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Se o destino for alcançável de moto
nós iremos lá!

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A voz do Fundador - Dinis Mota

Por Dinis Mota - sócio nº 8 de 14 de Maio de 1986

Chegou a minha vez de partilhar algumas aventuras mais ou menos motociclísticas convosco.

Antes de mais sou de facto um sócio fundador mas um pouco atípico: até à crise do petróleo de 1973 todo o meu futuro (académico e desportivo) estava orientado para os automóveis (desculpem lá!). A crise obrigou-me a reorientar muita coisa na minha vida e, no ano seguinte, já com 27 anos, ofereci a mim mesmo a carta de moto e declarei-me zangado com os automóveis e futuro, entusiástico e incondicional, adepto das duas rodas.

E nem tudo foi fácil, ainda que as aulas de condução, com um instrutor do melhor que há, tenham sido o máximo.

O sinal exterior de riqueza em que se transformaram as motos acabou por me fazer andar durante cerca de 15 anos em máquinas muito especiais: desde a Jawa 250 de 53 até à BSA A65T de 71. E foi possível fazer muitos e fantásticos quilómetros. Pelo meio aconteceu um período sui generis em que no parque de estacionamento da direcção de uma grande empresa da zona de Leça do Bailio, entre os veículos de 4 rodas habituais, estacionava uma fantástica Royal Enfield 250 Clipper de 59 ou a BSA referida atrás (a que não estivesse avariada na altura).

Aconteceu então um contacto com o muito especial Bruno Soares e começaram o que já são 20 anos de BMW. E aqui as referências são muito mais quilómetros e 0 (ou quase!) avarias e/ou problemas e limitações da mais variada ordem. E até duas passagens pelo autódromo do Estoril de boa memória (as voltas nas K 1200S e 1300S).

Pelo meio, e para terminar, aquelas fantásticas corridas da Chaços Cup: momentos verdadeiramente únicos. Espero que não irrepetíveis.

Boas voltas para todos!

 

A voz do Fundador - Lino Alves

Por Lino Alves - sócio nº 7 de 14 de Maio de 1986

O Moto Clube do Porto fundou-se em 1986 por um grupo de amigos que se juntaram no Café Varanda da Barra com a finalidade de participar em passeios motociclistas.

Começou-se a organizar provas e o sucesso foi enorme, tendo cada vez mais sócios, tal era o entusiasmo que se vivia nas noites de sextas-feira à volta das duas rodas.

Palavras da minha mãe: “Como este Lino era louco por motos! Desde que começou a andar, gostava de tudo que tivesse mecanismos para logo os desfazer e ver como eram feitos.

Com seis ou sete anos teve uma motinha de madeira pintada de verde, que ele queria meter na cama contentando-se em tê-la no chão ao seu lado!

Com a idade o gosto foi aumentando e aos16 se lhe perguntavam ‘quantos anos tens?’, a resposta era ‘16 sem moto!!’ Começava a sua ideia doentia”.

A minha primeira motorizada, que tantas alegrias me deu na terra e no asfalto, foi a GILERA 50 Trail.

Numa das minhas loucuras, fiz a viagem para Gerez de la Frontera numa scooter!  Estava eu a comer uma sande na Mealhada, e o resto da malta já se encontrava no Alentejo.

Entre as dezenas de motos que já tive, o meu side-car é a mais antiga.  Já levou varias pinturas – de verde-garrafa, serapilheira e até um jardim de flores!

Já lá vão 25 anos e o convívio das sextas-feiras à noite mantêm-se.

Já somos conhecidos como os da velha guarda mas vontade continua!

Parabéns  Moto Clube do Porto!