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Se o destino for alcançável de moto
nós iremos lá!

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Vagueando pelo rio Ave

Este podia ter sido o nome do passeio que, no passado domingo 7 de maio, levou um grupo de sócios e amigos até à Cabreira e Serras de Fafe.

Mais uma vez a meteorologia esteve do nosso lado e foi com o sol a aparecer por entre as nuvens que, após o café oferecido na sede, nos fizemos à estrada. O aquecimento dos pneus começou com as curvas do Monte de S. Miguel o Anjo, antes de atravessarmos o que já foi uma enorme zona industrial virada para os têxteis, e de iniciarmos as muitas travessias do rio Ave. Santo Tirso, Delães, Vila das Aves, Ronfe, ……, foram ficando para trás e, quando finalmente chegamos às Caldas das Taipas, o trânsito foi diminuindo na razão inversa do prazer de condução. Póvoa do Lanhoso foi o local escolhido para uma pausa na condução, proporcionando um segundo momento de convívio entre os participantes. A caravana retomou caminho para percorrer uma das mais belas estradas do norte do país, a N205; as suas curvas encadeadas e a quase inexistência de retas são um verdadeiro deleite para um motociclista. Em Guilhofrei virámos para Vieira do Minho, contornando a Barragem do Ermal, antes de atravessar Cortegaça, passar nos Moinhos do Ave, cruzar Agra e voltarmos à N205, mas agora dando as costas a Cabeceiras de Basto. Como o apetite já se fazia sentir, apontámos a Várzea Cova e à Adega Monte Belo. Foi tempo de “provar” os rojões e, sobretudo, as costelinhas de javali (que boas estavam), antes de atacar a vitela assada à moda de Fafe (em forno de lenha) que estava simplesmente divinal! Ao contrário do que diz o ditado, “barriga cheia, companhia desfeita”, o grupo manteve-se unido e depois de passarmos no Confurco (já pintado de fresco para o Rali de Portugal na próxima semana) dirigimo-nos a Fafe para visitar o Museu do Rali; embora pequeno, tem uma boa coleção de máquinas que marcaram o mundial de ralis e o rali de Portugal e a visita guiada que nos foi oferecida foi muito interessante (sobretudo para quem não trata os ralis por tu).

Foi então tempo de despedidas, tendo parte do grupo regressado diretamente ao Porto pela auto estrada, enquanto outra parte continuou pelas nacionais até casa.

Estejam atentos ao site e às futuras passeatas que aí vêm! Contamos convosco!

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ReVoltados por terras Andaluzas

A ReVolta, para todos os 31 participantes mais dois desorganizadores iniciou-se com chuva impiedosa desde Barcelos, Porto, Guimarães, Paços de Ferreira, Chaves, Coimbra, Arouca, Lisboa e Alcobaça até Elvas.

Cidade fronteiriça na qual foram recebidos todos os participantes que puderam usufruir de um belíssimo hotel e de um jantar de boas vindas ao grupo, servido na Adega regional onde muito bem se jantou. Graças ao apoio dos amigos Hugo Macedo e Ana Martins de Barcelos, os participantes receberam uns belíssimos polos alusivas ao evento e alguns mais sortudos ganharam umas garrafitas de vinho.

Após uma noite bem dormida e um pequeno-almoço soberbo, surgiu para alguns a tarefa de tirarem o excesso de água das malas da moto, para logo de seguida a caravana rumar a Córdoba.

Para este 1º dia de ReVolta escolheu-se um trajeto mais rolante via Olivença, Zafra e Llerena. Entramos em belíssimas estradas municipais de muito bom asfalto na vila de Fuente Obejuna para uma paragem em Vilaviciosa de Córdoba, local pensado para um almoço mais rápido e no qual a caravana de 19 motos se deparou com uma vila a abarrotar de visitantes de um evento automobilístico tipo “rampa do Luso” ou algo parecido.

Mas, lá conseguimos petiscar mais ou menos rápido para fazer de seguida uma carretera com paisagens serranas e repleta de curvas e curvinhas, uma delícia de asfalto que nos levou por los Arenales até Córdoba.

No hotel Los Omeyas, bem no centro do casco histórico e de frente para a famosa Mesquita/Catedral, esperava-nos “Áfrika”.

Sim, esse o nome da simpática guia que nos mostrou em duas horas e meia a encantadora e histórica cidade de Córdoba, desde a Mesquita à Sinagoga, dos belíssimos pátios e ruas de vasos à famosa ponte romana com a sua Torre de Calahorra, a incansável Áfrika lá nos ia ensinando a história de muçulmanos, judeus e cristãos e até de Mohamed Ibn Aslam Al-Gafeki que por volta de 1150 foi um dos primeiros senão o primeiro a realizar uma cirurgia ocular para extrair uma catarata. Curiosidade esse Al-Gafeki tem uma estátua em sua honra em plena Judiaria de Córdoba.

