Porque a responsabilidade é de todos!

Uma conversa plural e abrangente dos desafios e oportunidades que se colocam na segurança rodoviária foi o resultado mais imediato da tertúlia organizada no âmbito das comemorações do XVII aniversário do Comando Territorial do Porto da Guarda Nacional Republicana e que contou com a presença do Moto Clube do Porto. Um debate particularmente interessante dedicado ao tema “Segurança Rodoviária – As Duas Rodas”, oferecendo a visão de diferentes ângulos de um assunto que a todos diz respeito, tanto na perspetiva da utilização, como da formação e da fiscalização.

Lado a lado com António Pinto Reis, Presidente da Associação Nacional de Escolas de Condução Automóvel (ANIECA), e o Sargento-Ajudante Ricardo Rodrigues, Chefe do Núcleo de Investigação de Crimes em Acidentes de Viação, do Destacamento de Trânsito do Porto, o presidente da Assembleia-geral do MCP, Paulo Ribeiro, expôs algumas das preocupações de todos os motociclistas, alertando para a formação deficiente que é ministrada na escolas de condução por força de uma legislação desadequada à realidade atual. Perante uma numerosa e atenta plateia que encheu o auditório da Casa do Alto, em Pedrouços, insistiu ainda na necessidade de uma particular atenção ao estado das vias de circulação, mitigando focos de potenciais acidentes, desde a tinta das marcações no solo às tampas de saneamento ou mobiliário urbano que se mostra perigoso para os utilizadores das duas rodas.

Na tertúlia moderada por Inês Cardoso, jornalista e diretora-geral editorial do Jornal de Notícias, e que contou com a presença de vários motociclistas e sócios do Moto Clube do Porto, debateu-se ainda a necessidade premente de uma educação cívica e rodoviária desde as mais jovens idades como forma de melhorar a convivência no trânsito, bem como procurar as melhores e mais adequadas soluções de mobilidade para cada utilizador das vias públicas.

Uma conversa produtiva integrada numa iniciativa louvável de identificação de problemas e na busca de melhores condições de segurança para os motociclistas, e que abriu portas a futura colaboração do MCP com a GNR e ANIECA no sentido de trabalhar para melhores condições de segurança dos motociclistas, visando a redução efetiva da sinistralidade.