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MotoTrofa e Moto Clube, do Porto até Setúbal

Alguns preferiram começar na quinta-feira. Outros na própria sexta, dia do encontro no Moto Clube de Setúbal, numa viagem livre de compromissos, quer de dia quer de horas. E, como era de prever, cada um chegou na sua hora, de modo atempado, sem pressas. Assim, enquanto se aguardava a chegada de todos, os que já estavam iam recolocando os líquidos perdido na viagem, com imperiais geladinhas, para fazer ao tempo estava quente na esplanada da sede do Moto Clube de Setúbal (MCS), bem representado pelo seu presidente Paulo Mascarenhas e o seu vice, Paulo Duarte.

Reunido o grupo, 11 pessoas em 7 motos, passámos no hotel para limpeza geral, mudança de roupa e rumámos ao Mercado da Conceição. Chegados ao Mercado, na companhia dos nossos cicerones, a expectativa era alguma pois nada se via que antevisse o que íamos encontrar.

Basta dizer que é uma espécie do portuense Mercado do Bom Sucesso em ponto pequeno, com uma parte periférica preenchida pelas barracas que vendiam as comidas e uma parte central, de esplanadas, com mesas corridas, onde a azáfama do levanta e senta era um bom sinal para quem ainda tinha alguma dúvida sobre o local escolhido.

Um espaço não muito grande, mas com muita gente, música ambiente, onde o propósito de jantar, com qualidade e em agradável confraternização era bem visível.

Embora cada um tivesse escolhido o que quis comer, a impressão final foi a mesma, tanto do ponto de vista gastronómico como de convívio. Umas horas bem passadas à volta da mesa.

O dia fechou com o regresso ao hotel situado num dos pontos mais altos da cidade, proporcionando uma vista soberba sobre a cidade e sobre o estuário do sado.

Do estuário do Sado ao Atlântico

As atividades de sábado começaram na sede do MCS, tendo como guia o seu presidente, Paulo Mascarenhas, levando um grupo de 10 motas e 15 pessoas pela serra da Arrábida. A passagem por algumas das pequenas e magnificas praias da zona não foi possível pelos cortes de estradas que existiam, nomeadamente pela praia da Figueirinha, que obrigavam a longos desvios.

Com uma paisagem magnifica sobre a entrada do estuário do Sado e sobre o Atlântico, rumámos ao cabo Espichel, com paragem no forte de Santa Maria do Outão onde se situa a velha 7ª bateria de costa. O estado de abandono em que se encontra, surpreendeu-nos!

Depois de alguns quilómetros nas antigas e típicas estradas chegámos ao cabo Espichel onde o mar atrai todos os visitantes. A vista a norte é magnifica com a costa da Caparica e mesmo Lisboa/Cascais visíveis a olho nu.

De admiração são as integrantes construções aí existentes pela sua grandeza, plantadas no fim do mundo!  A igreja de Nossa Senhora do Cabo, do séc. XIV, e monumento de interesse público em 1950, foi noutros tempos espaço de oração de reis e de muitos peregrinos, como se pode observar pelas enormes alas laterais, do séc. XVII/ XVIII, onde estes poderiam pernoitar.

Fora do espaço propriamente dito do Santuário de Nossa Senhora do Cabo, mas ainda dentro do conjunto, encontram-se a Casa da Água e o Aqueduto do Cabo Espichel, edificações muito importantes para o Santuário, pois levavam água potável até ele.

Um espaço que se visita sem que se veja qualquer apoio de informação sobre o mesmo!

Retomado o trajeto deste local inóspito, e sempre com uma paisagem deslumbrante, a sempre simpática Sesimbra acolheu-nos para um retemperador almoço, numa agradável esplanada junto à praia.

Na mira, estava agora o Portinho da Arrábida, com a visita ao Forte de Santa Maria da Arrábida e ao seu Museu Marítimo, onde tivemos a oportunidade de observar vários espécimes e saber os estudos que se desenvolvem na zona sobre a fauna marítima local, desde o tempo do rei D.Carlos.

Igualmente chamou a atenção a alguns participantes deste passeio do Moto Clube do Porto em conjunto com a MotoTrofa a fauna existente na areia da Praia do Portinho que estava ao alcance dos olhos, através dos binóculos de longo alcance existente no Forte.

