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Na rota entre o gourmet e os mais genuínos paladares

Rota dos Sabores 2023Um marco de sabores

Um almoço do mais tradicional que se possa imaginar servido bem no meio de uma quinta que produz produtos hortofrutícolas do mais gourmet que existe ou acompanhar umas tradicionais cavacas com o vinho verde da região em plena vindima ao som de um rancho folclórico foram apenas algumas das surpresas da Rota dos Sabores Moto Clube do Porto/Mototrofa.

Um evento destinado a descobrir as menos conhecidas das relíquias gastronómicas que juntou meia centena de motociclistas num dia soalheiro, excelente para a prática da modalidade, numa viagem curta mas deveras intensa. Tanto do ponto de vista turístico como gastronómico.

Para começar, nada como um bom reforço do pequeno-almoço na Mototrofa, onde o café ou sumo podia ser acompanhado pela mais diversa pastelaria, incluindo, claro está, doçaria regional. Prelúdio para uma passeata rumo à freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, a mais setentrional do concelho marcoense, através das estradas menos concorridas, num belíssimo primeiro dia de outono.

Quilómetros através de paisagens durienses rumo à Quinta do Calvário onde a vindima ganhou uma coreografia especial para a chegada da heterogénea caravana com uma atuação única do Rancho Folclórico de Santo André, numa recriação etográfica de uma vindima tradicional. Trajes de outros tempos, enquadrando cantares cuja origem se perde no tempo mas que, mau grado o passar do tempo, nunca estão fora de tempo. Momentos culturais, explicados pelo presidente da Junta de Freguesia, Fernando Monteiro, geradores de diversão realmente ímpar, que colocaram os surpreendidos visitantes a trautear as melodias enquanto descobriam a forma como eram feitos os tradicionais chapéus de palha vilabonenses.

Aprender a vindimar foi a aposta de muitos enquanto outros optaram pela prova do produto final, sob a forma das várias opções de vinho verde Adolfo, branco, tinto ou rosé, fazendo uso de castas como Arinto, Azal, Avesso, Espadeiro, Trajadura ou Vinhão. Vinhos criados por Adolfo Campos, de enorme frescura, bem acompanhados pelas tradicionais cavacas do Marco, que mantendo a base da receita semelhante à de muitos outros locais do País, juntando ovos, farinha, bicarbonato e fermento, tem uma variação de sabor e textura que tornam únicos estes doces nascidos em Vila Boa de Quires.

Galinha preta de boa sorte

Momentos de prova, de descontração e de descoberta que abriram o apetite para o opíparo almoço, de cardápio que honrava as mais arreigadas tradições culinárias, servido num cenário bem condizente. Trocando as mesas e cadeiras por fardos de palha, criando um ambiente superdescontraído onde foi possível apreciar a excelência dos vinhos da região lado a lado com sumos naturais de sabugueiro (um sucesso absoluto!), framboesa e mirtilo. No muito aprazível espaço da Quinta do Fojo, as entradas a gosto de todos variaram entre a alheira de carnes de galinha, enchidos, pataniscas de bacalhau, bola de carne, azeitonas locais e pão caseiro.

Preparação para o excelso arroz de cabidela com galos da raça Preta Lusitânica que deliciou uma cada vez mais surpreendida caravana, incansável nos elogios a tão delicioso quanto farto repasto. Que haveria de ser encerrado com pudim de especiais ovos caseiros, e com as fatias do Freixo, variante local do pão de ló cuja história remonta ao século XVII e que tem nas gemas de ovo o principal ingrediente. E para rematar, nada como as primeiras castanhas assadas do ano, no preciso dia em que o outono chegava.

Com a barriguinha cheia nada como uma passeata para ajudar à digestão, com visita guiada à quinta onde José Carlos Mendes produz os mais exóticos mini legumes, pequenos frutos, aromáticas, micro verduras e flores comestíveis. Que têm como destino primordial as cozinhas dos mais requintados restaurantes nacionais, onde fazem as delícias dos grandes ‘chef’s’ como dos mais requintados palatos. Mas que podem brilhar na casa de qualquer cidadão capaz de aventurar-se na ‘haute cuisine’. Visita guiada repleta de surpresas e novos conhecimentos, onde não podia faltar a explicação sobre a aposta na criação da raça autóctone de galinhas preta Lusitânica. Que muitos ligam ao universo do sobrenatural, mas que, na verdade, servem essencialmente para uma boa cabidela e também não ficam nada mal quando assadas no forno.

