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Moto Clube do Porto distinguido na Gala da FIM

MC Porto recebe Prémio Fair Play FIMPrémio Fair Play pelo apoio a motociclistas canadianos acidentados em Portugal

Presença notada na Gala de Entrega de Prémios da Federação Internacional de Motociclismo, lado a lado com todos os campeões do Mundo das diversas modalidades, o Moto Clube do Porto esteve em Andorra para receber o FIM Fair Play Award. Distinção entregue pela primeira vez a um clube de vocação mototurística, na sequência do apoio dado a um casal canadiano que sofreu um acidente em Portugal, já depois do FIM Mototour of Nations, em setembro de 2016.

John e Beth Pineo sofreram grave acidente de viação dias depois do evento organizado pelo MCP, ficando internados no Hospital de Viana do Castelo e, mal tomaram conhecimento do sucedido, os sócios do clube portuense tudo fizeram para que nada faltasse aos canadianos, Reflexo inequívoco de bem conhecida forma de estar no motociclismo que, no passado, valeu o resgate de um camarada acidentado na Mauritânia, Ilídio Neto, em risco de ver uma perna amputada.

Agora, durante mais de cinco semanas e de forma diária, os sócios do MCP não deixaram que nada faltasse ao casal Pineo, ajudando a minorar situação tão gravosa com apoio e amizade. Mas também com frutas, pastéis e outros alimentos, mantendo estreito contato com a equipa clínica, tratando das necessidades de lavandaria e comunicação, acompanhando-os até ao aeroporto no momento da partida, garantindo que, no regresso a casa, tudo corria na perfeição.

Distinção pelo ‘fair play’ recebida no Andorra Park Hotel pelo vice-presidente do Moto Clube do Porto e membro da Comissão de Turismo e Lazer da FIM, Nuno Trêpa Leite, que reforça o reconhecimento do ato altruísta que valeu também o prémio Fulvio Callimaci Suporters Award. Condecoração atribuída pela Canadian Motorcycle Association (CMA) e entregue pela presidente da federação canadiana durante a Conferência de Comissões da FIM, em fevereiro deste ano.

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A voz do Fundador - Lizuarte Gomes

Por Lizuarte Gomes - sócio nº 13 de 14 de Maio de 1986

Em jeito de homenagem destacamos o artigo escrito pelo Lizuarte aquando da comemoração dos 25 anos do Moto Clube. Até sempre.

Caros Amigos

Sobre o nascimento deste clube, de que hoje todos nós nos orgulhamos, não me parece haver nada mais a acrescentar ao que já foi dito pelos anteriores relatores.

No entanto, e aproveitando esta oportunidade para recordar outros tempos, retrocederia mais de trinta e cinco anos para vos falar daquelas motos, as que naquela altura usávamos, e que não eram mais que as resistentes do velho império inglês, travestidas para parecerem mais actuais.

Recordo a família Garcia, que na época revolucionou o motociclismo na cidade do Porto, com o pai Garcia e a sua Norton Comando 750, o saudoso Jorge Garcia e a sua Triumph 500 dos anos cinquenta e o mais jovem Osvaldo Garcia que, em paralelo com o que se passava comigo, insistia em trazer para a estrada as velhas Harley KH 900 da extinta Policia de Viação e Trânsito, convertidas em moderníssimas versões “café racer”.

Lembro também o meu amigo Virgílio Guimarães, hoje em dia mais conhecido como o “Bala” com a sua rapidíssima BSA A-7 SS dos princípios dos anos sessenta, e as corridas que então fazíamos nos regressos a casa, assim como as enormes poças de óleo que deixávamos no terreno, sempre que se parava  para um convívio de café e acalmar a tremedeira nos pés.

Já nos meados dos anos setenta e com a chegada da nova tecnologia japonesa, este espírito foi mudando e os horizontes dos passeios alargando. Recordo com saudade os passeios que então realizamos, as idas a Sanxenxo, as almoçaradas no Gerêz, mas também a gasolina a cinco escudos e setenta centavos, o espírito de entreajuda e grande amizade reinante entre todos, os regressos a casa com um pendura ou como pendura, a fiabilidade mecânica não era exactamente a de hoje em dia, assim como as motos que usei e que ainda hoje guardo, que se iniciaram por volta dos quinze anos com uma Yamaha ss50, mais tarde com uma Kawasaki 350 a que se seguiu uma Z1 900, e que já nos inícios dos oitenta passou a ser a Z 1300. Em paralelo com a condução destas motos, à época modernas, crescia já o gosto pelo restauro e conservação de exemplares bastante mais antigos, que ao longo dos anos foi adquirindo.

