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Se o destino for alcançável de moto
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Passeio de Outono seco

Afinal não choveu!!! Para terminar os Passeios das Estações do Ano tivemos no passado domingo, 22 de outubro, o Passeio de Outono.

Depois de um verão que se esticou até meados de outubro, a semana que antecedeu o Passeio de Outono apareceu chuvosa e bem mais fresca, o que fez com que alguns dos nossos sócios resolvessem não arriscar um passeio molhado e na sede só apareceram 9 sócios com vontade de ir passear. Erro tremendo! Embora às 9h da manhã, quando a mini caravana se fez à estrada, ainda fosse caindo “uma pinga aqui e outra acolá” os blusões de quem arriscou não vestir o fato de chuva chegaram secos a Amarante. Aí, e após largar a A4 e entrar na N15 começou verdadeiramente o passeio, estrada praticamente seca, curvas para todos os gostos e paisagens esplendidas foram o menu quase até ao Alto de Espinho, onde a nuvem “pousada” nos cumes do Marão nos envolveu durante cerca de 1Km.

Após a descida à Campeã foi altura de uma pequena paragem para tomar um café e esticar as pernas, seguindo depois pela encosta norte do Marão (atravessando a Vila de Fontes célebre pelas suas corridas de Xassos) até Santa Marta de Penaguião, apreciando as vistas deslumbrantes sobre as vinhas que envolvem a N2 contrastando com as fragas que sustentam a Srª da Serra. A partir daí, foi seguir a estrada mais badalada de Portugal, atravessando Vila Real para parar em Vilarinho da Samardã, no Restaurante Passos Perdidos, onde nos deliciamos com um ótimo almoço.

Após o repasto, e com o sol a começar a espreitar veladamente por entre as nuvens, começamos a subir o Alvão para depois o “bordejarmos” a meia encosta até à Campeã, mais uma vez a paisagem sobre Vila Real e as vinhas durienses foram soberbas. Chegados à Campeã entramos na N304, segundo a Ford uma das estradas mais espetaculares para se conduzir, seguindo em direção a Mondim de Basto; o sol cada vez mais presente, das curvas é melhor nem falar e as paisagens cada vez melhores, foram a sobremesa antes duma última paragem em Mondim de Basto para um derradeiro café e as despedidas, antes de rumarmos pelo caminho mais curto/rápido até casa.

Mantenham-se atentos ao programa do MCP pois até ao fim do ano ainda haverá mais alguns passeios. Não os percas!

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Na rota entre o gourmet e os mais genuínos paladares

Rota dos Sabores 2023Um marco de sabores

Um almoço do mais tradicional que se possa imaginar servido bem no meio de uma quinta que produz produtos hortofrutícolas do mais gourmet que existe ou acompanhar umas tradicionais cavacas com o vinho verde da região em plena vindima ao som de um rancho folclórico foram apenas algumas das surpresas da Rota dos Sabores Moto Clube do Porto/Mototrofa.

Um evento destinado a descobrir as menos conhecidas das relíquias gastronómicas que juntou meia centena de motociclistas num dia soalheiro, excelente para a prática da modalidade, numa viagem curta mas deveras intensa. Tanto do ponto de vista turístico como gastronómico.

Para começar, nada como um bom reforço do pequeno-almoço na Mototrofa, onde o café ou sumo podia ser acompanhado pela mais diversa pastelaria, incluindo, claro está, doçaria regional. Prelúdio para uma passeata rumo à freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, a mais setentrional do concelho marcoense, através das estradas menos concorridas, num belíssimo primeiro dia de outono.

Quilómetros através de paisagens durienses rumo à Quinta do Calvário onde a vindima ganhou uma coreografia especial para a chegada da heterogénea caravana com uma atuação única do Rancho Folclórico de Santo André, numa recriação etográfica de uma vindima tradicional. Trajes de outros tempos, enquadrando cantares cuja origem se perde no tempo mas que, mau grado o passar do tempo, nunca estão fora de tempo. Momentos culturais, explicados pelo presidente da Junta de Freguesia, Fernando Monteiro, geradores de diversão realmente ímpar, que colocaram os surpreendidos visitantes a trautear as melodias enquanto descobriam a forma como eram feitos os tradicionais chapéus de palha vilabonenses.

Aprender a vindimar foi a aposta de muitos enquanto outros optaram pela prova do produto final, sob a forma das várias opções de vinho verde Adolfo, branco, tinto ou rosé, fazendo uso de castas como Arinto, Azal, Avesso, Espadeiro, Trajadura ou Vinhão. Vinhos criados por Adolfo Campos, de enorme frescura, bem acompanhados pelas tradicionais cavacas do Marco, que mantendo a base da receita semelhante à de muitos outros locais do País, juntando ovos, farinha, bicarbonato e fermento, tem uma variação de sabor e textura que tornam únicos estes doces nascidos em Vila Boa de Quires.

Galinha preta de boa sorte

Momentos de prova, de descontração e de descoberta que abriram o apetite para o opíparo almoço, de cardápio que honrava as mais arreigadas tradições culinárias, servido num cenário bem condizente. Trocando as mesas e cadeiras por fardos de palha, criando um ambiente superdescontraído onde foi possível apreciar a excelência dos vinhos da região lado a lado com sumos naturais de sabugueiro (um sucesso absoluto!), framboesa e mirtilo. No muito aprazível espaço da Quinta do Fojo, as entradas a gosto de todos variaram entre a alheira de carnes de galinha, enchidos, pataniscas de bacalhau, bola de carne, azeitonas locais e pão caseiro.

Preparação para o excelso arroz de cabidela com galos da raça Preta Lusitânica que deliciou uma cada vez mais surpreendida caravana, incansável nos elogios a tão delicioso quanto farto repasto. Que haveria de ser encerrado com pudim de especiais ovos caseiros, e com as fatias do Freixo, variante local do pão de ló cuja história remonta ao século XVII e que tem nas gemas de ovo o principal ingrediente. E para rematar, nada como as primeiras castanhas assadas do ano, no preciso dia em que o outono chegava.

Com a barriguinha cheia nada como uma passeata para ajudar à digestão, com visita guiada à quinta onde José Carlos Mendes produz os mais exóticos mini legumes, pequenos frutos, aromáticas, micro verduras e flores comestíveis. Que têm como destino primordial as cozinhas dos mais requintados restaurantes nacionais, onde fazem as delícias dos grandes ‘chef’s’ como dos mais requintados palatos. Mas que podem brilhar na casa de qualquer cidadão capaz de aventurar-se na ‘haute cuisine’. Visita guiada repleta de surpresas e novos conhecimentos, onde não podia faltar a explicação sobre a aposta na criação da raça autóctone de galinhas preta Lusitânica. Que muitos ligam ao universo do sobrenatural, mas que, na verdade, servem essencialmente para uma boa cabidela e também não ficam nada mal quando assadas no forno.

Em tempo de despedida da H2Douro, momento ainda para o sorteio de inúmeros brindes oferecidos pela Mototrofa que reforçou – e de que maneira! – a boa disposição na grande maioria das equipas inscritas. Que lá tiveram de arranjar espaço adicional para levar os capacetes, blusões, luvas e outros brindes oferecidos pelo concessionário Honda na Trofa, antes do regresso a casa. E, num final de tarde espetacular, nada como aproveitar as curvas da N108, desfrutando da companhia do rio Tâmega e do Douro em direção ao Porto.

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