os sócios do Moto Clube do Porto e os amigos da Mototrofa para o Passeio de Reis. E o dia até começou bonito…

As previsões eram excelentes. Não as climatéricas, que essas já antevíamos acinzentadas. Mas sim aquelas que rodeavam o Passeio de Reis Moto Clube do Porto/Mototrofa. E essas foram integralmente cumpridas! O tempo esteve invernoso, piorando ao longo do dia, mas sem nunca desmotivar as dezenas de participantes que bem cedo saíram da Trofa, ainda sem chuva e com uma temperatura agradável. Para uma horinha com bastantes curvas passando pelo Aeródromo da Maia e pela Agrela, até Lordelo e à primeira descoberta do dia.

Início com curvas e uma caixa de aventuras

Inaugurado em final de novembro, The Adventure Box é um espaço ímpar no panorama motociclístico no Norte de Portugal, fruto da parceria entre a Longitude 009, representante da Touratech em Portugal e a empresa Here We Go, de Nuno Almeida, especializada no transporte nacional e internacional de motos. Um espaço onde, além dos equipamentos e acessórios de marcas conceituadas como a Touratech, NEXX, Sidi, Garmin, Scott, Sena, Ram-Out ou Oakley, a caravana foi recebida pela simpática Sónia Almeida com café e cuscus, o doce tradicional de Lordelo criado e produzido pela pastelaria Lordoce.

Duas novidades num momento de agradável conversa e onde não faltaram opiniões e palpites sobre os muitos acessórios para todas as motos, antes de voltar à estrada rumo a Valongo. Perceber a importância da indústria da panificação na história valonguense era a meta e, para começar, nada como descobrir um ponto marcante nessa história. A ponte do Rio Ferreira, construída no século XIV foi ligação vital entre o Porto e Amarante desde a Idade Média, tendo uma casa de portagem onde eram cobrados os impostos sobre vinho, azeite e carne vendidos na freguesia. Mais tarde, no final do Séc. XVIII, passariam a ser cobradas as taxas pela passagem do pão e trigo, impostos destinados às obras da Igreja Matriz de Valongo e à construção da estrada até ao Porto.

Mas a importância da Ponte de Ferreira, estrutura em granito, formada por três arcos separados por dois quebra-mares e com tabuleiro plano, estende-se a um momento marcante da História de Portugal, sendo palco do confronto entre Miguelistas e Liberais, em 1832. Momento importante no cerco do Porto, a Batalha da Ponte de Ferreira impediu o exército Liberal de atravessar o rio, com triunfo das forças Miguelistas.

Biscoitos de importância sócio económica

Aula de história que abriu o apetite para as doçarias da tradicional fábrica de biscoitos Paupério & Companhia, casa criada em 1874 por António de Sousa Malta Paupério e Joaquim Carlos Figueira. Tempo para provar vários biscoitos tradicionais que utilizam as mesmas receitas desde a sua criação, e produzidos de forma bastante artesanal. Tendo mesmo alguns equipamentos que são autênticas peças de museu, mas que nunca foram obstáculo para produtos de elevada qualidade.

Em ano de comemoração do 150.º aniversário, a visita à Paupério ajudou a perceber melhor a importância fulcral da indústria da panificação no tecido sócio económico do concelho de Valongo.

Matéria aprofundada na Oficina da Regueifa e do Biscoito, espaço dedicado à preservação e promoção do importante património cultural que representa esta atividade secular. E que muito surpreendeu os motociclistas num edifício cuja função vai muito além de ‘simples’ espaço museológico e onde não faltam filmes em 3 dimensões e projeções holográficas.

Almoço na aldeia com sabores tradicionais

Agradável surpresa que fez aumentar as expetativas para o almoço marcado na bucólica aldeia preservada de Quintandona. Lugar na freguesia de Lagares, Penafiel, a menos de 30 minutos do Porto, que se destaca belíssimas casas de xisto, lousa e granito ao longo das estreitas ruas, e que foram devidamente recuperadas graças à tenacidade de alguns habitantes e da CasaXiné. Associação que preparou um repasto tão tradicional como a arquitetura cuidadosamente preservada, começando por uma caseira broa de milho e umas deliciosas pataniscas de bacalhau, acabadinhas de fazer, preparação para o poderoso caldo de Quintandona que deixou todos extremamente satisfeitos e com o estômago e alma bem aquecidos.

Mas não foi só! Seguiu-se um misto de carnes assadas em forno a lenha acompanhado por batatas e arroz que a todos deliciou e que foi rematado com umas rabanadas de comer e chorar por mais. Um café da pura, feito num tradicional pote de barro preto, rematou uma refeição que reforçou os sorrisos e permitiu aguentar a chuva, cada vez mais forte, que haveria de acompanhar a caravana por algumas das mais belas estradinhas da Rota do Românico.

Final de passeio bordado a ouro

Mas, num evento que se quer de descoberta, não poderiam faltar os encontros com a História e, depois da Ponte de Ferreira, o Passeio de Reis MCP/Mototrofa visitou ainda a Casa Branca de Gramido. Local onde, em 29 de junho de 1847, foi assinado o tratado que pôs fim à guerra civil entre cartistas e setembristas que durava desde 1846, e atualmente transformado em versátil espaço cultural multifacetado. Onde, além de exposições temporárias e outras atividades sazonais, está instalado o Museu Municipal da Filigrana de Gondomar.

Local de eleição para descobrir a história da indústria aurífera, desenvolvida no Concelho desde o tempo dos Romanos, e apreciar um vasto espólio de peças de ouro e prata, mas também materiais diversos que mostram a evolução técnica da ourivesaria ao longo dos anos. Descobrir como são feitos famosos corações em filigrana, popularizados em todo o Mundo graças à ação de Sharon Stone, ver as réplicas do Santuário de Fátima ou o vestido em Filigrana foram apenas alguns dos motivos de interesse descobertos neste bem localizado solar do Séc. XVIII. Muito perto do Porto e excelente ponto final para um passeio a que nem a chuva retirou o brilho, permitindo uma rápida viagem de regresso a casa.

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