Já agora e como curiosidade, será que no ano de comemoração dos 25, alguém ainda se lembra da primeira apresentação pública e televisiva deste nosso Clube? Bem eu digo, foi realizada nos estúdios da RTP 2, no decorrer dos anos oitenta, em que fomos representados por uma muito digna Indian de 1929 e uma majestosa Kawasaki GTR 1000, representativa do que mais moderno se produzia na época.

Mas já chega de recordar, porque o Clube está vivo e bem vivo, como facilmente se pode verificar pela sua recente e em todos os termos, louvável, realização da Festa da Moto, que não só muito dignifica esta associação, mas também todos aqueles que com a sua dedicação nela se empenharam. Assim vale a pena, que a festa se repita.

Até sempre

Com um abraço amigo

Lizuarte Gomes

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Faleceu Lizuarte Gomes

sócio fundador do MCP

Elemento fundador do Moto Clube do Porto, detentor do cartão de sócio com o número 13, Lizuarte Gomes faleceu esta semana, vítima de um cancro do esófago, doença que se propagou de forma muita rápida, sem qualquer possibilidade de cura. A missa de 7.º dia será na segunda-feira, dia 10, na Igreja do Foco (Igreja Nossa Senhora da Boavista) pelas 19 horas.

Apaixonado por tudo o que tivesse rodas, Lizuarte foi excelente anfitrião do MCP em Dezembro de 2007, mostrando inúmeras preciosidades em coleção que conta com motos antigas, clássicas e outros belíssimos e exclusivos exemplares mais recentes. Mais recentemente começou a criar uma coleção de automóveis onde pontuavam vários Lamborghini, modelos cuja reconstrução muito o entusiasmavam.

De caráter reservado mas sempre simpático e solícito, Lizuarte Gomes nunca deixou de lutar, acreditando até ao último momento na vitória sobre a doença, e mostrando o seu grande amor pelo Moto Clube do Porto mantendo o pagamento as quotas sempre em dia e ficando ao corrente da vida do clube através dos boletins e alguns contactos com outros sócios.

Descansa em paz Lizuarte

 

Faleceu Manuel Pereira

Funeral segunda-feira, 6 de fevereiro, em Jesufrei

É com tristeza que o Moto Clube do Porto noticia o desaparecimento do seu sócio Manuel Pereira, após longa luta contra a doença que o atormentou nos últimos anos.

Motociclista e homem cheio de força e pulso, foi um excelente e empenhado Comissário no Trial das Nações e provas de Campeonato do Mundo de Trial que o MC Porto organizou. Com gosto enorme pelo mototurismo, o “Manel de Famalicão” representou o nosso clube em imensos moto-ralis turísticos por todo o país.

Ajudou também na construção da nossa primeira sede na Rua Aurélia de Sousa, angariando inclusive, patrocínios muito úteis ao clube.

À Maria José e Hugo, os nossos sinceros sentimentos.

O funeral realiza-se nesta segunda-feira, 6 de fevereiro, às 15.30h, na sua Jesufrei, localidade entre Famalicão e Braga.

 

O MC Porto em 1988

Reviver o passado em Sanxenxo

Desencantando-a do fundo do baú, o entusiasta espanhol Jimmy Angel ofereceu-nos esta reportagem da Revista Expresso de 1 de outubro de 1988 onde, em três páginas, retrata um pouco dos primórdios do Moto Clube do Porto e do ambiente que o Motociclismo vivia nessa década em que começaram a ressurgir os motoclubes em Portugal após a fase negra da contingentação que impedia que o comum dos mortais portugueses pudesse ter uma moto para as suas deslocações.