Após se ter descoberto a cultura e história era hora de procurar algo reconfortante e os participantes mais ou menos juntos dispersaram pelas ruelas, procurando o merecido jantar, o que não faltava eram restaurantes e bares em uma noite amena em típica cidade Andaluz.

Para o segundo dia da ReVolta o roteiro dizia que o destino era Setenil de las Bodegas, mas antes de lá chegarmos haviam surpresas pelo caminho. Uma delas foi a imensidão dos olivais, acompanhando sempre até ao cumo das colinas. Por estradas secundárias e de bom piso, rumo a Zuheros, uma pequena vila cujo castelo se situa bem lá no alto. Vila muito bonita com paisagens lindíssimas a partir do seu largo principal e onde normalmente o acesso a veículos está interdito, mas a amabilidade do Señor Guardia Civil “Javier”, também ele motociclista, possibilitou não só a subida ao recinto como ainda a possibilidade de todas as 19 motas alinharem ali mesmo para uma fantástica foto de grupo.

Seguia-se mais uma vila pacata, Rute de seu nome, conhecida vila museu no meio do parque natural de Las Sierras Subbéticas, com o museu de Aniz, museu de chocolate, museu de Açúcar, museu do presunto, entre outros, mas nós queríamos mesmo era almoçar e seguir viagem até á próxima vila. Essa seria Iznájar com seu castelo bem no topo e rodeada de uma barragem imensa.

Após pequeno troço de autopista dissemos Hola a Antequera ao pararmos em um dos miradouros mais bonitos sobre a cidade, para seguirmos até ao parque natura “Torcal de Antequera” por estradas deliciosas com paisagens arrebatadoras e diferentes.

Histórias de pedras e mais pedrinhas, mas com muita beleza natural.

A organização sabia que o troço que seguia era o de condução mais exigente e mesmo em asfalto com meia dúzia de metros de terra batida pelo meio houve quem não resistisse e ficasse sem ar. Ora pois claro um furo, em 19 motos não é invulgar, mas insistir em despejar de meia em meia hora, bem isso já estava a deixar os mecânicos de serviço nervosos. Mas mesmo com as tripinhas ao léu chegou a bom porto. Subindo a Abdalajis e descendo pelo belíssimo passe de El Chorro, avistava-se fabulosa paisagem para o Caminhito del Rey. Rumando daí a Setenil de Las Bodegas, onde nos esperava o merecido jantar e descanso.

A incursão pela Calle del Sol, logo pela manhã, em Setenil de las Bodegas até que é proibida, mas o Alcaide foi simpático e lá tivemos mais um bónus nesta Revolta. Após respetivas fotos para memória futura fomos procurar Olvera, uma majestosa Vila com imponente castelo e catedral que visto de longe muito impressiona.

Queríamos mais, melhor e mais bonito por isso rumamos a Zahara de la Sierra para contemplar a sua espetacular localização.

Faltava qualquer coisa, a cereja no topo do bolo, sim temos a certeza que todos vibraram com a subida ao Puerto de las Palomas a 1357m de altitude na Sierra de Grazalema. Quem muito sobe, muito tem que descer, mais um passe e mais uma vila e uma paragem para refrescar pois até ao almoço já bem perto de Sevilha ainda faltavam uns quilómetros.

O destino era Fregenal de La Sierra, mas antes uma passagem pelas minas de Rio Tinto, não o do norte do nosso país mas sim o das minas da serra de Aracena, os participantes da Revolta ficaram a perceber a origem do nome do Rio Tinto.

Em Fregenal de La Sierra, um excelente hotel esperava pelos guerreiros desta ReVolta, mas não menos espetacular foi o jantar no restaurante do Señor Eduardo, que até estava “Cerrado” mas abriu de propósito para os ReVoltados. Com a ajuda de um garçon contratado na hora fez-nos sentir bem-vindos e sair encantados.  

Adivinhava-se e sentia-se a tristeza no ar de que o que é bom acaba depressa, 300 Km separavam-nos do almoço de despedida no Suimo / Tomar. Mas ainda havia algumas surpresas já bem perto de Portugal. Jerez de los Caballeros, Alconchel e Olivença eram os últimos locais por terras de nuestros Hermanos, nesta 4ª ReVolta.

Seguiu-se Elvas, Monforte e Alter do Chão, por Ponte de sor e Abrantes á Barragem de Castelo de Bode e Tomar chegávamos ao Café central do Suimo, onde temos a certeza que todos se questionaram se era mesmo ali que se almoçava.

Fechou-se ali mesmo esta ReVolta, com um excelente bacalhau bem regado, elaborado pela simpática dona Cristina.

Despedidas feitas e tendo conhecimento que todos chegaram bem ao destino final, restanos agradecer a todos a confiança que depositaram uma vez mais no MC Porto para esta edição da ReVolta.

Para o ano há mais uma ReVolta com certeza.

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