Os golfinhos e o cofre do vinho

O dia de viagem acabou com uma interessante visita ao Museu da Baía, em Setúbal, onde fomos esclarecidos sobre golfinhos, orcas e baleias, em genérico, e em particular sobre a família de golfinhos Roaz corvineiro que habita o Parque da Reserva Natural do Estuário, onde foi bem visível a preocupação em perpetuar a vida destes animais por estas paragens.

Regressado a Setúbal, o jantar foi apreciado com todos os sentidos, mesmo se o olhar ia sendo requisitado pelo jogo da Seleção Nacional.

No final, o recolhimento ao hotel era a opção mais natural para alguns, embora outros ainda fossem espreitar o desfile das marchas que decorria na cidade, e tivessem dado um fantástico passeio a pé, por entre a população e animação própria das festividades de um “S. João” local bem animado.

Já no domingo, sempre com a liderança do Paulo Mascarenhas, partimos do MCS para Azeitão, para ver, não os budas do Berardo (agora pintados de azul!), mas as caves de José Maria da Fonseca. Mais uma visita interessante, onde conhecemos alguns pormenores familiares da empresa e alguns dados sobre o envelhecimento do vinho quando em viagens por mar. Igualmente nos foi mostrado o “cofre” dos vinhos José Maria da Fonseca (JMF) protegidos por uma porta que só se abre para alguns.

Regressados a Setúbal e depois de mais um agradável almoço, regressámos ao Porto, não sem antes prestarmos o nosso agradecimento ao MCS, pelo trabalho que tiveram em receber o MCP e e MotoTrofa, e pela franca convivência sentida.

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Vagueando pelo rio Ave

Este podia ter sido o nome do passeio que, no passado domingo 7 de maio, levou um grupo de sócios e amigos até à Cabreira e Serras de Fafe.

Mais uma vez a meteorologia esteve do nosso lado e foi com o sol a aparecer por entre as nuvens que, após o café oferecido na sede, nos fizemos à estrada. O aquecimento dos pneus começou com as curvas do Monte de S. Miguel o Anjo, antes de atravessarmos o que já foi uma enorme zona industrial virada para os têxteis, e de iniciarmos as muitas travessias do rio Ave. Santo Tirso, Delães, Vila das Aves, Ronfe, ……, foram ficando para trás e, quando finalmente chegamos às Caldas das Taipas, o trânsito foi diminuindo na razão inversa do prazer de condução. Póvoa do Lanhoso foi o local escolhido para uma pausa na condução, proporcionando um segundo momento de convívio entre os participantes. A caravana retomou caminho para percorrer uma das mais belas estradas do norte do país, a N205; as suas curvas encadeadas e a quase inexistência de retas são um verdadeiro deleite para um motociclista. Em Guilhofrei virámos para Vieira do Minho, contornando a Barragem do Ermal, antes de atravessar Cortegaça, passar nos Moinhos do Ave, cruzar Agra e voltarmos à N205, mas agora dando as costas a Cabeceiras de Basto. Como o apetite já se fazia sentir, apontámos a Várzea Cova e à Adega Monte Belo. Foi tempo de “provar” os rojões e, sobretudo, as costelinhas de javali (que boas estavam), antes de atacar a vitela assada à moda de Fafe (em forno de lenha) que estava simplesmente divinal! Ao contrário do que diz o ditado, “barriga cheia, companhia desfeita”, o grupo manteve-se unido e depois de passarmos no Confurco (já pintado de fresco para o Rali de Portugal na próxima semana) dirigimo-nos a Fafe para visitar o Museu do Rali; embora pequeno, tem uma boa coleção de máquinas que marcaram o mundial de ralis e o rali de Portugal e a visita guiada que nos foi oferecida foi muito interessante (sobretudo para quem não trata os ralis por tu).

Foi então tempo de despedidas, tendo parte do grupo regressado diretamente ao Porto pela auto estrada, enquanto outra parte continuou pelas nacionais até casa.

Estejam atentos ao site e às futuras passeatas que aí vêm! Contamos convosco!

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