Em tempo de despedida da H2Douro, momento ainda para o sorteio de inúmeros brindes oferecidos pela Mototrofa que reforçou – e de que maneira! – a boa disposição na grande maioria das equipas inscritas. Que lá tiveram de arranjar espaço adicional para levar os capacetes, blusões, luvas e outros brindes oferecidos pelo concessionário Honda na Trofa, antes do regresso a casa. E, num final de tarde espetacular, nada como aproveitar as curvas da N108, desfrutando da companhia do rio Tâmega e do Douro em direção ao Porto.

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Passeio de Verão....

...com tempo de primavera

O domingo 16 de julho amanheceu solarengo, embora fresco, prenunciando um ótimo dia para passear de moto.

A clarividência do Moto Clube do Porto já o tinha previsto, pelo que tinha escolhido esta data para o seu Passeio de Verão. Mais uma vez com “lotação esgotada”, e após o café oferecido na sede, a caravana partiu em direção a Braga, pela A3 para mais depressa chegarmos às “boas estradas”.

Real e a inconfundível Ponte de Prado (com os seus semáforos) foram os aperitivos para a N201, recheada de casas senhoriais até Ponte de Lima, onde fizemos uma pequena paragem técnica para esticar as pernas e reconfortar os estômagos. Continuamos pela N201 até Agualonga com as magníficas paisagens minhotas, estradas (quase) sem trânsito e curvas para arredondar pneu 😊. Aí virámos em direção a Covas, acompanhando o Rio Coura, antes de subir a Serra d’Arga até ao Mosteiro de S. João d’Arga, já conhecido de alguns (de anteriores passeios do MCP) e local ideal para a fotografia de grupo. Estávamos lá muito bem mas era tempo de voltar às motos e voltar às cumeadas de onde pudemos apreciar o Rio Minho, o Monte de Santa Tecla, La Guardia e Caminha, antes de descermos a Dem e a S. Lourenço da Montaria. A partir daí foi subir dos cerca de 350m de altitude até aos mais de 750m da Sra do Minho, local onde voltámos a parar para apreciar as vistas sobre o vale do Rio Lima e a sua foz, em Viana do Castelo.

Embora a descida tenha de ser feita pela mesma estrada as vistas são completamente diferentes; Vila Praia d’Âncora, Caminha, novamente o Rio Minho…. Chegados ao vale fomos até Vila Praia d’Âncora para nos dirigirmos a Carreço e ao Restaurante do Sérgio, onde tivemos a companhia de mais um sócio (acompanhado de familiares), o Vasco Rodrigues, “culpado” pela escolha deste restaurante. A mesa estava posta e o pessoal cheio de vontade de “atacar” as entradas - mexilhões, camarão, rissóis, bolinhos de bacalhau, pizza, pão recheado, enchidos…, parecia que já não precisávamos de mais nada mas haviam de ver o que aconteceu à feijoada, robalos, costelas e leitão que se seguiram… para terminar, uns crepes de gelado com chocolate quente e café.

Ninguém queria arredar pé mas era preciso continuar o passeio. Como diz o ditado - “barriga cheia, companhia desfeita”- e, mais uma vez, assim foi… devido ao adiantado da hora alguns dos participantes despediram-se e regressaram a casa. O resto do grupo voltou a embrenhar-se pelas estradinhas minhotas, outra vez com muito pouco trânsito, voltando à zona de Montaria, passando depois por Lanheses, Barroselas, Palme e Vila Chã, para chegarmos a Esposende onde estacionámos no Pé no Rio; aí ficámos a dar duas de letra até decidirmos regressar a casa em pequenos grupos. Agora é aproveitar o resto do Verão para passear de moto, em viagens maiores ou mais pequenas, e lá para setembro podermos contar todas essas aventuras.

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