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Se o destino for alcançável de moto
nós iremos lá!

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Extremo ocidental apresentado na sede pelo autor

Sábado, 28 de maio, 22h00

Cartaz Paulo MouraNo próximo sábado 28, o autor do livro Extremo Ocidental, de seu nome Paulo Moura estará na sede do Moto clube do Porto para uma tertúlia entre amigos.

Terão a oportunidade de comprar ou levar os livros já comprados para o autor os autografar.

Para explicar de que se trata o livro, nada melhor que as palavras do próprio nas redes sociais.

"O que se pode descobrir quando, com uma moto, uma tenda e todo um Verão pela frente, mergulhamos no mundo da beira-mar portuguesa?"

Caros amigos motards

Quero apresentar-vos o meu novo livro, Extremo Ocidental, uma viagem de moto pela costa portuguesa, de Caminha a Monte Gordo. Mil quilómetros à beira-mar, descobrindo caminhos, paisagens e histórias. Creio que é o primeiro livro português narrando uma viagem de moto (quem souber de algum outro, diga, por favor, que gostaria de conhecer). A editora é a Elsinore, e o livro estará à venda a partir de dia 9. ESpero que leiam e que gostem.

5ª ReVolta MCP por terras de nuestros hermanos

De 24Abr2024 a 01Mai2024

A 5ª ReVolta iniciou-se com a convergência de quase todos os 12 participantes (dois dos participantes resolveram aparecer só ao pequeno-almoço de dia 25) e os dois desorganizadores na tarde de 24 de Abril em Elvas. Para além das belas t-shirts alusivas ao evento fruto da criatividade da equipa Hugo Macedo e Ana Martins, os participantes foram brindados por um belo repasto e um fim de noite que brindou alguns e deixou marcas noutros.

Após uma noite com algum descanso a caravana preparou-se com um bom um bom pequeno-almoço e aprontou-se para rolar tendo como destino último Granada, uma tirada de 500 e poucos quilómetros que trouxe ao de cima, para alguns, as mazelas provocadas pela noite anterior.

A caravana parou em Osuna, para visitar El Coto Las Canteras, uma antiga pedreira que funcionou durante séculos tendo sido recuperada em 2004 e que é hoje um marco histórico e uma sala de concertos natural. Em Osuna paramos para almoçar e onde fomos atendidos por uma “espanholita” com uma alegria e simpatia que deixou algumas participantes de cabelos em pé. Recuperados retomaram o caminho até à cidade de Granada.

Granada é conhecida pelos seus grandiosos exemplos de arquitetura medieval e que datam da ocupação muçulmana em especial Alhambra que só não foi visitada porque os bilhetes estavam esgotados. Ainda em Granada um grupo de intrépidos aventureiros fez-se à estrada para subir o maciço de Sierra Nevada.

Para além dos monumentos e de uma visita divertida de comboio turístico pela cidade, Granada fica na história com duas noites muito bem passadas, boa comida, boa bebida, uns lenços que mudaram de cor e umas calças que puseram toda a gente a ver zigzagues!!!

E ao terceiro dia o objetivo era chegar a Sierra Alhamilla, rolou-se a bom ritmo até Soportújar, uma pequena aldeia de lendas e mistérios que fez as delícias dos participantes que estavam “encantados” com as casas, as pinturas e as esculturas todas alusivas ao mundo da bruxaria.

Todos montados, seguiu-se um percurso de belas paisagens pelo Parque Nacional de Sierra Nevada onde as curvas se faziam ora para a esquerda, ora para a direita em direção a Trevélez onde se aguardava uma visita memorável ao “Museum Vallejo” dedicado à produção da família Vallejo que deixou todos os participantes de água na boca uma vez que puderam ver uma imensidão de “Jamones” em várias fases de preparação.

Em Trevélez foi altura de vestir os fatos para chuva que começou a cair sem dar descanso foi de bradar aos céus…parecia bruxedo, mas a estrada resvaladiça pregou uma pequena partida a um dos participantes. Valeu o moto Golf para que ninguém ficasse apeado.

Chegaram a Ugijar, a terra onde o polvo se transforma em frango pela arte de quem traduz o difícil dialeto andaluz, mas deu para secar o corpo e a alma. Todos prontos a rolar e com a chuva a dar descanso a caravana seguiu viagem sempre em bom ritmo e com boa disposição, as intrépidas cavaleiras provaram ser as magas do carril e a vista sobre Almeria era de cortar a respiração!

Pernoitou-se na Sierra Alhamilla num belo jantar à luz das velas que deu um bom prenuncio para a restante noite. Uma fonte de água termal que saía a 50 °C aqueceu os pés a alguns e provocou longas gargalhadas culminado numa noite de histórias e anedotas, musica e poemas que deleitaram todos.

