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Se o destino for alcançável de moto
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Sob o signo de Rá!

028 Passeio a MuraO deus egípcio do sol não quis deixar de participar no primeiro passeio do Moto Clube do Porto neste domingo, 19 de janeiro de 2020, pelo que as belas paisagens do Douro e Tua tiveram ainda mais encanto.

Foi debaixo de um céu azul e sol radioso que os participantes se dirigiram para o Marco de Canavezes, ponto de partida para o passeio, onde encontraram um nevoeiro digno de Alcácer Quibir e do D. Sebastião.

A Casa dos Lenteirões, onde são produzidos os famosos Doces do Freixo, foi o ponto de encontro para os 26 participantes que tiveram direito à degustação dessa famosa iguaria que são as Fatias do Freixo, iguaria que o el-Rei D. Luís I exigia ter nos seus banquetes.  Seguiu-se o habitual briefing onde se recordou a melhor forma de rolar em caravana e desvendou o percurso e suas particularidades, tendo então o grupo arrancado em direção a Baião, onde deixou definitivamente para trás o nevoeiro, seguindo em direção a Mesão Frio e Régua para fazer uma paragem técnica no Pinhão. Aí já todos os participantes estavam com as retinas repletas de bonitas paisagens do Douro; foi tempo de subir às alturas de Favaios e Alijó antes de fazer outra paragem no Miradouro da Fraga do Ujo para apreciar as vistas sobre a albufeira do Rio Tua. Como o tempo apertava o grupo, após tirar uma foto para a posteridade, seguiu por estradas pitorescas atravessando Carlão e Santa Eugénia para chegar a Martim, onde fomos recebidos pelo Dr. Águia de Moura que, antes de nos mostrar as instalações das sua Casa Agrícola e falar da sua produção, nos ofereceu um magnífico aperitivo como complemento da prova de vinhos. Foi com alguma dificuldade que abandonamos a adega deste produtor mas o relógio não parava e eram horas de rumar ao Restaurante Borges para a última degustação do dia, e realmente tanto o cabrito como a vitela, bem regados com o tinto Águia de Moura, valeram a visita.

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MCP e Mototrofa juntos em Passeio de Natal bem à Portuguesa

Passeio de Natal MCP Mototrofa 2019Bom tempo ajudou sucesso… à mesa

Se o Natal é tempo de mesa farta e convívio, boa disposição e oferta de presentes, então o Passeio que, anualmente, junta sócios do Moto Clube do Porto aos clientes e amigos da Mototrofa voltou a fazer jus à quadra que está mesmo aí à porta. A ideia, já se sabe, é confraternizar, desfrutar de algumas das mais interessantes estradas do Norte de Portugal, descobrir uns quantos tesouros paisagísticos e etnográficos, conhecer o património e artesanato lusitano, e, claro está, apurar os sentidos gastronómicos.
Desafio a que responderam uma centena de entusiastas, esgotando completamente os lugares disponíveis, que sem temores à incerteza climatérica acabaram por ser brindados com o dia mais soalheiro dos últimos tempos. E nem o nevoeiro matinal diluiu grande animação desde o primeiro momento, quando, ainda bem cedo, nas instalações da Mototrofa, os participantes iam fazendo o check-in e provando o delicioso bolo da Trofa, jesuítas e outras lambarices com que os irmãos Isabel e Francisco Silva sempre gostam de acarinhar os convidados. Tempo para as primeiras conversas e para um curto briefing antes de colocar em andamento a caravana de 73 motos, com saída da Trofa através das vias menos usuais e de maior envolvente paisagística.
Voltas e voltinhas para fugir ao trânsito matinal de um sábado, que levariam o pelotão, muito certinho, até à Doçaria de Fornelos para a primeira descoberta do dia. Casa afamada pelo pão de ló, largamente reconhecido como um dos melhores do País, revelou alguns dos segredos (os possíveis…) da confeção desta iguaria feita apenas com farinha, açúcar e ovos caseiros e cozinhado em forno de lenha. Fruto de uma receita, com mais de 70 anos, transmitida de geração em geração até chegar a César Freitas, bisneto da criadora de tão doce segredo. Sempre presente, a mãe do incansável pasteleiro, a simpática D.ª Emília, conta que todos os dias saem dos fornos a lenha mais de 50 quilos de pão de ló mas que, por alturas do Natal ou da Páscoa são produzidas mais de 7 toneladas desta iguaria, à custa de muitos milhares de dúzias de ovos caseiros, com as gemas separadas à mão por verdadeiras especialistas. Tempo ainda para descobrir outras doçarias, a começar pelos fabulosos doces de gema, feitos, claro está, com a gema de ovos caseiros e que, por isso mesmo, possuem uma cor e sabor inconfundíveis, além de das tradicionais cavacas, rosquilhas ou dos biscoitos manteigueiros, de limão, côco, cacau ou baunilha.
De barriguinha bem composta, rumou-se mais a norte, através de estradinhas ladeadas por surpreendentes paisagens, passando por inúmeros carvalhais de belíssimos tons outonais, rasgando a pacatez de algumas aldeias até chegar a Aboim. Simpática, a Anne Sophie Pereira, responsável pelo Museu do Moinho e do Povo de Aboim desvendou os segredos do Moinho da Casca de Carvalho onde, como o próprio nome indica, era moído o referido elemento natural extraído das árvores que formam a maior mancha de carvalhal em toda a Europa. A casca, extraída apenas uma vez durante toda a vida da árvore, era moída até ficar em pó, vendido para as fábricas de curtumes de Guimarães para tratar as peles, garantindo assim maior maneabilidade e resistência.

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