Trails das Quatro Estações Antero
Trails de Verão Antero? É verdade, mas este nosso passeio para motos Big Trail devia antes chamar-se “Trails das Quatro Estações Antero”. Preparado no Inverno, para ser feito na Primavera, foi feito no Verão, com a notícia a sair… já no Outono.
Limitado a 20 “bigtrailistas”, devido a esta maldita pandemia, voltamos agora ao ataque, com o apoio da Antero Motos e mesmo no final do Verão 2020. Tão no fim, que este dia de Verão…, já trazia alguns toques de Outono. É que a previsão de chuva para todo o dia do passeio provocou algumas desistências de última hora. Mas seguindo à risca o horário do dia, às dez da manhã, o grupo internacional de 17 “pilotos” (13 portugueses, 2 portuguesas, um inglês e um galelo) estava já em Felgueiras, com as suas motos todas prontas e alinhadas para se fazerem aos trilhos.
Se nos reconhecimentos, o muito pó esteve sempre presente, a expectativa era grande para perceber como é que as chuvas fortes dos últimos dois dias tinham alterado as condições dos caminhos. Terminado o briefing inicial, fizemo-nos à pista, a SS de Santa Quitéria, o primeiro dos cinco troços de terra do rali de Portugal que percorremos. Com uns regos novos e alguma lenha trazida pelas águas da chuva, que obrigava a algumas correções de trajetória, os troços estavam bem melhor do que se esperava.
Melhor ainda foi o tempo: sem muito calor, sem pó e… sem chuva. As previsões não se concretizaram e conseguimos terminar o passeio sem apanhar uma única pinga. O São Pedro deve ser sócio do nosso Moto Clube do Porto 😊
Os pouco mais de 100 km que percorremos durante a manhã, fez-nos cruzar as serras de Fafe, subindo aos 1120 m na serra da Cabreira, passando por estreitos caminhos de algumas das nossas aldeias históricas, ou ainda as fantásticas curvas da N205, na zona de Vieira do Minho.
A meio do percurso, e como previsto, paramos para petiscar. Lanche misto, partido em pedacinhos, acompanhado pelo já tradicional Favaios (obrigado Fernando!) e desta vez com o licor de ervas do nosso amigo galego, Karloss. Forte!....
Este foi percurso definido para ser rolante mas sempre desafiante em termos de condução. Infelizmente, uma das poucas “quedas para o lado”, ao atravessar uma poça de água do dia resultou num abandono prematuro, pois deixou uma das nossas “piloto” com uma mão magoada, impedindo-a de continuar. Rápidas melhoras, Carla!
O almoço, bem no meio da serra, lá no alto, na “Tasca do Picão”, aldeia de Torrinheiras, foi claramente um dos momentos do dia. Boa comida, boa bebida e melhor conversa. Refastelamo-nos!! 😊
Com tudo isto, a saída para o último troço do dia, foi feita já um pouco a custo, mas valeu muito a pena. Tarde de sol, com umas vistas imensas, magníficas, sobre as terras de Basto, com a Senhora da Graça a destacar-se, emoldurada pelas serras do Marão e do Alvão. O último troço de terra terminou na aldeia com o sugestivo nome de Porto D’Olho. De lá, descemos a Cabeceiras, onde, nas margens do rio Basto, nos despedimos, para o regresso livre a casa. Ali, os comentários eram consensuais, de que tinha sido um dia muito bem passado, montados nas nossas Big Trails.
E já estamos todos a aguardar o próximo, Trails de Outono, previsto para meados de novembro.
Que assim seja, se o covid quiser! 😉