E ao quarto dia o objetivo era Coto Rios, a paisagem fazia lembrar o Colorado e fomos até ao Fort Bravo Texas Hollywood tendo antes conhecido o Castillo de Tabernas, apesar do sugestivo nome alguns não lhe apeteceu o saudável exercício matinal (era preciso subir), e o emblemático restaurante Route 66 que deu para um café e umas fotografias!

Paisagens desérticas para trás era hora de começar a subir numa estrada de curvas e contracurvas ao estilo do “Passo dello Stelvio” até alcançar os 1820 metros de Puerto de Alto de Velefique onde se parou para respirar. E como tudo o que sobe tem mesmo que descer aí foi a caravana pela encosta abaixo até Bacares onde se aconchegaram os estômagos com belíssimos “Bocadillos”, mas o melhor do dia ainda estava para vir, seguiram-se 160 Km até encontrarem Cazorla, situada no maior parque natural de Espanha, é um daqueles lugares que nos deixam de queixo caído sobretudo se o almoço for servido na esplanada de um miradouro.  O fim da tarde trouxe mais curvas e uma paragem forçada pela carga de água que caiu a 7 quilómetros do destino, mas deu para ver dois pequenos Javalis que só foram afastados pelo barulho de uma mota!

O hotel em Coto Rios ofereceu muita coisa aos participantes, boa comida e boa bebida, simpatia do staff do hotel e momentos de juventude que fizeram saltar os participantes à lei da fisga.

No quinto dia a chuva não deu tréguas, a caravana serpenteou as margens do Embalse de Tranco Beas até chegar ao “Castillo de segura dela Sierra” onde uma subida a pé para um castelo que estava “encerrado”, deu cabo dos nervos a uns e foi de um grande alívio para outros, houve até quem tenha visto tijolos!!!

Seguiram para as “Laguna de Ruidera” onde um “simpático” dono do restaurante nos avisou que só entrávamos se víssemos primeiro “La Carta” que se encontrava no exterior do mesmo. No entanto, os super simpáticos empregados deixaram que os cavaleiros ensopados do asfalto pudessem pendurar as armaduras um pouco por todo o lado.

Já satisfeitos um pouco mais secos e quentes seguiram a cavalgada parando no “castillo de Peñaroya para mais uma visita cultural. E chegaram a Argamasilla de Alba terra onde o escritor Cervantes esteve preso e terá começado a escrever a sua obra imortal “Don Quijote de Mancha” e claro mais um momento de bela galhofa e fotografias com as mundialmente conhecidas personagens da obra de Cervantes. Daqui rolaram para Moral de Calatrava onde depois de algumas voltas conseguiram chegar ao Hotel.

Mais uma vez os participantes desta ReVolta foram brindados com um local fantástico as pessoas do hotel eram 5 estrelas e o repasto foi magnifico. O descanso foi bom e o pequeno-almoço foi ainda melhor. Estava na altura de deixar Espanha e voltar para Portugal passando por “Ciudad Real” onde se verificou que a ReVolta tinha exigido um pouco mais a alguns pneus e iniciou-se uma quase quixotesca expedição à procura de uns cascos novos. Valentes Cavaleiros acabaram por encontrar um “estábulo” em Mérida que atendeu um par de montadas de raça diferente, para gaudio de alguém que orgulhosamente ostentava as suas cores.

De Mérida a Castelo de Vide foi um saltinho e a Caravana preparou-se para um jantar com direito a vários pratos todos eles bem escolhidos, os vinhos eram bons e aqueceram a alma, pois lá fora estava frio e chuva.

E assim se fez mais uma Revolta… Espera a história não podia ficar assim, no dia seguinte combinámos ir almoçar a’O Bigodes na Benedita com mais dois ReVoltosos que só se juntaram na última noite e também queriam rolar um pouco. Tivemos direito a uma monumental tromba de água que fez alguém ter que vestir o impermeável debaixo de um viaduto e a cereja no topo do bolo deu-se a 300mts de uma estação de serviço onde uma das montadas ficou com falta de substrato. Chegaram todos bem para almoçar e onde pela última vez neste belo passeio se trocaram conversas, gargalhas e promessas de se voltarem a ReVoltar para o ano que vem. Brindados por uns belos pasteis de feijão os ReVoltosos partiram para a Benedita, São Martinho do Porto Lisboa, Coimbra, Arouca, Porto, Vila Nova de Famalicão, Barcelos, Braga e Cabeceiras de Basto.

Mais uma vez muito obrigado vocês são fantásticos.

Pelo ReVoltoso

Zé Maria

Fotos originárias de todos os participantes

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