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Se o destino for alcançável de moto
nós iremos lá!

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Viagem à Guiné-Bissau...

...em mais uma Sede Virtual Aberta

“Uma vez tenhas viajado, a viagem nunca termina”
Nestas inspiradoras palavras do escritor Americano Pat Conroy, encontramos a essência do que nos apaixona, nos entusiasma, nos impulsiona a viajar...

Em março, na impossibilidade de tal ser possível, pela nossa segurança e na necessidade de tudo fazermos para que a normalidade rapidamente possa voltar, viajamos também, mas nas aventuras dos nossos sócios na... SEDE VIRTUAL ABERTA.

A 12 de março, e em animado convívio, foi possível ouvir o relato detalhado do Ilídio Neto, com a sua viagem à Guiné-Bissau.
Muitas aventuras, dificuldades, e histórias de superação, foram o prato forte dessa noite.
Por isso mesmo, muitos foram os sócios que estiveram presentes, e que ouviram atentamente as apresentações deste nosso sócio.

Para os que não puderam estar presentes nessa noite, ou para os que queiram rever o relato, podem fazê-lo vendo o vídeo no final da noticia

Porque tem sido do agrado de muitos, e na continuação das restrições à circulação e respeitando as medidas e indicações da DGS, voltaremos em breve à nossa SEDE VIRTUAL ABERTA.

Assim, aguarda as próximas aberturas e não faltes. Junta-te a nós neste convívio, pois teremos novidades para as próximas edições.

Agora pelas palavras do protagonista.....

2011 foi um ano de sonho. A convite do Tito Baião e da Susana parti para uma viagem que sem eles só a fazia em sonho. Saí para o desconhecido e para a aventura, por terras Africanas.
A 17 de março entramos em Marrocos, por Tanger. Rolamos sempre encostados ao oceano Atlântico, passando por Larache, Casablanca, Agadir, Tarfaya. Em Tah começa o Sahara Ocidental.
Durante a viagem foram surgindo algumas pequenas avarias, com a mota da Susana a necessitar de mais atenção, ao ter de esticar a corrente de transmissão por várias vezes.
Boujdour, com o Padrão dos Descobrimentos Português em frente ao Atlântico, foi ponto de paragem obrigatória.
Já na fronteira com a Mauritânia, em Guerguerat, ocorreu um episódio que nos deixou perplexos: os polícias já estavam à nossa espera e chamaram pelo nome o nosso colega de viagem, Américo…
A Mauritânia é bem diferente de Marrocos. Nitidamente mais pobre, com os nómadas pela beira da estrada, e com uma paisagem desértica diferente. Nouakchott, a capital, foi também um ponto de paragem, para visita e dormida.
No dia seguinte, a fronteira mais problemática de toda a viagem: para atravessar de Rosso, do lado da Mauritânia, para Rosso, no Senegal, houve que pagar "chulados" para ter o carimbo no passaporte.
Saint-Louis, cidade turística, ofereceu-nos mais uma boa noite de descanso antes de entrar na mítica cidade de Dakar. A capital do Senegal marcou-nos pelo muito trânsito, mas principalmente pela visita à ilha de Gorée, cheia de artesanato.
Continuamos a viagem, passando por Kaolack, e eis que surge o maior problema na mota da Susana: a corrente partiu-se, o que obrigou a pendurar a mota no jipe para chegarmos à fronteira com a Gâmbia. Nessa noite o descanso foi mesmo em cima das cadeiras do cais de embarque para Banjul.
Feita a travessia do rio Gâmbia e da reparação da corrente, seguimos viagem até Ziguinchor, paragem para a última noite antes de entramos no nosso país de destino, a Guiné-Bissau. Depois de uns dias de visita à Guiné, voltei para casa com o Queirós.
Na viagem de regresso passeamos um pouco por Marrocos. Percorremos umas belas e sinuosas estradas do Atlas, visitamos as gorges do Dadès e do Todra, passamos por Midelt e Meknes, voltando a Tanger.
Na última noite de viagem tivemos ainda oportunidade de armar a tenda em Espanha, pois até aí dormimos sempre em "hotéis".
Ilídio Neto

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Passeio a Velefique

A região da Andaluzia sempre foi para mim uma incógnita! Já tinha ouvido falar mas nunca a tinha conhecido. Sempre liguei a Andaluzia a terra quente, calor, aridez, muito dentro do estilo do Alentejo que adoro e que não me canso de visitar...

Estava na altura de matar a minha curiosidade e nada melhor que os primeiros dias de agosto para o fazer!

Velefique era o objectivo, deserto de tabernas era o caminho!

O deserto era realmente O DESERTO! O único deserto da Europa! Um cenário quente e abafado que nos dificulta a respiração mas que nos enche a alma!

De repente deparamo-nos com uma estrutura majestosa, uma Hollywood que aparece do nada, um parque temático, uma reserva zoológica, onde se rodaram alguns filmes que todos nós conhecemos e que sempre pensamos que vinham das américas....

A subida para Puerto de Velefique é qualquer coisa de excepcional! O recorte da estrada e o desenrolar das curvas que se dobram sobre si mesmas, entre rochas ou entre paredes cavadas na morfologia do terreno, deliciamo-nos com o piso convidativo a testar inclinações extremas e pelas vistas que nos proporciona a configuração do traçado ....Sem duvida que os quilómetros feitos até ali estavam justificados!

Para quem sai do Porto, atravesso para Espanha por Campo Maior, utilizando de preferência as estradas secundarias, com muito menos trânsito e mais tranquilas embora um pouco mais demoradas. Ao cumprir os limites de velocidade estipulados (o que aconselho seriamente), a diferença de tempo gasto entre as vias rapidas (com mais quilómetros) e as secundárias (mais curtas) dá quase a mesma coisa.... com a vantagem de apreciarmos a paisagem!

Consegui fazer em 3 dias com as 2 dormidas em Jaen num total de 2100 quilómetros. É uma questão de aproveitar o dia por inteiro e focar nos objectivos que eram o deserto de Tabernas, Velefique e Bacares. Poderia ter feito em 4 ou 5 dias, com etapas mais curtas, mais paragens, mais visitas culturais, mais gastronomia e com dormidas em locais diferentes, mas não seria a mesma coisa!

Por Paulo Beigel - sócio 372

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