Vale a pena apreciar as fotos e reparar como era constituído o parque motociclístico, abrangente e diversificado, e também como eram rudimentares os equipamentos e capacetes. Era o que havia. A atitude dos motociclistas também tem vindo a mudar imenso.

O cenário das estradas, casas e automóveis que nos rodeavam dizem muito de como tudo tem evoluído – e muito rapidamente - em Espanha e Portugal.

As curtas entrevistas são curiosas e refletem o pensamento de então. Entre os motociclistas referidos destacamos o antigo presidente Ernesto Oliveira e um dos nossos sócios fundadores Virgílio Guimarães, este ainda bem activo no MC Porto!

Obrigado, Jimmy!

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Até sempre, Paulo

Missa de sétimo dia, 19.30h de terça-feira, 27

Paulo EstevesPaulo Esteves, autor da foto de fundo da sede do Moto Clube do Porto, deixou-nos.

De forma repentina, brutal, que nos deixou a todos em silêncio e incrédulos.

Com apenas 46 anos, mas com uma genica de 20, uma alegria de 15 e uma amizade de 50, este motociclista entusiasta, que já não era sócio do MCP há uns tempos mas era como se fosse dada a sua disponibilidade e gosto, o Paulo, fotojornalista de profissão no jornal A Bola, era também fotógrafo do Portugal de Lés-a-Lés, de outros eventos e de tudo o que mexia. Parado é que nunca ficava. Formou uma equipa à volta de uma Sachs para correr no nosso primeiro Xassos TT. Desportista nato de actividades ao ar livre, gostava de surf, canoagem e ciclismo, ora em btt ora em estrada. E foi aqui que viveu, sempre com intensidade, os seus últimos momentos, sem testemunhas.

O funeral já foi, divulgado a nível nacional pelas redes sociais e pelos orgãos de comunicação. É que o Paulo era muito especial e confirmou-se que tinha muitos amigos. Pelo seu trato, correcção, empenho profissional e a tal amizade gigante que granjeava à sua volta.

Neste fim de semana, foi alvo de homenagens pelo menos no FC Porto - Boavista, no Estádio do Dragão, no Chaves- Benfica e no Porto Granfondo, em ciclismo. Estaremos de certo a pecar por defeito nos locais de homenagem enumerados, mas são os que temos conhecimento de momento.

Era familiar, amigo e colega de profissão de vários sócios do MC Porto, directores incluídos.

No mesmo templo escolhido para a comovente despedida, a Igreja da Areosa, no Porto, a missa de sétimo dia decorrerá nesta terça-feira, 27 de setembro, pelas 19.30h.

Um beijo muito forte e especial à esposa Carla e às filhotas Maria, de 11 anos, e Filipa, de 17, a quem vamos ter de ajudar a conduzir uma moto, já que o pai lhe tinha prometido ensinar aquilo que não se aprende numa escola de condução.

Até sempre, Paulo!

K75 chegou aos 600.000km!

BMW K75 com 600.000 kmA BMW K75, indestrutível companhia do director executivo do Moto Clube do Porto chegou aos incríveis 600.000 km!

Por não ser normal uma quilometragem destas numa moto, muito menos em Portugal e ainda por cima por acontecer no seio do Moto Clube do Porto, aqui fica a notícia. Que não é de agora pois isto aconteceu poucos dias antes do 18º Lés-a-Lés. Mas com os afazeres organizativos de então, aqui fica estas linhas e fotos para memória.

E se tivermos em conta que grande parte destes quilómetros todos foram percorridos em eventos do nosso clube, é um motivo de orgulho. Sim, a preparar passeios curtos e longos, moto-ralis turísticos, “morcegadas” ou no mero dia-a-dia de reuniões, levar os boletins mensais ao correio ou a representar o MCP em eventos ou provas desportivas desde 1993.

A velhinha BMW K75 parece estar para as curvas, económica e fiável. Graças ao seu autêntico “médico de família” que é o mecânico Bruno Soares.

Sabendo que dar a volta ao planeta Terra pela circunferência mais larga obriga a 40.075 km, o que esta moto já rolou pelos quelhos, ruas e estradas cá do burgo e também autoestradas nacionais e um pouco de toda a Europa, seria suficiente para quase 15 voltas ao globo terrestre.

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